terça-feira, 28 de abril de 2015

UM NOVO 25 DE ABRIL - SEM ARMAS

Transcrição da

Alocução proferida pelo Coronel e escritor David Martelo no IASFA/Porto, por ocasião do convívio de oficiais comemorativo do 41.º aniversário do 25 de Abril


A esperança portuguesa é militar, é sempre militar.

Francisco Rolão Preto


A celebração de mais um aniversário da Revolução de 25 de Abril pode constituir uma excelente oportunidade para uma serena reflexão sobre o estado da Democracia em Portugal. Um debate sobre este tema não é, de resto, oportuno exclusivamente em relação ao nosso país, uma vez que a crise internacional, iniciada em 2008, veio abalar profundamente a generalidade dos sistemas democráticos, nomeadamente na Velha Europa.

A degradação da actividade política e da ética que deve presidir à sua implementação tem sido motivo de grande desilusão, criando nos cidadãos a amarga ideia de que grande parte dos agentes políticos, em vez de constituírem exemplos de probidade e de civismo, são, pelo contrário, incumpridores de leis e de promessas eleitorais. Na política, à vista de todos, se fazem estágios e se ganham currículos que, depois, habilitam os que deviam servir o Estado a construir prósperas carreiras no sector privado. A acção da Justiça, por outro lado, tarda a convencer os cidadãos da sua eficácia, discrição e independência.

A conjunção da crise internacional com os erros próprios produziu uma legião de desempregados e espalhou pelos lares portugueses a dor, o desânimo e o medo. Sim, o medo!

Os sintomas de desordem vão-se acumulando.

Já não se trata da desordem nas ruas. É a desordem ao mais alto nível, na indizível liderança política e empresarial. Verdadeiras hecatombes financeiras são fabricadas em bancos e empresas de topo, a uma cadência de autêntico pesadelo. O país, atónito, assiste, pela televisão, ao desfilar de personalidades tidas como pertencentes à nata da nossa elite empresarial, quase todas elas preferindo passar por imbecis desmemoriados a correrem o risco de assumir, com coragem, as suas responsabilidades. No meio desta manifesta desordem, parece, por vezes, que os detentores do poder político pretendem, ainda, que os cidadãos achem normal e se acomodem passivamente às sucessivas anormalidades da governação.

Aqui e ali, ouvem-se vozes clamando que é necessário fazer um novo 25 de Abril.

Portugal teve, infelizmente, demasiadas intervenções militares na política, desde 1820. Algumas delas destinaram-se, sem dúvida, a pôr fim a algum tipo de “desordem”. Deve sublinhar-se que o Exército sentiu, por diversas vezes, esse chamamento dos Portugueses, mesmo quando em regime democrático. E esse chamamento foi visto, até, de forma regeneradora, tão fundo se tinha despenhado a esperança democrática.

Em 1890, após o Ultimatum britânico, Eça de Queiroz, em carta para Oliveira Martins, lançava uma ideia, um quase lamento, a propósito da esperança nas armas:
«É necessário um sabre, tendo ao lado um pensamento. Tu és capaz de ser o homem que pensa – mas onde está o homem que acutila?

Três décadas mais tarde, já nos últimos tempos da I República, era o próprio Fernando Pessoa que partilhava dessa visão redentora, quando afirmava:
«Nossas revoluções são, contudo, e em certo modo, um bom sintoma. São o sintoma de que temos consciência da fraude como fraude; e o princípio da verdade está no conhecimento do erro. Se, porém, rejeitando a fraude como fundamento de qualquer coisa, temos que apelar para a força para governar o país, a solução está em apelar clara e definitivamente para a força, em apelar para aquela força que possa ser consentânea com a tradição e a consecução da vida social. Temos de apelar para uma força que possua um carácter social, tradicional, e que por isso não seja ocasional e desintegrante. Há só uma força com esse carácter: é a Força Armada.»

E, noutra passagem, resumia, assim, a sua reflexão:
«Assim, em vez dos políticos de profissão, (a República) passará a governar pelo exército, que é, de espírito, o contrário deles...»

Tinha razão Fernando Pessoa na distinção que fazia entre o espírito de servir, dominante nas Forças Armadas, e o espírito de servir-se que prevalece em demasiados políticos profissionais. Neste aspecto, o julgamento de Pessoa mantém-se rigoroso e actual. Também não falta, para convergir com semelhante solução, o incompreensível menosprezo e as muitas desconsiderações a que os sucessivos governos têm votado os militares.

No entanto, é indispensável ter a lucidez necessária para reconhecer que a solução da força militar – por muitas razões de queixa que os cidadãos tenham do funcionamento do regime – é completamente desajustada nos nossos tempos. A simpatia internacional que o 25 de Abril suscitou há 41 anos, transformar-se-ia agora em condenação e boicote. Nessa hipótese, qualquer tentativa de exercício do poder imediatamente tropeçaria nas amarras que nos ligam à União Europeia e à União Monetária.

Mas fazer algo equivalente a um 25 de Abril é tarefa que está ao alcance de todos os Portugueses. Em cada ocasião que se realizem eleições, passa diante dos cidadãos uma oportunidade de mudança. Se há fenómeno que doa aos militares de Abril é, justamente, constatar a alta percentagem de abstenções verificadas nas idas às urnas, delapidando uma das armas mais importantes da liberdade que a revolução restituiu ao povo.

É desconsolador ouvir dizer que os partidos são todos a mesma coisa e que não vale a pena votar. Se pensarmos deste modo, jamais conseguiremos a salvação. Não há Democracia sem partidos políticos. Os partidos, mesmo quando falham na sua acção, podem regenerar- se, modificar-se ou desaparecer. Novos partidos se poderão formar.

Não, a esperança não é militar. É civil e está onde deve estar:nas mãos das Portuguesas e dos Portugueses.


Porto, 25 de Abril de 2015

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UM NOVO PORTUGAL É URGENTE




Tal como a Páscoa é a ressurreição para uma vida nova mais socialmente justa, também a data de 25 de Abril deve ser a partida para uma nova era de moralidade, ética e justiça social. Faça-se tal renovação já. Que as próximas eleições para a AR e para a PR sejam uma séria PROMESSA DE MUDANÇA, para «LEVANTAR HOJE, DE NOVO, O ESPLENDOR DE PORTUGAL.

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segunda-feira, 27 de abril de 2015

CINCO POSTAIS DE BOAVENTURA SOUSA SANTOS




Os postais aqui reproduzidos foram recebidos por e-mail no qual constavam os seguintes comentários:

É isso mesmo, e eu continuo a insistir na reposição do dinheiro em caso de corrupção e aí não seria só BPN.... e, já agora que reformas douradas há por aí (Banco de Portugal e quejandos) e que trabalham em cargos executivos altamente. Porque não rever este assunto? É demasiado melindroso? É verdade que a Presidente da Assembleia da República se encontra reformada de uma entidade pública e continua a prestar serviço numa entidade pública quando um médico e outros não o podem fazer? Estamos onde? Num país a várias velocidades? (autor não identificado)

Ainda acrescentava mais umas "coisitas" mordomias, fundações,... (autor não identificado)

FINALMENTE ALGUEM QUE VEM AJUDAR PAULO PORTAS E DIZER O QUE SÃO AS PEQUENAS E MÉDIAS POUPANÇAS… Os fazedores de opiniões (Expresso. etc) não falam destas alternativas… só daquelas que lhes convém… A bem do esclarecimento (e da verdade a que todos temos direito !!!(autor não identificado)

MUITO IMPORTANTE. Pode não ser lido pelos políticos do Governo. O tempo deles é pouco para nos dizerem mentiras e fantasias lunáticas. Mas tem muita importância para ajudar os portugueses a esclarecer as suas ideias quanto à atitude a tomar perante os governantes e as eleições. É preciso comparar as realizações destes últimos quatro anos relacionadas com a nossa qualidade de vida com o que tinha sido prometido e o que seria desejável. Podemos confiar mais nestes IRREVOGÁCEIS??? E nos outros concorrentes ás eleições? Será que trazem novidades? Com novas vias para o desenvolvimento social? Com novas estratégias para «LEVANTAR HOHE DE NOVO O ESPLENDOR DE PORTUGAL, dos tempos áureos? AJS

Estes cinco postais do Boaventura Santos para o Governo contêm informação, que se apresenta bem fundamentada, sobre "onde ir buscar dinheiro".
Mas, para este Governo que nos "desgoverna" e que usa o dinheiro público em benefício próprio e das suas clientelas políticas, apresenta-se mais fácil e cómodo impor "austeridade" aos funcionários públicos, reformados e pensionistas, em vez de "cortar" nos privilégios de Fundações e PPPs e nas rendas das Energéticas (em especial, da EDP) e, ainda, noutras "faraónicas" despesas públicas incompatíveis com os actuais tempos de crise. Porém, não se trata de obra de acaso, mas antes de opção político-ideológica.
Por isso, o destinatário destes postais vai manter-se cego, surdo e mudo, perante tais sugestões e reclamações. E, pelos vistos, esta coligação governamental PSD/CDS-PP pretende continuar a "desgovernar" para além desta maléfica legislatura. Resta-nos confiar que o eleitorado não tenha memória assim tão curta!AMF.

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sexta-feira, 24 de abril de 2015

PSD E A SEGURANÇA SOCIAL


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segunda-feira, 20 de abril de 2015

MENTIRAS DE QUEM DEVIA FALAR VERDADE


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domingo, 19 de abril de 2015

AFINAL EM QUE FICAMOS? - POEMA DE VIÇOSO CAETANO


AFINAL EM QUE FICAMOS ?

Afinal em que ficamos?
Pagamos ou não pagamos ?
Dizei-me vós se sabeis.

É que, perdoando aos Gregos
P´ra ficarem c´os anéis
Outros vão ficar sem dedos,
feitos labregos, pategos,
tratados como infiéis.

Esta malta do Sirysa,
Sem gravata e co´a camisa
fora das calças, à balda,
Quer pôr-nos a nós de fralda!

De fralda a pedir perdão,
por cumprir honradamente,
clara e transparentemente,
compromissos assumidos,
que, com muita ou sem razão,
nos foram então exigidos.

Mas o mais indecoroso,
reles torpe e vergonhoso,
é qu´há p´r´aí uns didatas,
faz de contas, democratas,
comentadores de charneira,
( entra mosca ou sai asneira),
que arrotam pescada às postas
e apunhalam pelas costas,
que acorrem logo à porfia,
fedendo a demagogia,
inveja, insulto soez
contra, só por ser do contra,
o qu´este Governo fez
com denodo e honradez!

Valha-nos Nossa Senhora
e nos salve desta tralha,
das Nações, a escumalha,
agora, sempre e de vez !!

Viçoso Caetano
O poeta de Fornos de Algodres
Abril de 2015

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quinta-feira, 16 de abril de 2015

PRÓXIMAS ELEIÇÕES SERÃO OPORTUNIDADE A NÃO PERDER


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terça-feira, 14 de abril de 2015

PORTUGAL E AS SUAS POTENCIALIDAES


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domingo, 12 de abril de 2015

SUÉCIA - POLÍTICOS E MAGISTRADOS SEM LUXOS NEM MORDOMIAS

Políticos:




Magistrados:

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A HUMANIDADE VIVE AS ÚLTIMAS HORAS


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sexta-feira, 10 de abril de 2015

A VERDADE SEM MEDOS. Por Maria José Morgado


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O MUNDO ESTA A CHEGAR AO FIM




A degradação da humanidade precisa de inversão através de muito amor, generosidade, solidariedade, sincero e real, por parte de cada um de nós, afim de reabilitarmos o Mundo para os nossos descendentes conseguirem nele viver. Respeitemos os valores éticos que eram o suporte das gerações anteriores

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quinta-feira, 9 de abril de 2015

SUIÇA E A SUA DEFESA


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quarta-feira, 8 de abril de 2015

PM britânico e a sua mensagem de Páscoa


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quinta-feira, 2 de abril de 2015

PASCOA, PRIMAVERA, RENOVAÇÃO, ESPERANÇA DE MELHOR FUTURO

Aproveitemos a festa da Primavera para rever os melhores Planos de vida harmoniosa


No primeiro fim-de-semana após a primeira Lua Cheia depois do equinócio da Primavera, festeja-se a chegada do semestre mais quente, das flores, do desabrochar da Natureza. É altura de dar morte a tuto o que é erva daninha, prejudicial, contrário à boa qualidade de vida das pessoas e da sociedade, limpar a casa retirar inutilidades que ocupam espaço e absorvem energias.

Depois é preciso fazer renascer, reabilitar os valores que nos podem ajudar a ter uma vida mais pacífica, harmoniosa e justa e que têm andado desprezados, pisados pelas ervas daninhas. Primavera é renascimento. Páscoa é Ressurreição.

Olhemos à nossa volta com lógica, com racionalidade, e separemos o Bem do Mal e sepultemos o mal, para, em vez dele, termos o Bem, em cima de um pedestal para nos iluminar o horizonte a fim de podermos eleger o bom caminho para um Futuro melhor. Mesmo que o presente seja difícil, devemos aceitá-lo, com o propósito de, em breve, o substituirmos por dias melhores.

Mas não esperemos que este resultado nos caia no prato da sopa sem algum esforço da nossa parte. Nada nos é dado gratuitamente a não ser a desgraça, precisamos de lutar contra a apatia, os hábitos fáceis, para depois, como resultado de tal luta, virem dias melhores.

Aproveitemos a Páscoa para varrer a casa e eliminar todo o lixo e o que é nefasto.

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