sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Sinais positivos

Embora já aqui tivesse surgido um comentário a insinuar que só se diz mal, a verdade é que não se cultiva a maledicência nem se fazem ataques pessoais. Referem-se casos que não deviam existir, antes deviam ser evitados ou corrigidos. Da existência de tais casos não temos a mínima culpa e, ao referi-los, usa-se um estilo didáctico e, sempre que possível, sugerem-se pistas para melhor actuação.

Uma boa crítica deixa sempre uma seta para a solução que pareça ser a melhor, embora possa haver mil opiniões diferentes sobre o mesmo assunto.

Neste momento, é justo que, das notícias de hoje se retirem dois casos positivos, para os enfatizar, por poderem servir de estimulo a outros agentes económicos.

1. A jovem marca de calçado portuguesa Goldmud, da empresa Whywhe, foi distinguida com o prémio "Revelação", em Milão, onde decorre, desde ontem e até amanhã, a maior feira de calçado do Mundo.

A representação portuguesa nesta feira é formada por 85 empresas e é a segunda maior do certame, que reúne mais de 1600 empresas do sector de calçado de todo o Mundo.

O prémio "Revelação" foi a grande novidade desta edição e visa "destacar o facto de terem sido criadas, desde o início do ano passado, mais de 60 novas marcas de calçado em Portugal".

2. Quanto aos têxteis, as exportações portuguesas confirmaram, em Junho, a tendência de crescimento desde o início deste ano, com o semestre a encerrar com um aumento global de 1,1%. Em comunicado, e tendo por base os últimos dados do INE, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) refere que as vendas de artigos têxteis e vestuário ao exterior somaram até àquele mês perto de 2 128 milhões de euros.

Porém, estes dados, embora animadores não são para embandeirar em arco, porque ainda não cobrem as importações do sector que registaram uma evolução positiva de 4,2% até Junho, com destaque para o vestuário de malha, com 13,4% e de tecido com 6,8% de aumento. Mas, embora seja um sinal débil, poderá ser o inicio de uma recuperação sustentada.

Oxalá os nossos empresários se entusiasmem na inovação e na revelação e aumentem o seu volume de negócios, do qual obterão mais lucro, haverá mais benefício para trabalhadores e fornecedores, pagarão mais impostos e, em resultado do aumento do poder de compra, irão consumir mais e dinamizar o comércio e outras indústrias. O enriquecimento do País depende dos êxitos de cada um e «todos não seremos demais para tornar maior Portugal».

5 comentários:

  1. Olá Amigo João Soares,

    Vivemos num pequeno país que ainda dá os primeiros passos em vida livre e liberta. Por isso, e porque passámos tantos anos amordaçados, é justo e bom que possamos criticar quando entendemos que o devemos fazer. Mas, a verdade é que, todos os dias, também acontecem coisas boas neste pequeno país.
    Afinal, não somos assim tão diferentes do resto do mundo. Aliás, em matéria de liberdade, penso que "damos cartas" a muitos que se julgam donos dela, como seja o caso dos "tios Sam´s".

    Cordialmente,
    Bom Fim de Semana

    Maria Faia

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  2. Cara Maria Faia,
    Obrigado pelo comentário
    Bom fim de semana,
    Um abraço

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  3. Usando da habitual intenção de isenção e independência, devo introduzir alguma moderação no optimismo que este post pode originar. Com efeito, o índice PSI20 da Bolsa de Valores de Lisboa caiu 11,16% nos últimos 60 dias e, na imprensa de hoje, foram publicados os seguintes dois artigos
    Portugal perdeu 40% da frota de pesca
    Exportação de calçado para os EUA cai 30 %

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  4. Infelizmente as coisas positivas têm pouca visibilidade nos OCS.
    Também é verdade que, o país precisa de coisas positivas, senão vai ao fundo... mais ainda!
    Mas porque se bate sempre no tio Sam, nos americanos e não nos russos?Será que a Tchetchénia está uma maravilha?Será que lá há direitos humanos? E na China?E na Coreia do Norte?E em Cuba? E na maioria dos países africanos?Será td obra dos americanos?O governo de Portugal também é das responsabilidade dos USA? E o Lula dos mensalões também culpa dos states?

    O mundo está em transformação. Merece uma reflexão. A corrupção generaliza-se e o poder das empresas é que manda! As grandes empressas mundiais, o petróleo, a droga, os medicamentos, etc, entre eles comandam isto td!A política nos dias de hoje "é tudo menos servir o povo".

    Este blogue tem sido coerente e sem insultar ninguém vai chamando a atenção para muitos dos problemas civilizacionais, nacionais e internacionais.

    Um abraço

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  5. Caro Aromas de Portugal,
    Os States, com os seus defeitos e virtudes, ainda são uma mola importante no esforço de desenvolvimento tecnológico do mundo.
    Quanto ao poder das grandes empresas, é lógico que elas procurem aumentar a sua facturação e os seus lucros, independentemente do regime dos países em que se encontrem. Mas cabe aos políticos condicionar o seu funcionamento, dentro de limites razoáveis. O mal é que os políticos, vencidos pela tentação da corrupção e da ambição imoral, submetem-se aos empresários à espera da respectiva compensação e«que inclui o emprego no fim da vida. Olhe onde estão anichados os nossos antigos governantes!!!
    O mal do mundo está na falta de civismo dos políticos. Vale a pena ler o post Ninguém está acima da lei, que mostra que há países que não perdoam a corrupção dos políticos.
    Um abraço e bom fim de semana
    AJS

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