sábado, 31 de janeiro de 2009

É fartar vilanagem!!

Vem hoje no Correio da Manhã um notícia espectacular sobre como se pode arranjar dinheiro para comprar um andar de luxo por 224.000 Euros quando se tem um rendimento declarado para efeitos de pagamento de IRS, de 250 Euros por ano!!

O que também é curioso é o facto da senhora em causa receber uma pensão de reforma paga pela Segurança Social de 3.000 Euros.

E é ainda mais curioso que tal facto não tenha despertado a atenção das Finanças tão pressurosa na perseguição dos pobres contribuintes para indagar da dita senhora o por quê de tal mistério.

Por mera coincidência a senhora é a mãe do nosso Primeiro Ministro José Sócrates!!
Que coincidência engraçada!

E como é que a sehora arranjou tanto dinheiro para pagar a pronto a casinha?

É caso para perguntar também, como é que um jovem, na altura Secretário de Estado arranjou dinheiro para comprar, no mesmo prédio, um apartamento de valor semelhante!

Realmente, é curioso como a passagem pelo Governo abre os caminhos para a árvore das patacas.

O dinheiro para esses senhores cai sobre eles em cascatas!

Quando for crescido quero ser governante.

É melhor que ser jogador de futebol, pois não é preciso puxar pelo físico.

E nem os pequenos e pequenas que ganham a vida a fazer-se convidados para as festas e inaugurações de lojas e bares ganham tão bem.

José Morais Silva

NOTA: Recebido por e-mail. Pelo que consta sobre o autor, não é movido por intuitos de «campanha negra», nem pretende «linchamentos políticos», nem gosta de «deturpações» nem de «insídias» ou de «insinuações». Explicitamente, ele diz que apenas tem dúvidas, apenas quer ser esclarecido para aprender e mostra estar seguro daquilo que quer ser quando for grande. J M Silva, deixa de queimar tanto as pestanas a estudar e inscreve-te já numa Jota, vai a todas as reuniões e comícios, aplaude ruidosamente, agita bem a bandeirinha, diz em frente dos chefes os últimos chavões ou slogans que lhes ouviste, mostra-te interessado num lugar de assessor, em qualquer lado, nunca discordes dos chefes, aumenta a actividade quando começarem a organizar as listas para candidatos a deputados... e em breve irás a secretário de Estado e a ministro, sê sempre simpático com os gestores de empresas públicas ou privadas que tenham negócios com o Estado e, entretanto, salta para um tacho. Ficarás rico e a tua família também. Queres exemplos de sucesso com esta metodologia? Vai olhando para os jornais (BPN, BPP, BCP, Mota Engil, PT, GALP, etc, etc)

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Burocracia nacional

Recebi este texto por e-mail de Artur F. Pinto. Muito elucidativo!
É esta a "matéria-prima" de que falava Prado Coelho. Lembram-se?

(...)
"Conto, aliás, uma história que ouvi recentemente. Um cidadão português, que sempre desejou ter uma casa com vista para o Tejo, descobriu finalmente umas águas-furtadas algures numa das colinas de Lisboa que cumpria essa condição. No entanto, uma das assoalhadas não tinha janela.

Falou então com um arquitecto amigo para que ele fizesse o projecto e o entregasse à câmara de Lisboa, para obter a respectiva autorização para a obra. O amigo dissuadiu-o logo: que demoraria bastantes meses ou mesmo anos a obter uma resposta e que, no final, ela seria negativa. No entanto, acrescentou, ele resolveria o problema.

Assim, numa sexta-feira ao fim da tarde, uma equipa de pedreiros entrou na referida casa, abriu a janela, colocou os vidros e pintou a fachada. O arquitecto tirou então fotos do exterior, onde se via a nova janela e endereçou um pedido à CML, solicitando que fosse permitido ao proprietário fechar a dita cuja janela.

Passado alguns meses, a resposta chegou e era avassaladora: invocando um extenso número de artigos dos mais diversos códigos, os serviços da câmara davam um rotundo não à pretensão do proprietário de fechar a dita cuja janela.

E assim, o dono da casa não só ganhou uma janela nova, como ficou com toda a argumentação jurídica para rebater alguém que, algum dia, se atreva a vir dizer-lhe que tem de fechar a janela! [...]

Nicolau Santos, in "Expresso online" [...]

NOTA: Este é um dos possíveis retratos de um País que quer ser civilizado, desenvolvido e digno de ser um parceiro europeu!!!

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A profissão militar

Transcrição do post com igual título publicado por Paulo Sempre no blogue «Filhos de um Deus Menor».

Hoje, as instituições militares estão a «saque». O «diapasão» do funcionalismo publico, a retórica politicamente correcta, a crise da palavra dada, o crescimento desmesurado de pantominas nas coisas sérias, os efeitos dos poderes ocultos que “mascaram” a realidade, há muito que “arrancaram” a «alma» da profissão militar.

Face às pressões desestimulantes, injustas e irreflectidas de que os militares são vitimas por parte de certos segmentos da sociedade, dentro da estratégia de dividir e desacreditar para reinarem, urge, na minha opinião, reflectir sobre a profissão militar, pouco visível aos olhos dos comuns cidadãos.

Como as demais funções sociais, a profissão militar tem que possuir a sua escala de valores específica, traduzida na defesa constante das virtudes militares.

Os militares só se elevam quando são inspirados por um alto ideal, quando o seu olhar contempla o orgulho de serem comandados por verdadeiros Comandantes/Chefes, agitados pela paixão de uma grande “aventura” colectiva e um poder político culto no que concerne à escala de valores em que se forjaram as virtudes e qualidades castrenses. A história militar mostra-nos que a confiança e a estima são nos momentos de crise as mais seguras garantias da disciplina e o melhor “bálsamo” para enfrentar os dias de miséria e de desgraça.

Infelizmente, hoje são raros os discursos que possam em determinado momento, dar coragem às vitimas das expectativas politicas sempre adiadas, ou incutir fortemente no espírito dos militaras que ainda vale mais morrer combatendo de que “salvar” a vida por uma “fuga” preparada nos labirintos da anárquica gestão de pessoal onde cada militar é conhecido por um numero.

Os sentimentos de coragem e energia dos militares só serão eficazes quando estes forem reconhecidos com dignidade por leis que promovam a consideração dos realmente mais válidos e a punição efectiva dos criadores de expectativas frustradas ou sempre adiadas e dos que consideram os militares meros servidores do Estado.

Qualquer desconsideração da profissão militar é, pois, um “atentado” à própria autoridade do Estado e à segurança e tranquilidade dos cidadãos.

A falta de respeito pelas Instituições Militares, ou equiparadas, arruína, irremediavelmente, as qualidades morais que impelem os militares a cumprir os seus deveres para com a sua Pátria, com o mais elevado grau de obediência e respeito à Hierarquia e à Disciplina. A inércia do Estado nesta matéria e/ou a dolosa omissão do Estado na criação de mecanismos estatutários que empolguem o espírito das instituições militares, ou de carácter militar, deteriora as vigas mestras, os sustentáculos onde devem assentara condição militar e de onde brotam as seculares virtudes militares.

Vale a pena recordá-las – as virtudes militares - e defini-las sinteticamente, no torvelinho da hora presente, em que valores consumistas e amorais e estranhos às tradições militares, propagados intensamente pelos mídia, tendem a amortecê-las e mesmo sufocá-las no peito de muitos militares, confusos com o mundo a sua volta e enorme crise de valores, que, por vezes, os leva ao suicídio:

Coragem: É a virtude que faz com que os militares desprezem o perigo, face à imposição de bem cumprir o dever militar custe o que custar.

Bravura: É a que caracteriza os militares valentes, intrépidos, impetuosos, arrojados e que se distingue da coragem por ser fruto do temperamento pessoal.

Camaradagem: É a que caracteriza o elevado sentimento da fraternidade e de afeição que cada militar deve cultivar em relação aos demais militares.

Solidariedade: É a que impele os militares a se auxiliarem mutuamente.

Abnegação: E a que sustenta os militares no cumprimento do dever militar, a despeito das adversidades, sacrifícios e privações a que forem submetidos.

Honra Militar: É a que leva os militares a cumprirem conscientemente o dever militar que lhes foi imposto. É a “religião” da Disciplina Consciente.

Iniciativa: É a que impele os militares, numa emergência, a agirem com consciência e reflexão para darem com a maior presteza e, sobretudo com oportunidade, a solução adequada exigida para o caso. Ela é importante em campanha!

Devotamento: É a que impele os militares a fazerem sacrifícios e a padecerem privações em benefício da segurança de sua Pátria e dos seus compatriotas e camaradas.

Moralidade: É a que impõe aos militares, não só o cumprimento das leis e regulamentos e normas, como ir além, cumprindo os ditames da moral social.

Amor e ordem: É a que impõe aos militares apresentarem-se bem em todas as actividades profissionais e sociais. Por exemplo, bem fardar-se!

Pontualidade: É a que impõe aos militares o cumprimento fiel, a tempo e a horas, das ordens recebidas e das obrigações delas decorrentes.

Presteza: É a que impõe aos militares conscientes que eles cumpram no menor espaço de tempo e na melhor forma possível as ordens recebidas, dando ciência a quem as deu de que foram cumpridas.

Decoro militar: É a que impõe aos militares boa conduta e educação civil e militar

Paulo

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Matéria prima nacional

Transcrição de documento que Eduardo Prado Coelho fez publicar no "Público" antes de morrer (25.08.07), agora recebido por e-mail, do amigo Artur F Pinto que o considera notável e lúcido. Trata-se de uma reflexão tão actual que merece ser bem meditada para melhor compreensão dos acontecimentos nacionais actuais e para incentivo de um esforço individual e colectivo visando melhorar o Portugal do futuro.

"A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.

Por isso, começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:

- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.

- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada...

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa?.... MEDITE!

EDUARDO PRADO COELHO

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Frases do polémico Marinho Pinto em 2008

Recebi por e-mail a selecção das dez frases mais polémicas ditas em 2008 pelo bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. Marinho Pinto, que fala do que sabe e que mostra coragem de o dizer, contra a vontade de muitos dos visados. Ele ousa dizer: «o Rei vai nu».

"Há pessoas que ocupam cargos de relevo no Estado português que cometem crimes impunemente"
DN, 27 Janeiro 2008

"Um dos locais onde se violam mais os direitos dos cidadãos em Portugal, é nos tribunais"
SIC Notícias, 27 Junho 2008

"98% dos polícias à noite estão nas suas casa. É preciso haver polícias na rua à noite fardados"
Público, 27 Junho 2008

"Há centenas ou milhares de pessoas presas [em Portugal] por terem sido mal defendidas"
Público, 27 Junho 2008

"Vale tudo, seja quem for que lá esteja, desde magistrados a outros juristas, não se pode falar em justiça desportiva, mas em prevalência manifesta de interesses e de poderes"
RTP, 08 Julho 2008

"Eu não discuto com sindicatos. Os sindicatos querem é mais dinheiro e menos trabalho"
RTP, 10 Julho 2008

"Alguns magistrados pautam-se nos tribunais portugueses como os agentes da PIDE se comportavam nos últimos tempos do Estado Novo"
RTP, 10 Julho 2008

"Estão-se a descobrir podres que eram inimagináveis há meia dúzia de meses. E não é por efeito da crise. É por efeito da lógica do próprio sistema. Parece que o sistema financeiro só funciona com um pé do lado de lá da legalidade"
JN, 28 Dezembro 2008

"Uma senhora que furtou um pó de arroz num supermecado foi detida e julgada. Furtar ou desviar centenas de milhões de euros de um banco ainda se vai ver se é crime"
JN, 28 Dezembro 2008

"Pelos vistos, nenhum banco pode ir à falência"
Público, 30 Dez 2008

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Propaganda falaciosa em nome da OCDE

Transcrição de um post do «profblog» sobre o relatório dito da OCDE, assunto que ocupou exagerado tempo no debate de ontem na AR e que é tema dos artigos do PÚBLICO «PS terá feito alterações "online" em texto sobre relatório dito da OCDE» e «PSD e CDS questionam credibilidade de estudo sobre 1º ciclo do ensino básico».

O Relatório dito da OCDE foi encomendado e pago pelo Governo. Mais uma manobra do propagandista mor da República!

Chamo a atenção para o equívoco que a Comunicação Social tem divulgado. O estudo não é da OCDE. É desenvolvido por um grupo de peritos "liderado por Peter Matthews" e segue os critérios ("metodologia e abordagem") da OCDE. E foi solicitado pelo ME, que, para abonar a credibilidade, assegura que foi elaborado por uma equipa de peritos internacionais de independentes (para quê referir expressamente "independentes"?!). E baseia-se nas informações fornecidas pelo ME. Tudo isto se lê na página de rosto do ME, de que transcrevo o seguinte: "Solicitado pelo Ministério da Educação (ME), este estudo corresponde a uma avaliação intermédia, realizada durante a fase de implementação das reformas, com o objectivo de verificar se as medidas desenvolvidas estão a atingir os resultados previstos e se as estratégias adoptadas devem ser ajustadas em função da experiência. Liderada pelo professor Peter Matthews, esta avaliação seguiu a metodologia e a abordagem que a OCDE tem utilizado para avaliar as políticas educativas em muitos países-membros, ao longo dos anos, com resultados positivos". Abílio Carvalho

Já agora, quanto é que pagaram à equipa de Peter Mattews? Eu conheço a forma de trabalhar dos peritos internacionais. Actuam em rede e juntam-se por afinidades intelectuais e políticas. Oferecem os seus serviços aos Governos e às Organizações Internacionais Globalistas, como a OCDE. Regra geral, fazem-se pagar muito bem: no mínimo 25000 euros por mês de trabalho. Se o pagamento for feito à totalidade do relatório, o montante pode chegar a muitas dezenas de milhares de euros. A metodologia é a habitual: o Gabinete da Ministra tem um "oficial" de ligação que fornece aos peritos toda a informação; os peritos fazem duas ou três deslocações curtas a Portugal para entrevistarem pessoal de topo do ME, os coordenadores dos programas e dirigentes da IGE e é tudo. Depois, é só escrever o Relatório. Regra geral, não há lugar para observações prolongadas nas escolas nem a entrevistas a professores, alunos e pais. Logo que consiga ter acesso à metodologia do Relatório, analisarei, em concreto, os procedimentos da equipa liderada por Peter Mattews. Aposto que não foi muito diferente da que aqui relatei.
Reparem nesta conclusão do Relatório:

"A alteração das regras de gestão das escolas, designadamente no que respeita à eleição do director, é encarada de forma positiva, na medida em que permite uma escolha baseada no mérito profissional dos candidatos." (Fonte: ME). Então, os peritos internacionais "independentes" pagos pelo Governo de José Sócrates não sabem que os actuais PCEs já têm formação especializada em gestão escolar? E que os novos directores até podem não ter a categoria de titulares? Para quem diz que a categoria de titular serve para distinguir o mérito e diferenciar os professores, há aqui qualquer coisa que não bate certo!

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Estado e os militares

O artigo que se transcreve refere palavras do General Loureiro do Santos que merecem ser meditadas seriamente. Trata-se de um militar considerado e respeitado pelos Portugueses que desempenhou funções de Ministro da Defesa Nacional e de Chefe do Estado-Maior do Exército, estudioso, bem informado e merecedor de toda a credibilidade.

Loureiro dos Santos: Estado deve impedir que antigos combatentes tenham carências

Público. 27.01.2009 - 20h41 Lusa

O antigo chefe de Estado-Maior do Exército, general Loureiro dos Santos, defendeu hoje que o Estado não deve avançar para opções "demagógicas", mas "tudo fazer para impedir que os antigos combatentes vivam em situações de carência". "O Estado tem obrigação de tratar destes homens, que numa situação de perigo defenderam a pátria", afirmou o também antigo ministro da Defesa.

Numa sessão realizada pela Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA) sobre "A condição militar e as consequências físicas e psíquicas", Loureiro dos Santos sublinhou que o apoio aos militares é algo que "não pode faltar e que é possível fazer". "Não se deve avançar para situações megalómanas e demagógicas que os ex-combatentes não esperam, que é receber qualquer coisa porque se combateu. Isso são decisões demagógicas que não resolvem os problemas e uma situação que não resolve nada e só gasta dinheiro do Estado", frisou o ainda ex-vice-chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas.

Ao longo da sua intervenção, o general Loureiro dos Santos, referiu ainda que "os deficientes das Forças Armadas são o rosto vivo da condição militar". "Os deficientes das Forças Armadas são o rosto vivo da condição militar, aqueles que arriscaram tudo e ficaram diferentes em termos das suas capacidades físicas e mentais (...) quando estiveram a actuar na defesa dos interesses nacionais que são definidos pelos representantes responsáveis políticos e que os militares se limitam a defender", sublinhou.

Enquanto afirmava que "todos os países têm um especial cuidado com as questões da condição militar", o general Loureiro dos Santos destacou a "importância simbólica, da natureza e da condição militar" mostrada pelo novo presidente norte-americano, Barack Obama, durante a cerimónia de tomada de posse, na semana passada. "O facto de ele ter escolhido para ministro dos veteranos um general prestigiado, que tinha tomado uma posição frontal para com o anterior presidente [Bush] relativamente ao Iraque" foi também um exemplo referido pelo antigo chefe militar.

"A primeira coisa que Michelle Obama fez como primeira-dama à espera de entrar em funções foi ir a uma casa, a um instituto de assistência a militares e familiares de militares, onde fez uma alocução sobre a importância da família para os militares", lembrou Loureiro dos Santos.

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Mais um bom exemplo a seguir

Antigo executivo da AIG condenado a 4 anos de prisão
Transcrição do Diário Digital

Um ex-administrador da AIG, a líder mundial de seguros que foi resgatada pelo Tesouro dos EUA, foi condenado a uma pena de quatro anos de prisão por falsear a contabilidade da companhia, avançou o Wall Street Journal.

O executivo em causa Christian Milton, era vice-presidente na divisão de resseguros da seguradora norte-americana. Segundo a mesma fonte, Milton e outros quatro executivos da General RE foram considerados culpados num processo que investigou falsificação de contas.

Além da pena de prisão, a sentença que recai sobre Christian Milton inclui uma multa de 200 mil dólares, por comprovada participação num esquema de manipulação de números relativos às reservas inscritas no balanço financeiro da AIG.

NOTA: Um óptimo exemplo a seguir por cá. Há que acabar com imunidades e impunidades do Poder, seja político, económico ou financeiro. A lei deve ser rigorosamente adoptada para todos, independentemente do seu estatuto social ou financeiro. Ninguém deve ser considerado ou considerar-se superior à lei.

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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Freeport. E o mexilhão é…!!!

«Quando o mar bate na rocha, quem ‘sofre’ é o mexilhão». No caso de Freeport, verifica-se que ninguém estranho ao caso defende ninguém. Há apenas os suspeitos a afirmarem que tudo foi feito dentro da legalidade, argumento demasiado banalizado pelos políticos, por isso, sem significado na inspiração de confiança no povo mais atento. Mais significado têm os silêncios ou as recusas em responder ao jornalistas, como se verificou na entrevista de Silva Pereira na Sic Notícias.

Nos processos jurídicos, apenas as testemunhas e os peritos têm de jurar dizer a verdade. Tal exigência não é feita aos suspeitos e aos arguidos, pelo que aquilo que disserem não pode ter muita credibilidade. E, portanto…

Olhando com distanciamento para as notícias que chegam, a pessoa mais sincera e franca parece ser o Sr.Júlio Monteiro. Mas, como as suas afirmações podem não interessar, já há quem afirme que vai ser neutralizado com argumentos de que já está senil, sem memória, a baralhar aquilo que diz. Até lhe pode «acontecer» algum acidente cardiovascular, ou vascular cerebral! Não será difícil atestar clinicamente, pois há poderes que de tudo são capazes, como as notícias do País frequentemente dizem.

E então? Se dessa forma o desresponsabilizam, onde irão buscar o mexilhão? Há quem aponte que será o filho deste, Hugo Eduardo Monteiro, primo do PM, pois até já este se distanciou dele, em respostas aos jornalistas. Veremos o que nos dirá o final do filme. As manobras tácticas parecem evidentes pois todos os argumentos se voltarão contra ele e os verdadeiros culpados manterão a sua posição de que nada fizeram de ilegal.

Mesmo a Srª que mandou colocar profusamente o carimbo URGENTE, nada sofrerá e não lhe faltará uma promoção como recompensa da sua dedicação a um processo em cuja celeridade os seus chefes estavam interessados «a bem da Nação».

Mas chocantemente a esta rapidez, normalmente, as demoras de licenciamentos mesmo fora de zonas protegidas, são demasiadas. Em Cascais, havia uma praça de touros e constava que ia ser demolida, sendo públicos alguns pormenores dos edifícios que iriam lá ser construídos. Há mais de ano e meio o terreno está completamente limpo e, anedoticamente, está asfaltado por ali terem querido fazer o estacionamento (nunca utilizado) de viaturas quando houve uma regata internacional que partia da marina. Mais de um ano e meio de vã espera para começarem as escavações!!! Provavelmente o construtor das novas instalações não tem «poder» de influência para fazer uma reunião com o ministro e a autarquia!!!

E assim, vai a equidade, a igualdade dos cidadãos, a imparcialidade da lei, neste nosso Portugal.

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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Família e escola. Espaço de convivência

Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.

Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.

'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.

'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou.

Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos 'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores.

No entanto, quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, 'são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os', acusa.

'O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar', sublinha.

Há professores que são 'vítimas nas mãos dos alunos'.

Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma escola' deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão 'psicologicamente esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos alunos'.

A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.

'A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e um privilégio'.

'Em algum momento das suas vidas, as crianças irão confrontar-se com a disciplina', frisa Fernando Savater.

Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que 'têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos'.

'Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia', afirmou.

Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que 'mais vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as situações que depois se criam.

Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.

Texto recebido por e-mail sem indicação do autor

NOTA: Os pais e, a seguir, os professores, sob a cúpula do poder governamental, não podem esquecer que estão a preparar os futuros cidadãos, a sobrevivência da Nação, do Estado e da humanidade. O civismo e o corpo de valores éticos não aparece por geração espontânea. Por isso, há que preservar e desenvolver aquilo que de bom herdámos das gerações anteriores, para legarmos aos vindouros uma sociedade mais perfeita.

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domingo, 25 de janeiro de 2009

Freeport. Juiz suspeitou da "celeridade invulgar"

Por Carlos Rodrigues Lima, DN

Caso Freeport. O antigo presidente do Instituto de Conservação da Natureza Carlos Guerra afirma estranhar a polémica, dizendo que só à terceira é que a Avaliação de Impacte Ambiental foi aprovada. "Não houve tratamento de favor, porque o projecto já era conhecido dos serviços".

MP só pediu escutas a autarcas e empresários

O primeiro juiz de instrução do caso Freeport sublinhou que "o processo que conduziu à construção e funcionamento do complexo industrial apresenta várias irregularidades e um andamento inusitado". O magistrado do Tribunal do Montijo realçou ainda, num despacho de Fevereiro de 2005, que o projecto "foi alvo de dois pareceres desfavoráveis em estudos de impacto ambiental e quando foi, finalmente, obtido o parecer pretendido, o desenvolvimento do processo conheceu uma celeridade invulgar, decorrendo em 20 dias e não nos 100 dias usuais".

As considerações do juiz constam de um despacho que responde a um pedido do procurador Raul Farias, da comarca do Montijo, para se iniciarem escutas telefónicas. O naipe de suspeitos apresentados pelo magistrado do Ministério Público circunscreveu-se a autarcas e empresários: José Dias Inocêncio (ex-presidente da Câmara de Alcochete), Honorina Silvestre (ex-vereadora), Manuel Pedro (sócio da consultora Smith&Pedro) e José Manuel Marques (antigo consultor da Câmara de Alcochete).

Segundo o juiz, existiam nos autos "indícios de que os suspeitos praticaram crimes de corrupção passiva para acto ilícito e participação económica em negócio".

Daquele conjunto, o DN não conseguiu contactar Manuel Pedro e Honorina Silvestre. José Dias Inocêncio garantiu que "até hoje" nunca foi ouvido. José Manuel Marques declarou o mesmo, acrescentando apenas que manteve "conversas informais com a Polícia Judiciária". "O projecto nunca me passou pelas mãos", disse ao DN. "Só depois do Estudo de Impacte Ambiental do Ministério do Ambiente é que o processo passou para a Câmara de Alcochete", adiantou ainda José Manuel Marques, antigo consultor da autarquia.

Ex-director do ICN esclarece

O decreto que alterou os limites da Zona de Protecção do Estuário do Tejo (ZPE) foi ou não fundamental para a viabilização do Freeport? Em declarações ao DN, Carlos Guerra, presidente do extinto Instituto de Conservação da Natureza que acompanhou todo o processo, garantiu que não. "O Freeport esteve sempre projectado para o interior da ZPE. Por isso é que foram necessários vários estudos de impacte ambiental. Dois foram chumbados e só à terceira, depois do promotor cumprir as recomendações, é que o projecto foi aprovado", disse Carlos Guerra, mostrando-se um pouco surpreendido com a recente polémica.

"É preciso recordar que onde está hoje o Freeport estava uma fábrica de pneus (da Firestone). Parecendo que não, mas a área do Freeport é a mesma da fábrica", disse ainda o antigo responsável pelo ICN. Questionado se houve ou não uma "celeridade invulgar" na tramitação do processo nos departamentos do Ministério do Ambiente, Carlos Guerra respondeu: "Não. o processo vinha de 1999. Era mais do que conhecido pelos serviços. Por isso, quando se verificou que todas as condições estavam cumpridas pelo promotor, foi aprovado". Esta versão vai de encontro à de Rui Nobre Gonçalves, ex-secretário de Estado do Ambiente que aprovou a declaração de impacte ambiental.

NOTA: Tem vindo a público datas da «celeridade invulgar» criando dúvidas se alguns despachos foram escritos depois de o documento ser lido!". Conseguir em 20 dias o que costuma demorar 100 dias, nem todos os amigos conseguem! Há confusão, fumaça, poeira, que deficulta uma visibilidade conveniente. Será bom que agora a Justiça use uma celeridade semelhante à do licenciamento da obra, mas com seriedade maior.

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Portugal estará de parabéns????

Transcrevo este post do blog O Marreta, por dar uma ideia do estado actual do País, suscitando reflexões profundas sobre os resultados do aperto de cinto de três anos. Não valeu a pena. De nada valeu o sacrifício. Os «gestores» não souberam gerir bem os recursos sacados aos contribuintes.

ALGUNS NÚMEROS REAIS DO PAÍS REAL

9,5% foi o número atingido pelo défice externo em relação ao PIB, até Novembro do ano passado, o que representa um crescimento de 28%.

90,6% é o montante total da dívida externa, ou seja Portugal está hipotecado ao estrangeiro.

53% do PIB é a dívida da banca portuguesa juntos dos banqueiros estrangeiros.

28% é o aumento do volume do crédito malparado a particulares até Novembro transacto.

3000 milhões de euros é o valor do crédito malparado das famílias portuguesas à banca.

173.000 novos desempregados inscreveram-se nos centros de emprego no último trimestre, o que representa um aumento homólogo de 26%, o maior dos últimos 15 anos.

Para analisar e meditar…

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sábado, 24 de janeiro de 2009

Debilidades de governos de doutores

Os governantes devem ser pessoas instruídas como generalistas, dotados de capacidade de dialogarem com especialistas dos vários ramos, aptos a raciocinar com lógica e bom senso, tomando as diversas opiniões e pareceres em devida conta mas sem os seguir cegamente.

Dessa forma, fugiriam aos inconvenientes da visão única e indiscutível que os especialistas querem impor, à força, sem admitir hesitações nem controvérsia, como catedráticos de antanho seguidores do sistema «magister dixit».

A propósito da actual crise financeira global estranhei a uniformidade de opiniões dos nossos economistas e por vezes, timidamente interrogava-me, onde estavam eles quando a crise iniciou e se foi desenvolvendo até deixar de poder ser ocultada dos olhos das populações afectadas.

A essas minhas dúvidas veio agora o esclarecimento na notícia «
Ciência económica dominante é "altamente responsável" pela crise» em que constam as seguintes palavras do catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra José Reis, que atribuiu responsabilidades na crise à ciência económica dominante, defendendo ser possível uma posição alternativa a esta da economia enquanto ciência.

Ora vejamos algumas das citações:

- "Há uma responsabilidade do pensamento económico, do conhecimento técnico e dos economistas na crise. Temos que reflectir, pensar e criar uma alternativa à ciência económica dominante".
- (…)a economia "não se limite a ser a ciência dos mercados".
- "A economia, enquanto ciência, tem de alargar o seu objecto: tem de estudar também as formas concretas como as pessoas e a produção se organizam, que factores culturais, sociais e políticos intervêm".
- "a economia enquanto ciência tem muita matéria de que se ocupar e pode fazer melhor do que a ciência económica dominante".
- «Deve preocupar-se com os próprios fins da riqueza, com a forma como as pessoas vivem e alcançam o bem-estar».
- "Na maioria das faculdades de Economia continua a ensinar-se Economia como se nada se tivesse passado nos últimos meses".

O seminário "A Economia e o Económico" foi organizado pelo Núcleo de Estudos sobre Governação e Instituições da Economia do CES e do Programa de Doutoramento em Governação, Conhecimento e Inovação CES/FEUC e teve lugar no Centro de Estudos Sociais (CES) da UC.

NOTA: É permitido subentender daqui que os economistas professores, têm vivido demasiado agarrados aos manuais, ignorando as realidades resultantes da ciência que defendem e difundem, sem lhe darem uma feição humana e flexível tornando-a adaptável às situações vigentes. Recordo uma leitura referente à Argentina quando após Fevereiro de 1996, o Presidente Carlos Saúl Menem recorreu ao FMI para pagar cerca de 5 biliões da sua dívida externa, em que se acusavam as condições desajustadas impostas pelos teóricos do FMI que iriam arruinar a Argentina por serem incompatíveis com as condições reais do País. Eram citadas opiniões extremamente negativas sobre os efeitos desastrosos do aconselhamento dos «sábios» dos FMI, nos países onde impuseram regras teóricas, sem saírem dos seus gabinetes.

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Cura do cancro !

Depois de o post «Cancro da próstata - Informação Útil» ter despertado tanto interesse dos leitores, traduzido no aumento do número de visitantes e nos comentários, trago aqui um texto recebido, há tempos, por e-mail, que terá interesse para quem se preocupa com a pior doença que é flagelo da humanidade, quer para prevenir quer para a cura que vinha precedido das seguintes observações:
- A Cura do câncer- FINALMENTE ! - coisas importantes e desconhecidas por nós.
- Vai acabar a farra dos lucros dos laboratórios...
- É por isto que a notícia está reservada a pequenos círculos
- Afinal, uma boa notícia em meio a tantas ruins.

Cura do câncer !

Um médico italiano descobriu algo simples que considera a causa do câncer.

Inicialmente banido da comunidade médica italiana, foi aplaudido de pé na Associação Americana contra o Câncer quando apresentou a sua terapia.

O médico observou que todo paciente de câncer tem aftas. Isso já era sabido da comunidade médica, mas sempre foi tratada como uma infecção oportunista por fungos - Candida albicans.
Esse médico achou muito estranho que todos os tipo de câncer tivessem essa característica, ou seja, vários são os tipos de tumores mas têm em comum o aparecimento das famosas aftas no paciente.

Então, pode estar ocorrendo o contrário - pensou ele. A causa do câncer pode ser o fungo. E, para tratar esse fungo, usa-se o medicamento mais simples que a humanidade conhece: bicarbonato de sódio.

Assim ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonado de sódio, não apenas ingerível, mas metódicamente controlado sobre os tumores.

Resultados surpreendentes começaram a acontecer. Tumores de pulmão, próstata e intestino desapareciam como num passe de mágica, junto com as Aftas. Desta forma, muitíssimos pacientes de câncer foram curados e hoje comprovam com seus exames os resultados altamente positivos do tratamento.

Para quem se interessar mais pelo assunto, siga o link (em inglês): não deixem de ver o vídeo, no link abaixo.

O médico fala em italiano, mas tem legenda em português.

http://www..curenaturalicancro.com/

Lá estão os métodos utilizados para aplicação do bicarbonado de sódio sobre os tumores. Quaisquer tumores podem ser curados com esse tratamento. simples e barato.

Parece brincadeira, né? Mas foi notícia nos EUA e nunca chegou por aqui.
Bem que o livro de homeopatia recomenda tratar tumores com borax, que é o remédio homeopático para aftas.

NOTA: É mais um produto a entrar na lista em que já se encontra o lipopeno (tomate, melancia e goiaba vermelha), a vitamina E, o selénio (castanha-do-pará) e o aloé vera.

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Cancro da próstata - Informação Útil

Este texto extraído de uma entrevista dada pelo Dr Miguel Srougi, um dos melhores Urologistas do mundo, foi publicado no blog «BEZZ, Memorando» de onde o copiei porque, tratando-se de uma doença muito vulgar nos homens, deve ser colocado à disposição dos leitores e amigos. Deve ser lido para melhor se compreender o fenómeno da doença.

CANCRO DA PROSTATA - Informação Útil.

O médico Miguel Srougi, 60 anos, considerado o número 1 do Brasil em Cirurgias de câncer de próstata, pós-graduado pela Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos, 35 anos de carreira, lecciona na Faculdade de Medicina. Srougi tem a simplicidade daqueles que muito sabem, pouco ostentam e continuam lutando. Nesta entrevista, o maior especialista em câncer de próstata do país afirma que “todo homem nasce programado para ter a doença” e que, se viver até os 100 anos, inevitavelmente vai contraí-la. Fala ainda sobre medos, fantasmas masculinos, impotência, novos tratamentos e seus sonhos pessoais. E conta por que trocou o Hospital Sírio-Libanês pelo Oswaldo Cruz depois de 30 anos. A seguir, os principais trechos.

ASSOMBROS MASCULINOS

Os homens têm uma certa sensação de invulnerabilidade - isso faz parte da cabeça deles. Passam boa parte da sua vida livre de todos os incómodos que a mulher tem, fazendo com que relaxem mais com a sua saúde. Com o passar dos anos, começam a perceber a sua vulnerabilidade e passam a dar um pouco mais de valor aos cuidados médicos. O que mais os atemoriza hoje? Problemas com a próstata, disfunções sexuais e a decadência física, que mexe muito com a cabeça das mulheres, mas também com a deles. As mulheres pautam muito a vida em função da beleza e os homens, da força, da virilidade, da capacidade de agir, raciocinar. E na hora em que surgem falhas nessas áreas, ele percebe que, talvez, não seja aquele ser imortal que achava que fosse.

ENVELHECIMENTO

Há dois profundos temores hoje nos homens: o primeiro é o crescimento benigno da próstata, um fenómeno que ocorre em praticamente todos eles: ela aumenta de tamanho depois dos 40 anos e, dessa forma, o canal da uretra fica ocluído. Isso faz com que o homem comece a urinar sucessivas vezes, tem de levantar à noite, prejudica o sono, acorda mal, pode ter descontroles de urina. O crescimento benigno é quase inexorável: todos os homens vão ter em maior ou menor grau - felizmente, apenas um terço, 30%, tem sintomas mais significativos que exigem apoio médico. Nesses casos, há medicações que desobstruem parcialmente a uretra e fazem o indivíduo urinar e viver melhor; apenas de 4% a 5% dos homens têm de fazer uma cirurgia para desobstruir a uretra por causa desse crescimento benigno. Essa é uma cirurgia, que se faz com segurança e sem os inconvenientes de uma cirurgia maior nos casos de câncer. Ela remove apenas o factor obstrutivo, o homem passa a viver melhor e sem nenhuma sequela. Esse crescimento não tem causa conhecida, surge por um desequilíbrio hormonal no homem maduro, ou seja, as células da próstata passam a se proliferar em decorrência dos harmónios. Não tem como prevenir. Existem algumas medidas, mas nenhuma consistente.

OBESOS E FUMANTES

Eles são menos operados da próstata, mas não porque ela não cresce, mas pelo receio dos médicos de operá-los porque complicam mais e também porque muitas vezes não vivem o suficiente para ser operados - morrem antes. É uma realidade perversa.

REALIDADE NUA E CRUA

O câncer na próstata adquire maior relevância porque tem uma grande prevalência: 18% dos homens - um em cada seis - manifestarão a doença. E também porque o tumor, que ocorre com muita frequência dentro da próstata, é eliminado com sucesso em 80%, 90% dos homens.. Se esse tumor não é identificado no momento certo e se expande, saindo para fora da próstata, as chances de cura caem para 30%. É um tumor muito comum e se for detectado a tempo, tem como resgatar esse paciente. Dos 18%, somente 3% morrem - a medicina consegue curar 15% dos homens, ou seja, a maioria. Mas vale dizer que todo homem nasce programado para ter câncer de próstata. Ou seja, nós temos, nas nossas células, genes que as estimulam a virar cancerosas e eles ficam bloqueados durante a nossa existência. Quando o indivíduo envelhece, esses mecanismos de bloqueio deixam de exercer o seu papel e o câncer começa a se manifestar. Com isso vai aumentando a frequência da doença e todo homem que chegar aos 100 anos vai ter câncer de próstata.

SEM FANTASIA

O exame de toque - um dos meios de se detectar a doença - gera na cabeça dos homens fantasias negativas e receios, mas, na verdade, eles tem muito medo da dor. Tanto é que os que fazem pela primeira vez, no ano seguinte perdem o medo. Leva três ou quatro segundos e não dói. Então, um dos factores de resistência é eliminado. Existe um segundo sentimento, que é muito forte: expressar, exteriorizar uma fraqueza se a doença for descoberta. O homem tem pavor disso porque, de acordo com todas as ideias evolucionistas, só vão sobreviver aqueles que forem fortes. É comum você descobrir um câncer no indivíduo, e ele entrar em pânico, não pela doença, mas porque as pessoas vão descobri-la. Porque o câncer é muito relacionado com morte, decadência física, perda da independência, dependência dos outros. O homem não aceita essa ideia, e prefere fechar os olhos e enfiar a cabeça debaixo da terra a enfrentar, mostrando para o mundo e às pessoas que ele é um ser mais fraco. Isso vai afectar a imagem dele, acha que vai perder poder sobre outras pessoas, porque ninguém obedece a um fraco, alguém que vai morrer. Isso vai contra a ideia que temos de ser mais fortes para sobreviver.

A PERFORMANCE DO ROBÔ

Estamos fazendo cirurgias com robô, que permite uma visão muito mais precisa do campo cirúrgico, elimina os tremores mão do cirurgião ,permite incisões pequenas, uma operação muito mais perfeita porque os movimentos dele são muito suaves. Isso é muito novo no Brasil. Fiz o primeiro caso há dois meses, no Sírio-Libanês. E agora, o Albert Einstein tem e o Oswaldo Cruz está adquirindo. Nos Estados Unidos se faz cirurgia robótica em larga escala .Lá, o robô ganha em performance do cirurgião médio, mas ele ainda perde do habilitado. Tenho mais de 2.900 pacientes operados de câncer de próstata pessoalmente. Eu sou o terceiro cirurgião do mundo nesse quesito - só perco para dois americanos e eles estão parando de trabalhar. Apesar de ter essa grande experiência, quando comecei a operar, 35% ficavam com incontinência urinária grave. Agora são só 3%. Impotentes, todos também ficavam. Hoje, se o homem tem menos de 55 anos, a incidência é de 20% - antes era 100%. Há também enxertos de nervos, porque a impotência se deve à remoção de dois nervos que passam perto da próstata. e nós estamos fazendo esse enxerto quando somos obrigados a retirá-los nos casos em que o tumor fica grudado. Entre os pacientes que fizeram os enxertos, metade voltou a ter erecções com o tempo.

IMPOTÊNCIA, O QUE FAZER?

Esses novos remédios para tratar a disfunção sexual contornam 1/3 da impotência, tanto após a cirurgia quanto depois da radioterapia. Se os comprimidos não actuarem, existem injecções. Há ainda próteses penianas que são muito desenvolvidas e produzem uma erecção que quase não tem nenhuma diferença em relação à normal. Isso permite que o homem reassuma a vida sexual plenamente e que as mulheres tenham muita satisfação. Os homens ficam extremamente felizes - são hastes colocadas dentro do pénis. Não fica marca, nem cicatriz. Nos Estados Unidos, entrevistaram as mulheres sobre os homens que tinham prótese e as respostas foram positivas. Ela funciona muito bem.

ENTRE A VIDA E A MORTE

Minha vida é complexa porque eu ando um caminho muito estreito que, de um lado tem a morte e, de outro, a vida. E as minhas acções podem, com uma certa frequência, resgatar alguém para a vida. Trilhar esse caminho é muito difícil porque, quando você se identifica com o paciente, compreende o sofrimento humano, isso cria um estado de impotência que lhe faz sofrer. Mas, por outro lado, traz momentos de alegria incontida, principalmente quando você resgata um ser para a vida, que não tem nada parecido.

ESCUTANDO MAIS, OUVINDO MENOS

Se eu listar uma série de qualidades, como, por exemplo, humildade, conhecimento técnico, dedicação ao doente, presença, coerência, sentido humanístico, desprendimento material e comunicação e perguntar qual é melhor, só tem uma resposta: comunicação. Todas as outras são importantes. O médico precisa ser humano, ter desprendimento material. A relação médico-doente não é tipo supermercado, que você dá e recebe, é algo muito superior. Ele precisa ter conhecimento técnico, precisa estar presente, gerar esperança, mas ele tem de se comunicar. É comunicação superior, não apenas saber falar. É tão significativo que explica por que há médicos brilhantes aqui no Hospital das Clínicas que conhecem tudo, e não conseguem atender a um doente porque falam bobagem na hora de se expressar. São inibidos, tímidos, não sabem dar para o doente o substrato humanístico. Ele lista 450 tabelas de números e cálculos e não sabe o que se passa pelo seu coração. Isso explica também porque tem tanto charlatão por aí - médicos mal-intencionados e não-médicos - que conseguem atender a muitos pacientes. Eles têm a comunicação. Comunicação envolve inicialmente gerar empatia no doente. É errado cumprimentar um doente e falar “como vai?”.Você deve cumprimentar alguém que está com uma doença grave e falar “eu lamento que você esteja nessa situação, imagino o que está sentindo”. Saber ouvir, que é diferente de escutar. A hora que você passa a ouvir, entende quais as apreensões que ele tem, elimina um pouco do sentimento de culpa, entende por que está lhe procurando e conquista a confiança. É preciso ser coerente e falar com realismo. É ilusão achar que se engana as pessoas. Falar numa dimensão maior significa gerar esperança, estimular a espiritualidade, porque um dos maiores medos é morrer e não saber o que vai acontecer depois; explicar o que vai ser a evolução dele. Também assegurar presença - ele não será abandonado.

O PAPEL DAS MULHERES

Os homens são resistentes: eles relutam muito em ir ao médico fazer um exame de próstata e só vão quando a mulher os empurra: dois terços dos pacientes no consultório de Miguel Srougi são trazidos por elas.” Ligam para marcar a consulta, os acompanham. A gente não vê mulheres jovens trazendo homens jovens para fazer exames. A gente vê mulheres maduras. Claro que o jovem não está na faixa de risco. Mas existe um outro significado da importância da mulher. Primeiro, que ela é pragmática e incentiva o marido.” Mas, por que ela quer isso? “Porque quem ficou vivendo bem 30 anos e conseguiu superar todos os embates da vida conjugal é um casal que o tempo consolidou. E aí a mulher tem um sentido de preservação da família muito mais forte que o do homem. Passadas as tempestades e oscilações do relacionamento, ela não quer que o marido morra. É real. Toda vez que tenho um paciente e ofereço dois tratamentos: um que aumente a existência dele, mas vai, por exemplo, causar alguma deficiência na área sexual. E ofereço um outro tratamento, que cura menos, mas preserva melhor a parte sexual, o homem balança na decisão. A mulher nunca hesita. Ela prefere aquele que aumenta a existência, mesmo ocorrendo o risco de comprometer a vida sexual dele e do casal. Poucas vezes vi uma mulher aconselhar um tratamento que dê menos chance de vida e aumente a possibilidade de ele ficar potente. Dá para contar nos dedos. Ela quer o companheiro, quer preservar aquela pirâmide que foi construída, que é rica.”

GERANDO ESPERANÇAS

O ser humano precisa ter alguma esperança, nem que sejam vislumbres. Os médicos americanos acham que são fantásticos e verdadeiros quando dizem que não tem jeito o seu caso, mas isso é não conhecer a natureza humana. É preciso mostrar que ele tem alguma chance, sim.

SOFRIMENTOS E PRIVILÉGIOS

Eu me envolvo muito com meus pacientes. Sofro muito. E esse sofrimento é um dos factores do sucesso da minha carreira, de 35 anos. Nesse sofrimento eu acabo me entregando mais e mais aos doentes. Isso é ruim, porque não tenho vida pessoal, minha vida familiar é feita nos intervalos. Felizmente, os momentos bons prevalecem sobre os ruins. É por isso que eu sobrevivo. Um doente que coloca a cabeça no meu ombro e agradece por ter feito algo por ele, ou deixa correr uma lágrima na minha frente, me faz deletar, superar aqueles momentos em que me senti totalmente impotente. Uma das coisas importantes é o médico saber e demonstrar que a medicina não é infalível e ele não se sentir omnipotente. O urologista tem um privilégio. O oncologista mexe com câncer avançado, já no fim do caminho - eu lido com o inicial. eu consigo salvar muita gente. É um privilégio para mim.

MEDO DA SEPARAÇÃO

Nós não queremos morrer. Primeiro, pela incerteza do porvir. segundo, porque a morte implica extinção e o ser humano não aceita a aniquilação. A nossa cabeça nasceu para ser imortal. A morte está relacionada com dor, sofrimento, à decadência física, à desfiguração, à perda do papel social, desamparo da família, perdas dos prazeres materiais, da independência. Mas a causa verdadeira é o nosso horror de nos separar das pessoas que amamos. Bem material não deixa ninguém feliz. Há tanta gente rica se suicidando, tomando droga para sair da realidade. Os médicos não compreendem isso. Se as pessoas têm medo de se afastar das pessoas do seu entorno, você precisa tratar o entorno também. Não é o médico que apoia o doente nas fases difíceis - é a família. Eles reagem raivosamente contra a família, querem afastá-la do processo, sem perceber que um doente só vai ter paz, tendo a morte pela frente ou não, se a família estiver ao lado.

VIVENDO NOS LIMITES

Eu sou católico, não praticante, acredito em alguma coisa depois da vida e isso me dá muita paz. Eu continuo numa luta incessante. Vivo nos limites. Nos limites do sofrimento, porque estou do lado das pessoas que sofrem. Nos limites das minhas energias, porque começo a trabalhar às 7 da manhã e vou até as 10 da noite. Trabalho na faculdade de Medicina. Tenho várias razões existenciais, uma delas é a faculdade. Aqui é a única forma de deixar marcas e mostrar que a minha passagem pela Terra não foi em vão. Aqui você planta as coisas. Cada aluno que receber esses conhecimentos, vai multiplicar o feito. Em vez de ajudar 20 pessoas que ajudo num mês, para cada aluno que eu fizer isso, serão 40, 60, 80, 320…Se eu saísse da faculdade, não iria aguentar essa carga toda de emoções, sentimentos, morte e vida. Aqui a gente conhece o que é o ser humano. Lá fora as pessoas estão todas maquiadas.

REABASTECENDO ENERGIAS

Eu simplesmente acabei com a minha vida pessoal, os meus grandes amigos mal vejo. O meu melhor amigo médico, o oncologista Sergio Simon, não encontro há quase três anos. Sábado à noite vou para uma casa de campo que tenho e fico 24 horas ouvindo música, fazendo minhas leituras, pesquisas, um pouco no computador. E controlo muito bem a alimentação, o sono e a actividade física para poder aguentar. Faço ginástica de quatro a cinco vezes por semana, tenho uma alimentação equilibrada e durmo bem. Deixo de sair com os amigos para dormir. Não gosto de dormir, mas preciso me recompor.

A SAÍDA DO SÍRIO-LIBANÊS

Os verdadeiros templos na Terra são os hospitais - não as igrejas. Nas igrejas tem muito ouro, riqueza. Aqui não, você conhece o sofrimento, o valor da existência humana. Os orgulhosos e os soberbos ficam humildes, ricos e pobres são iguais; os ruins, os autoritários e os maldosos se tornam condescendentes: eles ficam despidos, tiram a máscara; é aqui que você conhece o que é viver, que resgata para a vida, não em uma igreja qualquer, que o sujeito entra lá, reza dez minutos e sai. Ele pode até sarar, cicatrizar a sua alma. Mas aqui nós curamos a alma e o corpo. Esse é o verdadeiro templo, onde o ouro é a vida. Você entende o impacto que a desigualdade social tem sobre o ser humano, a pobreza, a falta de instrução causa doenças. Depois de 30 anos no Sirio-Libanês eu mudei para o Oswaldo Cruz. Achar que eu vou ter novas salas, três enfermeiras a mais, é brutalizar o que passou pela minha cabeça. Mudei porque não estava vendo esse lugar como um templo. Eu vivo intensamente, por isso tenho esses sentimentos.

NAS ASAS DA LIBERDADE

Você só é livre quando tem boa saúde. Ninguém fala isso. Dar saúde para uma pessoa é um pré-requisito para ela ser livre. Nesse templo, que é o hospital, nós tornamos as pessoas livres.

UM POUCO DE FILOSOFIA

A melhor forma de se transmitir as virtudes é pelo exemplo, pela coerência. Certa vez perguntaram para Sócrates como a virtude poderia ser transmitida - se pelas palavras ou conquistada pela prática. ele não soube responder. Então, Aristóteles, depois de uns anos, respondeu: “A virtude só pode ser transmitida pela prática e por meio do exemplo”. Aqui, eu posso tentar ser o exemplo. Mudando o quotidiano das pessoas, transformando a sociedade e construindo um novo mundo.

CINCO MEDIDAS PREVENTIVAS

Segundo Miguel Srougi, a prevenção ao câncer de próstata é feita de forma um pouco precária, porque não existem soluções para impedi-lo. Na prática, há o licopeno, que é o pigmento que dá cor ao tomate, à melancia e à goiaba vermelha. “Talvez diminua em 30% a chance, mas esse dado é controvertido, por causa disso a gente incentiva os homens a comerem muito tomate, só que deve ser ingerido pós-fervura, ou seja, precisa ser molho de tomate. Não pode ser seco ou cru.” A vitamina E também reduz teoricamente os riscos em 30%, 40%. Mas, se for ingerida em grandes quantidades, produz problemas cardiovasculares. Na verdade, se o homem quiser se proteger, deve tomar uma cápsula de vitamina E por dia. Acima disso, não é recomendável. O terceiro elemento é o Selénio, um mineral que existe na natureza e é importante para manter a estabilidade das células, impedindo que elas se degenerem, que é encontrado em grande quantidade na castanha-do-Pará. “Qualquer homem pode ingerir em cápsulas, mas se ele comer duas castanhas por dia, recebe uma certa protecção”, diz o especialista. Uma quarta medida é comer peixe, três porções por semana - rico em ómega 3 e tem uma acção anticancerígena provável. E, uma quinta, tomar sol.

“O homem que toma muito sol sintetiza na pele vitamina D, que tem forte acção anticancerígena. É por isso que os homens da Califórnia desenvolvem muito menos a doença do que os de Boston”, afirma Srougi.

PACIENTES ILUSTRES

Trato todos os meus pacientes de forma igual. Se começo a tratar os mais importantes e um jeito diferente, eles dão mais trabalho. Se tratar igual, não. Até se sentem melhor com isso.

PODER vs TRANSFORMAÇÃO

O poder é a única forma de passar pela existência deixando marcas. Só com ele você consegue fazer isso. E nenhum de nós terá vivido de forma digna se não deixá-las. A minha definição de felicidade é estarmos alegres com o que somos, o que representa um continuum de bem-estar físico, mental e afectivo. É fantástica essa definição. E a gente só é feliz se estivermos circundados por pessoas felizes. E o poder nos dá um pouco dessa felicidade. Mas o grande problema é você dá-lo ao ser humano, que é altamente imperfeito - ele tem defeitos incompreensíveis para qualquer espécie - aí vira uma arma de destruição. Mas, quando se dá poder às pessoas de bem, ele se torna algo transformador.

NOTA: Nos produtos naturais citados seria também de inserir o Aloé Vera, cujo xarope faz maravilhas, segundo testemunhos de muitas pessoas que curaram situações cancerosas graves. Há dias disse-me um amigo que já se vende em cápsulas. Tomo o xarope preventivamente em pequena quantidade e quando comecei, verifiquei, pouco tempo depois, nas análises que faço anualmente que o PSA estava mais baixo, além de sentir outros benefícios.

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Casa de ministro assaltada

A casa do ministro Mariano Gago foi alvo da ambição de ladrões. Não são os pormenores da violação da casa e do roubo que me despertam a atenção, por serem casos infelizmente muito banais. Mas é significativo o fato de a criminalidade já não se limitar aos cidadãos mais pobres e desprotegidos e não evitar os poderosos da política. (Ver «Mulher de Gago atacada em casa»).

A escolha deste alvo vem demonstrar, a nível governantes, o que o povo já sabe e sente, que há ineficácia dos ministérios da Administração Interna e da Justiça na prossecução das suas funções de garantir uma vivência segura e justa aos portugueses.

Eventualmente, os autores do roubo poderão já ter sido presentes aos juízes por várias vezes e estarem em liberdade com a obrigação de se apresentarem semanalmente à polícia. Até podem antes ou depois do roubo, ter ido cumprir essa imposição da Justiça. E isso prova que esse regime não garante segurança para a população em geral nem para a casa de um ministro.

Também fica a dúvida da finalidade dos discursos do MAI ao dizer que a luta contra a criminalidade é a sua prioridade, pois a realidade leva a perguntar «e se o não fosse, como seria a vida dos portugueses?». Os portugueses estão hoje a viver com grandes preocupações de segurança e é para hoje que as medidas do MAI devem ter eficácia. As que tem tomado, como se vê, não têm sido eficazes.

Será por falta de pessoal competente no MAI e nas Forças de Segurança? Quantos funcionários pensantes existem no ministério? Quantos assessores e outros colaboradores tem o MAI? Qual o critério da nomeação? Qual o método e o rigor da avaliação do seu desempenho? Iguais interrogações são aplicáveis às Forças de Segurança.

E na Justiça? Qual o seguimento dado ao resultado do esforço dos agentes policiais? A celeridade da Justiça tem sido a mais adequada para reprimir e evitar crimes?

Mas se é de lamentar o que aconteceu ao ministro, também, por outro lado, merece regozijo dos portugueses por verem aparecer uma oportunidade de, dentro do Governo, ser tomado conhecimento da insegurança geral do País. Também se salienta o facto da provável intenção de informar que não passou de um aviso, pois houve sensibilidade para o estado de saúde da senhora, que não foi sequestrada, nem utilizada como refém para obtenção de resgate, nem sequer molestada.

A esse aviso, será de adicionar outro, o de que o caso da Grécia e outros de França podem acontecer por cá, mas com os ódios dirigidos não aos inocentes comerciantes e donos de carros estacionados nas ruas, mas aos detentores do Poder.

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Freeport. Um caso que dará que falar

Mas não tenhamos grandes dúvidas que tudo vai ser abafado. No País, criminosos de colarinho branco há o Valle e Azevedo e, ainda sob suspeita, o Oliveira e Costa. Mas, entretanto, convém aguçar a curiosidade para assistir aos golpes de esgrima: estocada, parada e resposta.

Vejamos alguns títulos já aparecidos na Internet:

- Corrupção: buscas na câmara
Polícia Judiciária investiga Freeport


- Vídeo prova pagamento de 'luvas' a ministro português no Caso Freeport

- Caso Freeport: vídeo prova pagamento de "luvas" a ministro português

- MP segue rasto de corrupção
4 milhões em luvas no caso Freeport


- DCIAP diz não ter elementos

- Buscas em casa de tio de Sócrates

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Mais um modelo para o Governo

Aquilo que estudamos nas escolas de qualquer nível de ensino é resultado de trabalho de cientistas de não importa que nacionalidade. Cada um de nós não tem necessidade de ignorar o que já foi inventado e não é obrigado a descobrir, por si a lei da gravidade, e a energia cinética.

Da mesma forma, os governantes não precisam de se meter em aventuras e fazer experiências caras e provavelmente nocivas, devem aproveitar as lições que vêm de países que dão provas de eficiência nos vários sectores da governação. Devem estudar nos melhores manuais das experiências bem sucedidas e adaptar as soluções às circunstâncias do seu País.

Agora a notícia «Barack Obama congela salários de colaboradores» é mais uma lição a seguir, porque se neste momento de dificuldades económicas, as famílias são obrigadas a apertar o cinto, é também o que os governantes e a sua corte devem fazer.

Mas, infelizmente, os nossos políticos (salvo eventuais honrosas excepções) preferem pensar no bem-estar daqueles que os envolvem, esquecendo a maioria da população que não só não beneficia do bem-estar deles como é vítima disso porque tem de pagar para luxos injustificáveis e despesas exageradas. Preferem seguir exemplos estranhos que não se adaptam ao nosso modo de vida como a peregrina ideia de ir buscar ao Chile o modelo para a avaliação dos professores.

E democracia, os governos devem evitar impor ao povo condicionalismos desnecessários, mas podem e devem impor aos que estão nos seus gabinetes limites que permitam servir de bom exemplo ao comum dos cidadãos.

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Denúncias são necessárias!!!

Muitos servidores públicos, em vez de procurarem servir o público, os utentes, como devia ser o seu apanágio, servem-se a si próprios, abusando do cargo, com uma irresponsabilidade sem controlo.

Não existindo uma investigação sistemática e uma avaliação de desempenho rigorosa e eficaz, conseguem sobreviver impunes durante muitos anos ou sempre.

Por isso, a denúncia acaba por ser um dever de cidadania sempre que alguém observe a existência de ilegalidades ou de irregularidades que lesem o Estado e/ou a eficiência do serviço em função das suas finalidades instituídas em favor dos cidadãos.

Tem havido situações em que os maus procedimentos se prolongam no tempo devido ao sentimento de irresponsabilidade e de impunidade por falta de controlo eficaz, mas que graças a denúncias, acabaram e os prevaricadores foram processados judicialmente ou, pelo menos, foram incomodados pela opinião pública alertada para o caso.

Os casos mais recentes conhecidos foram : na Câmara de Penafiel foram pagas viagens a Paris a 38 presidentes de Juntas de freguesia; em Barcelos foram denunciados desvios de 600 mil euros na Misericórdia ocorridos durante seis anos; em Penalva do Castelo foram denunciadas ilegalidades na Câmara.

Perante esta amostra de irregularidades tem que se ir para a denúncia de tudo o que pareça ilegal ou irregular. Os casos referidos foram trazidos a público por denúncias. É um dever cívico cada um denunciar aquilo que saiba. É certo que muitos terão receio de represálias, porque os autores de tais desmandos são capazes de tudo. Nesse caso, terão de usar o anonimato, mas devendo narrar todos os pormenores a fim de a PJ se convencer de que se trata de um caso real e que deve ser investigado.

Há, porém, um óbice na denúncia, que pode ser motivada por competição partidária, em que a denúncia é feita por um vereador de partido diferente do presidente. Mas cabe à PJ e ao MP investigar com mais pormenor.

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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Para que serve o dinheiro público

Fala-se novamente muito de regionalização. Não custa a crer que os problemas regionais, principalmente do interior, poderiam ser melhor resolvidos pelo poder local.

Sê-lo-iam se os autarcas conseguissem respeitar prioridades inspiradas no interesse das populações em geral, sem favoritismos para os mais influentes da região incluindo os ligados ao poder local. Não parece haver uma entidade que controle as actividades das autarquias e que os autarcas sejam sancionadas pelos seus actos.

Gosto de aqui referir bons exemplos de autarcas conscientes do seu papel de bem gerir os interesses da região sob a sua jurisdição, pensando mais nas pessoas com mais fragilidades do que no material de ostentação ou de propaganda.

Mas também não posso deixar passar sem uma citação notícias escandalosas como a agora noticiada «Câmara pagou viagem e 38 autarcas visitaram Paris». Não conheço nem sei quem é o presidente da Câmara de Penafiel. Uma comitiva de 38 presidentes de juntas de freguesia aterrou em Paris para apresentar votos de Ano Novo ao autarca de Sainte-Geneviève-des-Bois, cidade dos arredores geminada com Penafiel. Segundo o DN, o vereador da câmara assume que os voos custaram 14 886 euros e diz que este valor "não pesa no orçamento".

Mas, certamente, esta importância resultante das contribuições dos munícipes seria mais útil noutras aplicações em benefício da melhoria das condições de vida da população.

E pergunto: Quem controla os desmandos e exageros dos autarcas? Quem será condenado a repor as importâncias esbanjadas em interesses menos dignos?

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Criminalidade aumentou em 2008

Em discordância com muitas afirmações anteriores do MAI, segundo notícias do Diário Digital e do Correio da Manhã, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Mário Mendes, admitiu hoje, pela primeira vez, que todo o tipo de criminalidade aumentou em 2008. Porém, segundo Mário Mendes, o relatório de Segurança Interna com dados do ano passado não será conhecido antes do final do mês de Fevereiro.

Seria oportuno que os ministros da Justiça e da Administração Interna viessem a público dar explicações para o ocorrido, a incoerência entre promessas e declarações e as realidades agora dadas a conhecer.

As virtudes da transparência democrática seriam benéficas para restaurar um clima de confiança útil às condições de vida da população.

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Embuste é ofensivo, coveiro não

Os políticos mostram carecer de civismo e de ética e, por vezes, abusam na forma descortês, como se tratam quando se sentem num palco com o apoio da plateia, ou perante a televisão vista por todo o País.

Hoje almocei com um socialista ferrenho que sente a necessidade de ostentar esse defeito (ferrenho) por pensar servir assim melhor de apoio ao filho que é deputado. Estava muito ácido por a líder do PSD ter dito que o PM é o coveiro da Pátria.

Durante a conversa houve concordância em que tais palavras foram muito duras e foi levantada a comparação da palavra «coveiro» com a palavra «embuste» com que o PM invectivou a deputada do PEV, em plena Assembleia da República.

Houve quem dissesse com ironia que a líder do PSD não teve razão porque o coveiro actua mais depressa e com mais competência. E quanto a esta última qualidade reportava-se ao anúncio na pág. 26922 do DR, oriundo da Câmara Municipal de Lisboa relativo ao concurso externo de ingresso para coveiro, cujo vencimento anda à roda de 450 euros mensais, sendo o método de selecção baseado numa prova sobre variados conhecimento relacionados com as funções. O coveiro assim seleccionado é, sem dúvida, competente e conhecedor do ofício.

Por outro lado, o embuste (mentira artificiosa, patranha, ardil, engano, enredo) a que o PM se referiu constitui uma ofensa para todos os partidos com assento na AR pois se trata de uma situação legal, à luz do pacote de regulamentações da AR, subordinadas à Constituição da República, da responsabilidade de todos os partidos.
Certamente que, apesar da liberdade de linguagem com que os políticos se mimoseiam, o PM não teria pensado nessa palavra antes de a pronunciar. Errar é humano.

Por outro lado, o PM encontrava-se numa posição de subordinação em relação à AR, aos partidos, aos deputados, pois a AR é o 2º órgão de soberania e o Governo é o 3º, e vai a S. Bento prestar esclarecimentos à AR sobre os actos da governação, carecendo de autoridade para hostilizar os partidos e os deputados da oposição. Ofensas aos juízes da parte de arguidos só têm sido vistas nos julgamentos de Avelino Ferreira Torres.

Parece, portanto não haver razões para repudiar a comparação ao coveiro por parte de quem acha natural a ofensa em plena AR a todos os partidos que aprovaram a legislação vigente que foi qualificada de embuste.

Como o País seria mais civilizado se os políticos dessem exemplos de mais civilidade, urbanidade e decoro nas suas relações em público!!!

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Militares caladinhos

Até que enfim, os governantes se definem (embora com muitas indefinições!) sobre as suas preocupações em relação aos militares nos aspectos de ruído que, sempre se disse, é prejudicial ao ambiente, como repetem os lutadores ecologistas. Há que ter cuidado com os tubos de escape.

Nos quartéis, nas carreiras de tiro, o nível sonoro é demasiado elevado, sendo necessário baixá-lo, se possível, a zero. Acabem com os brados de alerta, com o brado de armas, com o funcionamento das carreiras de tiro, com as vozes de comando, com os clarins e corneteiros, com os aviões e helicópteros, tão incómodos com tanto volume sonoro.

Em vez de voz alta, segredem e sussurrem, respeitosamente, para os comandantes, não importa se eles são surdos devido aos antigos ruídos nas carreiras de tiro. Se eles não ouvirem não lhes faz falta porque eles também não devem falar, em obediência ao ministro e ao RDM que propõe.

Ouvi um dia que numa cerimónia numa unidade militar, com a presença do ministro, em que a banda só teve fífias, no fim do desfile o chefe da banda, em frente da tribuna, fez a continência com o melhor aprumo de aue foi capaz e disse. «Dá licença meu comandante. Para onde vamos e o que tocamos?» O comandante, com os fígados irritados e quase a deitar fumo, respondeu: «À m… e caladinhos».
Será que os militares têm feito tantas fífias que justifiquem o ministro responder-lhes: «… caladinhos!»?

E aos engenheiros militares que andam a fazer muito barulho com máquinas na construção de estradas no Cadaval recomenda-se que, em caso de dúvida, parem as máquinas antes de serem punidos por violarem a ordem de silêncio. Mas, se vos derem ordens ou repreensões em voz alta digam, em voz muito baixa, ao vosso superior que tenha cuidado porque está a violar a lei de silêncio dada pelo Governo.

Será este o primeiro passo positivo do Governo para entrar na Nova Era, com atitudes pacifistas de combate pelo ambiente e luta contra o ruído, além da destruição das Forças Armadas, um instrumento de morte dominado pelo Complexo Industrial Militar, culpado de todas as guerras pelo mundo. Aos militares que pensam que estou a exagerar com tanta ironia, peço desculpa.

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A Nova Era já chegou

Há realmente coincidências, ou acasos felizes. Depois do post «Já estamos na Nova Era» , que fez meditar muitos leitores, recebi agora por e-mail o seguinte texto muito interessante que deixo para os amigos apreciarem. Nada é imutável na Natureza e devemos estar preparados para a revolução e, na medida do possível, colaborarmos adaptando-nos às mudanças.

Caro João: Descobri você, meio por acaso, aqui no Google, e achei que podia enviar-lhe este texto (Sérias coincidências, resumo de conversas com rapaziada de faculdades aqui no Rio). Vê aí o que você acha. Sou arquiteto e professor universitário aqui no Rio de Janeiro e percebi que temos preocupações semelhantes. Grande abraço! Mauro.

Sérias coincidências.

Não deixa de ser curioso notar estas coincidências na história do desenvolvimento da Raça Humana através dos tempos, com as situações que estão ocorrendo agora, nestes momentos de transição. Planetária? Humana? Dimensional? Tudo junto?

Como informam os pesquisadores, arqueólogos, historiadores, há 2 milhões de anos os seres humanos iniciais viviam principalmente na África centro-oriental em regiões que hoje são o Quênia, Tanzânia, Etiópia. Vejam só: o Quênia, justamente a terra de origem deste novo e surpreendente ser humano tornado presidente da mais poderosa, fascinante e terrível nação do planeta, situada no chamado “Novo Mundo” da época dos descobrimentos. Este novo mundo, do qual fazemos parte os americanos do norte, sul, e do centro, foi percebido pelos europeus e demais povos ao mesmo tempo em que se começou a entender a Terra como um corpo esférico, flutuando no cosmos, girando em torno de si mesma e do Sol.

Uma transição dimensional, - A Terra não era só uma superfície de tamanho não sabido, a Terra é um volume de tamanho definido, e recursos limitados, uma forma tridimensional, não uma superfície bidimensional infinita como pensava de maneira geral a humanidade pré-renascentista.

A consciência desta mudança de percepção dimensional do espaço planetário levou uma tremenda desarrumação às leis, aos poderes, aos ensinamentos, aos conhecimentos, convicções e atitudes aceitos e oficiais daquele tempo. Galileu, para evitar a fogueira, teve que negar o que havia descoberto, os importantes avanços no conhecimento científico daquele período de transição.

Quase 400 anos depois veio a ser absolvido, ou perdoado, pelo Papa João Paulo II, no final do século XX.

Voltando aos tempos ancestrais, sabemos que a humanidade foi saindo do nomadismo, da caça e pesca pela sobrevivência, à medida que foi se entendendo com a Terra e as estações, e como indica Alvin Toffler, deu início à primeira onda civilizatória: a agricultura. Descobriu que podia alimentar-se sem precisar estar em constante movimento atrás da comida. Surgiram então as primeiras cidades do mundo: Ur, Uridur, Babilônia, e outras na região chamada Mesopotâmia, o fértil terreno entre os rios Tigre e Eufrates, justamente onde se situa o atual Iraque. O início da civilização urbana que resultou em nós mesmos, é exatamente onde os atuais trogloditas, os Bushs, os Cheneys, estão querendo acabar com ela, em pleno século XXI. A chegada de um representante do Quênia, início da formação da raça humana, derrubando os trogloditas do império industrial-militar que praticam destruir os lugares onde surgiram as civilizações, parece um recado. Principalmente agora, quando se percebe que a crise civilizatória deste tempo especial que estamos vivendo não é só um impasse econômico, financeiro, religioso ou de raças, isto tudo é conseqüência. Trata-se de uma crise ética civilizatória. A consciência do ser humano posta em cheque.

Ética vem do grego Ethos. Ethos significa morada. A percepção demorou, mas está se dando agora, quando a Raça Humana pela primeira vez penetrou o espaço sideral: o que estamos fazendo, conosco mesmos e com a nossa morada cósmica, o planeta Terra?

Um Galileu de agora, o cientista Albert Einstein na sua Teoria da Relatividade já informou de outra mudança da percepção dimensional: o espaço-tempo, assim chamada por ele a quarta dimensão do espaço. Percorrer o espaço viaja-se no tempo?

Felizmente ninguém se lembrou de botar o Einstein na fogueira, mas estão botando fogo no mundo. Estas mudanças são radicais.

Preparemo-nos. Urge uma nova civilização necessariamente fundada na ética. Já imaginaram no que pode dar isto?

Mauro Halfeld dos Guaranys
Arquiteto-urbanista / Professor Universitário

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sábado, 17 de janeiro de 2009

TGV. Sim ou não?

Muito tem sido dito e escrito acerca dos investimento faraónicos de discutíveis resultados para a o desenvolvimento da economia, fraca capacidade de recuperação do valor investido e posteriores pesados encargos de funcionamento e de manutenção das estruturas, fixas ou circulantes.

O TGV tem sido objecto de variados comentários, principalmente nas ligações internas de pequena extensão em que as composições não chegam a atingir a velocidade máxima que lhe daria vantagem. Os fundamentos que o poderiam tornar aceitáveis há 10 anos poderão não o justificar agora, em que tudo se modificou.

Em resposta à objecção argumentada pela presidente do PSD, o ministro das Finanças considerou ontem à noite "uma falsa" questão a polémica em torno dos investimentos na rede ferroviária de alta velocidade (TGV), defendendo que este projecto não terá impacto no défice ou na dívida pública em 2009. Referia-se às palavras de Manuela Ferreira Leite, presidente do PSD, na entrevista à RTP, em 15 à noite quando afirmou que, se formar Governo, riscará o investimento no TGV.

O ministro pode ter argumentos válidos, mas aquele que utilizou não convence ninguém que pense, porque o impacto a considerar não pode ser apenas o que se verificará no défice ou na dívida pública em 2009, sendo absolutamente indispensável projectar os impactos nos anos seguintes. É preciso ter uma noção o mais rigorosa possível sobre os custos e ganhos com o TGV nas próximas duas décadas, no mínimo. Não se deve ser inconsciente ao ponto de hipotecar Portugal e deixar encargos insuportáveis às gerações vindouras. O próprio ministro das Finanças acerca das previsões que apoiam as alterações do orçamento, escudou-se, alertando para que os números não devem ser considerados seguros, podendo surgir alterações imprevisíveis. Realmente não estamos em situações de embarcar em aventuras de muito alto risco

Numa época destas, um megainvestimento deste género só interessa às construtoras e dará trabalho a imigrantes, mas não contribuirá extensivamente para o aumento do poder de compra das populações. Não irá proporcionar maior produção às indústrias que permitam substituir importações e aumentar exportações.

Talvez a Presidente do PSD esteja mais dentro do bom senso do que o ministro das Finanças e o das Obras Públicas e Comunicações e este nem sempre se apoia em estudos isentos e rigorosos como se viu no caso da Ota, processo que teve de engolir e substituir pelo de Alcochete sem ter indigestão.

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Os portugueses e os outros europeus

É vulgar ouvir-se aos políticos e grandes gestores que "os portugueses gastam acima das suas possibilidades". E quais são essas possibilidades para os portugueses comuns (os que têm trabalho por conta de outrem)? Estes, que são a maioria, ganham pouco mais (55%) do que se ganha na zona euro. Portanto, a frase, para estar correcta devia ser um pouco diferente: os portugueses recebem muito abaixo das suas necessidades básicas.

No entanto, os portugueses privilegiados, principalmente os que vivem à custa do erário, sendo de destacar o génio das Finanças Víctor Constâncio, podem mostrar-se ufanos perante os parceiros europeus, porque recebem em média:

- mais 32% do que os americanos;

- mais 22,5% do que os franceses;

- mais 55 % do que os finlandeses;

- mais 56,5% do que os suecos"

(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/08)

Para maior infelicidade dos portugueses comuns, os que vivem à custa do dinheiro público com tiques de sanguessugas não fazem a menor ideia da vida difícil da quase totalidade dos portugueses. E estes, sem possibilidade de ter vontade própria, ainda teimam em votar, para termos cada vez mais do mesmo. Por isso, o conselho que anda por aí a circular de que é preciso que todos votem em branco para os obrigar a mudar o regime. E quanto a essa mudança recordo o post «Reforma do regime é necessária e urgente».

Recebido por e-mail e adaptado ao presente formato.

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sarjetas, chuva e técnicos de hidráulica

Passava pouco das dez da manhã de hoje e descia, a pé, a avenida 25 de Abril a caminho da estação, à chuva, cada vez mais intensa. Nas antigas bombas de gasolina no cruzamento com a av Eng Adelino Amaro da Costa, parei à espera que a chuva abrandasse. Mas parecia que não valia a pena esperar porque o aspecto era de continuar sem grande alteração da pluviosidade, e retomei a caminhada.

Mas dali até ao cruzamento com a Avenida D. Pedro I (a mania de chamar avenidas às ruas para dar valor às localidades!), foi um inferno. Já há tempos, em cartas aos jornais, alertava a autarquia para a inexistência de sarjetas ou sumidouros neste troço da avenida. Pois hoje, mais do que de experiências anteriores, o caudal era muito intenso e o trânsito automóvel mais compacto e veloz. Cada carro lançava um leque de água que me atingia quase até à cintura, mesmo indo na parte mais externa do passeio e não é preciso gastar palavras sobre o estado em que fiquei.

Não tive dúvidas de que nem o Presidente da Câmara, nem os altos funcionários ligados às condições das ruas, algum dia por ali passaram, a pé, em dia de chuva. E sugiro, peço, ao senhor presidente que num dia de chuva experimente descer este troço da Avenida para se aperceber da situação dos peões. Mas como prezo a sua actuação e, portanto, a sua saúde para estar sempre disponível, aconselho a levar botas de borracha de pescador e um impermeável que chegue até meio do cano das botas, a afim de não ficar molhado como um pinto.

E permito-me recordar aos senhores técnicos da hidráulica urbana que a água continua teimosamente a obedecer à força da gravidade, correndo para baixo. E esta conclusão pode ser tirada junto às poucas sarjetas que se encontram fora daquele troço (onde primam pela ausência), onde se verifica que a água está empoçada a cerca de um metro da sarjeta ou, nas rampas, vemos a água a passar ao lado dos sumidouros, como se eles não existissem. É que estes não estão nos pontos mais baixos do piso da rua. E, quando isso acontece junto de paragens de autocarros, ou de passagens de peões, então as pessoas levam sucessivos duches enquanto esperam para avançar.

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