
Mas além deste eventual elogio, e de aceitar que se trate de um bom «técnico de contas», o ex-PR alerta para a necessidade de uma visão política no sentido de não perder de vista que governar é tomar medidas conducentes a melhorar a vida da população e não se limitar a aumentar impostos e fazer sucessivos e repetidos cortes. Na realidade, a maior parte das medidas destinadas a minorar os efeitos visíveis da crise, são negativas a médio e longo prazo, pelo que devem se comedidas e muito ponderadas, porque governar com eficiência implica que se definam objectivos estratégicos para futuro e que os mesmos nunca sejam perdidos de vista e que a população deve ser sempre o elemento nacional mais privilegiado.
Sobre este tema têm interesses os seguintes textos dos jornais de hoje:
“País precisa de um efectivo Governo, não basta ter um contabilista”
Governar a martelo
Imagem de arquivo
Caro João Soares
ResponderEliminarMário Soares é daquelas pessoas que pode dizer o que lhe apetecer porque já ninguém lhe liga. Umas vezes dá no cravo e outras na ferradura.
Quanto às finanças e critérios de governação, parece que andamos todos a dormir. Parece que ainda ninguém deu conta de que perdemos a independência e estão cá outros a mandar. Tudo por causa da tremenda irresponsabilidade dos sucessivos governos que se sucederam ao 25/4/74.
Agora já não há nada a fazer. É comer (pouco...) e calar. Caso contrário, se continuarmos a criticar tudo e todos, se continuarmos a derrubar governos sobre governos, nem a Grécia nos salvará.
Este governo pode ser péssimo, mas perdemos o direito de o deitar abaixo.
Caro Fernando Vouga
ResponderEliminarSó posso aplaudir a forma sintética e muito clara como descreve a situação a que fomos arrastados pelos sucessivos incompetentes e incapazes que andaram a divertir-se gastando inconscientemente os recursos nacionais.
Quanto ao actual Governo, devemos sugerir que sejam limadas algumas arestas mas devemos apoiá-lo, porque é a tábua de salvação a que podemos agarrar-nos neste naufrágio.
O que mais se lamenta, e que o próprio Mário Soares também acha mal, é a atitude de AUTOFAGIA que salta de espíritos do PSD que julgávamos iluminados e que, em vez de ajudarem PORTUGAL, apoiando o Governo a fazer bom trabalho, regozijam-se em criticá-lo destrutivamente. Onde pára o patriotismo destes energúmenos? Nem sabem o que isso é. Nunca sentiram amor por PORTUGAL.
Mas se agora não se encontra o rumo do bom porto, da salvação, não voltaremos a ter uma amostra de independência nem de soberania. Não será fácil vir nova oportunidade.
Um abraço
João