
No seu artigo Prioridades, Luís Marques Mendes mostra discordância do facto de «ao próximo Congresso do PSD ir chegar uma proposta de alteração dos estatutos no sentido de consagrar, designadamente, o princípio das eleições primárias para a escolha de candidatos a deputados e a presidentes de câmara.»
Diz que, «em política, os sinais contam. E o grande sinal que o partido deve dar, nesta fase crucial da nossa história, é o de que está focado essencialmente no desafio do País e nos problemas dos Portugueses.» Mostra-se descrente de «que os Portugueses achem muita graça a ver o PSD discutir estatutos em vez de debater o drama do desemprego e as soluções para o resgatar.»
E conclui dizendo que «a nossa democracia precisa… do reforço da competência e da credibilidade dos eleitos e não da cultura do populismo ou da lógica da facilidade. É tudo uma questão de prioridades.»
Acrescento que quem aprecia futebol não gostaria de, num momento muito crítico de um desafio importante, ver o Cristiano Ronaldo a olhar para as botas a pensar que gostaria mais de ter atacadores de outra cor e não reparasse que tinha que aproveitar a oportunidade para meter um golo que poderia ser decisivo.
Dê-se prioridade ao essencial para o futuro de Portugal.
Imagem de arquivo
Caro amigo, isto têm sido sinais de alarme, há décadas, desde o tão famoso e combinado 25 abrilesco, que mais um ou outro sinal já ninguém liga. O barco está a afundar-se leve, levemente, e muito democraticamente. O último a cavar que feche a porta...
ResponderEliminarLamento sempre que um anónimo não deixe sinal para ser identificado (sem quebrar a privacidade) pelo autor na resposta.
ResponderEliminarRealmente desde essa data de há 38 anos, principalmente desde o descalabro depois da entrada para a CEE, O itinerário tem sido uma rampa para o abismo. Os portugueses, em geral, somos culpados porque não soubemos usar a democracia para fazer parar o descalabro. Agora, com a viciação dos partidos e dos políticos, é cada vez mais difícil o povo sair da sonolência ou coma induzido para inverter a queda.
Os opinadores com algum peso e influência e os políticos limitam-se a falar e não apontam saídas. Os sábios economistas ficam-se pela repetição de teorias que já fizeram história mas não impediram a crise nem apontam soluções inovadoras adequadas ao problema actual, real, concreto.
Temos que dar crédito a Paul Krugman quando diz: a crise na Europa e no mundo deve-se ao fracasso dos economistas
Tem sido aqui escrito, várias vezes, acerca da arrogância e ostentação de intelectualidade, por vezes muito discutível de possuidores de graus académicos obtidos depois de trocas de influências e assinados «ao domingo».
Sem ter a ver directamente com o tema do post mas a confirmar as palavras anteriores, provam o complexo dos políticos em relação a graus de cultura, na firma como foi decidido sobre o túnel de Belas na CREL devido a uma pegada de dinossauro, sobre a compra da «pedreira do galinha» na Serra de Aire devido a pegadas de dinossauros, e sobre a paragem das obras de construção da Barragem de Foz Côa devido a «gravuras rupestres». Estes problemas vistos agora vêm dar razão aos muitos defensores de soluções diferentes.
Enfim, temos de concordar com Paul Krugman e generalizar para o conjunto dos políticos (salvo eventuais excepções) que se têm oferecido para gerir os destinos do País.
Cumprimentos
João