
Das notícias mais recentes chamam mais a atenção as que se referem à gestão do dinheiro público que não tem sido objecto do devido respeito. A Inspecção Geral de Finanças detectou casos como:
- Entidades de supervisão do sistema financeiro pagaram seguros de saúde a 569 familiares de trabalhadores
- "Graves deficiências" na contratação de consultoras e outros serviços por empresas do Estado
- Ausência de controlo nos negócios de sucatas por empresas do Estado
- Ministério da Justiça não sabe o que paga nem a quem paga
- Auditoria das Finanças detecta pagamento de subsídio de compensação a magistrados já falecidos
Estas notícias demonstram que os interesses do Estado e a gestão do dinheiro público, dos nossos impostos, têm carecido de cuidados de rigor e seriedade. Não se compreende como se mantiveram ocultos, nem quais as forças que impediram que estes casos tivessem sido detectados, avaliados e sancionados, para que o sistema passasse a funcionar de forma corecta. Talves seja a mudança de Governo que esteja a produzir efeitos.
Mas ao lado do choque que estas notícias causam, há o aspecto positivo que estimula a esperança de que todos os vícios do sistema sejam analisados, avaliados, sancionados e corrigidos pde forma a não persistirem nem virem a ser retomados. A crise deve ser aproveitada para se limpar a casa e eliminar tudo o que é dispensável e o que é prejudicial. Há que lutar por simplicidade, frugalidade, eficácia, rigor, de que resulte óptima gestão dos recursos.
Imagem do Google
Caro João Soares
ResponderEliminarAfinal, havia esqueletos nos armários. E estou certo de que é só o começo.
Caro Vouga,
ResponderEliminarPenso que não será apenas efeito da simples mudança de Governo, pois esta não pode fazer milagres, mas parece estar a iniciar-se um ambiente de mais seriedade, para nos aproximarmos dos países mais avançados eticamente. Iremos sabendo, a pouco e pouco, que havia muitos esqueletos escondidos nos armários, que não saíam porque havia forças ocultas a impedirem a Justiça de investigar. Recorde-se das sucessivas aldrabices e falsificações relacionadas com a «licenciatura» que foram divulgadas pelo blog http://doportugalprofundo.blogspot.com/
Depois houve o caso da TVI, do Aterro Sanitário da Cova da Beira, do Freeport, da Casa Pia, da Face Oculta, etc, etc.
Mas, pelos vistos, a DGF já está a olhar criteriosamente para as contas. Esperemos que ninguém a impeça de ir até ser descoberta toda a verdade. E a Justiça também acabará por olhar melhor para o que se tem passado e deixar de andar de olhos ardilosamente vendados.
Portugal ainda poderá tornar-se um Pais moderno e civilizado. Agora é o momento de começar a reconstrução, por pequenos passos, mas sem desfalecimento, sempre a avançar com determinação e persistência.
Abraço
João
Isto ainda nem é um copo de água no oceano. Nem isso.
ResponderEliminarDas cinco acusações aqui espumarada, duas delas (2/5 ou quase metade) estão no campo da justiça. Não parece ser necessário acrescentar mais nada, que tudo o resto já conhecemos.
Caro Mentiroso,
ResponderEliminarConsidero ser um bom indício a IGF estar a divulgar estes casos e outros como
http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/quase-um-terco-dos-bolseiros-apoiados-pelo-estado-nao-provou-que-fez-o-doutoramento_1499917
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/exercito-aumentou-despesa-em-84-milhoes-com-regra-ilegal_1499959
Certamente aparecerão mais, como os pagamentos de estudos a defender o Aeroporto na Ota, o TGV e as múltiplas rotas da AE para o Algarve.
A transparência é necessária para o povo abrir os olhos e criticar, e também para a Justiça se ver obrigada a investigar e julgar. A inépcia da Justiça é um dos piores factores da crise, por ignorar a corrupção, o tráfico de influências e as negociatas entre o público e o privado dos amiguinhos.
É preciso que a IGF não seja manipulada com interesses diferentes do nacional.
Um abraço
João