
Transcrição de artigo seguida de NOTA:
Relvas “devia demitir-se para poupar primeiro-ministro”, diz Bagão Félix
Público. 12.07.2012 - 23:56 Por Lusa
O conselheiro de Estado Bagão Félix disse hoje que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, “devia demitir-se para facilitar a vida o primeiro-ministro”, Pedro Passos Coelho.
“Eu, no lugar do ministro Miguel Relvas, tinha pedido imediatamente a demissão, facilitando a vida ao primeiro-ministro, que bem merece”, afirmou Bagão Félix em entrevista à estação pública de televisão RTP, durante a noite.
Questionado sobre se a polémica em torno da licenciatura de Miguel Relvas está a prejudicar o Governo, Bagão Félix, que foi ministro da Segurança Social e do Trabalho e ministro das Finanças em dois anteriores governos da coligação PSD/CDS-PP, afirmou que “há questões que não têm retorno”.
“A universidade, num país que quer ter futuro e esperança, tem de ser um espaço de exigência. A universidade deve puxar pelos melhores para ter elites e essas elites fazem-se com exigência e, sobretudo, com a autoridade do exemplo”, acrescentou.
O caso da licenciatura do ministro Miguel Relvas começou a dar polémica há cerca de duas semanas por causa do número de equivalências que obteve na Universidade Lusófona.
De acordo com o processo do aluno que a Lusófona disponibilizou para consulta na segunda-feira, e que a agência Lusa consultou, foram atribuídos 160 créditos a Miguel Relvas no ano lectivo 2006/2007. Com as equivalências atribuídas pela Universidade, Relvas apenas teve de fazer quatro disciplinas semestrais.
NOTA:
«À mulher de César não basta ser séria, é preciso parecer». Um ministro deve ser uma pessoa sobre quem não haja dúvidas Quanto à seriedade e rectidão de comportamento, portanto, à menor dúvida que lhe possa retirar credibilidade e confiança, deve abandonar o cargo. Bagão Félix mostra, mais uma vez, o seu estilo sensato de analisar a situação.
No actual Governo brasileiro, houve saídas de vários ministros nos primeiros meses de funcionamento e tais casos moralizaram os restantes e não foi preciso mais demissões. A saída deverá ser da iniciativa do próprio ministro por não se sentir objecto da confiança dos cidadãos, mas, se ele hesitar, deverá ser o chefe do Governo a agradecer-lhe a colaboração prestada e substituí-lo.
Se isto não acontecer, os cidadãos podem supor que há entre eles conivências e telhados de vidro não querendo que o outro lhe «descubra a careca».
Miguel Relvas tenta justificar a obscuridade do caso dizendo «nortear a sua vida “pela procura do conhecimento permanente”». Mas, para «procura de conhecimento permanente», a obtenção de diploma de licenciatura através de equivalências nada acrescenta aos seu saber, ao seu somatório de conhecimentos, apenas dá obesidade á sua vaidade, à sua ostentação e, em consequência, à sua arrogância. Na realidade, a procura de conhecimento até pode ser conseguida por um autodidacta que lê, que investiga na Internet, que frequenta bibliotecas e museus nas suas horas livres, sem ser necessário obter diplomas de forma pouco clara.
Imagem de arquivo
Relvas “devia demitir-se para poupar primeiro-ministro”, diz Bagão Félix
Público. 12.07.2012 - 23:56 Por Lusa
O conselheiro de Estado Bagão Félix disse hoje que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, “devia demitir-se para facilitar a vida o primeiro-ministro”, Pedro Passos Coelho.
“Eu, no lugar do ministro Miguel Relvas, tinha pedido imediatamente a demissão, facilitando a vida ao primeiro-ministro, que bem merece”, afirmou Bagão Félix em entrevista à estação pública de televisão RTP, durante a noite.
Questionado sobre se a polémica em torno da licenciatura de Miguel Relvas está a prejudicar o Governo, Bagão Félix, que foi ministro da Segurança Social e do Trabalho e ministro das Finanças em dois anteriores governos da coligação PSD/CDS-PP, afirmou que “há questões que não têm retorno”.
“A universidade, num país que quer ter futuro e esperança, tem de ser um espaço de exigência. A universidade deve puxar pelos melhores para ter elites e essas elites fazem-se com exigência e, sobretudo, com a autoridade do exemplo”, acrescentou.
O caso da licenciatura do ministro Miguel Relvas começou a dar polémica há cerca de duas semanas por causa do número de equivalências que obteve na Universidade Lusófona.
De acordo com o processo do aluno que a Lusófona disponibilizou para consulta na segunda-feira, e que a agência Lusa consultou, foram atribuídos 160 créditos a Miguel Relvas no ano lectivo 2006/2007. Com as equivalências atribuídas pela Universidade, Relvas apenas teve de fazer quatro disciplinas semestrais.
NOTA:
«À mulher de César não basta ser séria, é preciso parecer». Um ministro deve ser uma pessoa sobre quem não haja dúvidas Quanto à seriedade e rectidão de comportamento, portanto, à menor dúvida que lhe possa retirar credibilidade e confiança, deve abandonar o cargo. Bagão Félix mostra, mais uma vez, o seu estilo sensato de analisar a situação.
No actual Governo brasileiro, houve saídas de vários ministros nos primeiros meses de funcionamento e tais casos moralizaram os restantes e não foi preciso mais demissões. A saída deverá ser da iniciativa do próprio ministro por não se sentir objecto da confiança dos cidadãos, mas, se ele hesitar, deverá ser o chefe do Governo a agradecer-lhe a colaboração prestada e substituí-lo.
Se isto não acontecer, os cidadãos podem supor que há entre eles conivências e telhados de vidro não querendo que o outro lhe «descubra a careca».
Miguel Relvas tenta justificar a obscuridade do caso dizendo «nortear a sua vida “pela procura do conhecimento permanente”». Mas, para «procura de conhecimento permanente», a obtenção de diploma de licenciatura através de equivalências nada acrescenta aos seu saber, ao seu somatório de conhecimentos, apenas dá obesidade á sua vaidade, à sua ostentação e, em consequência, à sua arrogância. Na realidade, a procura de conhecimento até pode ser conseguida por um autodidacta que lê, que investiga na Internet, que frequenta bibliotecas e museus nas suas horas livres, sem ser necessário obter diplomas de forma pouco clara.
Imagem de arquivo
Caro João Soares
ResponderEliminarEste episódio aberrante, mais um, acabou por provar que este governo não é melhor do que o anterior. Vai na mesma linha, de vigarice em vigarice.
Desta vez, não foi o PM que falsificou as habilitações académicas, como fez um tal Sócrates, mas foi o diabo por ele.
Começo a acreditar que só pela violência vai ser possível mudar a situação, já que a Justiça, tal como está montada, só serve de tapete a este estado de coisas.