Hoje, devido aos cuidados com a alimentação e com a saúde, a esperança de vida tem aumentado e continuará a aumentar. Vão longe os tempos em que uma pessoa com 50 anos já era idosa e sofria das doenças incapacitantes próprias da idade avançada.
Há dias foi muito publicitado o centésimo aniversário do cineasta Manoel Oliveira e apareceu já a notícia de que em Portugal há 600 pessoas mais idosas do que ele.
Na longevidade e no estado se saúde na parte final da vida tem muita influência o regime alimentar seguido. Além da qualidade dos alimentos, assunto muito debatido na imprensa, surgiu agora uma teoria de cientistas japoneses que se referem à quantidade calórica o que se traduz em que Comer pouco contribui para uma vida longa. Segundo estudos feitos, pode ser seguida uma de duas soluções :
- O "jejum intermitente", pode aumentar os anos de vida, inclusive nos casos em que a redução de ingestão de calorias é escassa ou mesmo inexistente. Curiosamente, várias religiões impõem aos seus crentes épocas de jejum, embora não tenha sido dito que a intenção é a longevidade.
- A outra solução é "a restrição calórica crónica", que implica uma redução constante e continuada dos alimentos ingeridos.
Há quem eufemísticamente prefira o adjectivo idoso a velho. Mas há muita gente que alinha com a canção brasileira «meu pai, meu velho, meu amigo». Velho experiente, sabedor, ponderado, sensato, não pode haver coisa melhor e que mereça mais carinho. O velho pode ser aproveitado numa ocupação de conselheiro, de ajuda a mais jovens transmitindo a sua experiência enriquecedora. As «universidades para a terceira idade» bem podiam ser aproveitadas num intercâmcbio com jovens numa interactividade de que todos beneficiariam. Um velho sábio gosta de manter o cérebro activo e não quer levar para a cova aquilo que sabe, deseja transmitir o seu saber.
Pelo contrário, o termo idoso apenas traduz o peso da idade, por vezes rodeada de azedume mau génio, quezilice, rabugice.
E esse mau feitio que a idade torna mais indesejável, aliado à falta de respeito de muita gente mais nova conduz a outros fenómenos degradantes e que estão a caracterizar a sociedade actual, apesar de muitos progressos na modernização. Um deles foi aqui sublinhado no post A tigela de madeira do avô. O outro vem na notícia com o título Abandono de idosos cresce nesta época, doentes idosos ficam nos hospitais depois de terem alta porque nenhum familiar os vai buscar. Se isto ocorre durante todo o ano, pelo Natal é mais grave e é estranho e contrário ao espírito cívico desta quadra de generosidade, humanidade, amor, compreensão e tolerância.
Essa teoria de que comer pouco faz aumentar o tempo de vida já era seguida por um cigano aqui das minhas bandas que foi desabituando o burro de comer, e quando este estava já completamente acostumado, pois não comia havia quase 15 dias, morreu.
ResponderEliminarO burro teve muita sorte, porque normalmente morrem às duas semanas (14 dias)!!!
ResponderEliminarUma pitada de humor ajuda a tornar o cozinhado mais saboroso!
Abraço
João