
«Um comunicado entregue aos jornalistas, numa conferência de imprensa, nesta quinta-feira, em Lisboa, explica a situação: o número de refeições disponibilizadas nas cantinas sociais aumentou entre 300 a 400 por cento numa população cuja idade média de procura ronda os 40 anos; a capacidade dos familiares comparticiparem os serviços prestados pelas Misericórdias diminuiu em média entre 15 a 20 por cento; e registaram-se atrasos significativos por parte do Estado nos pagamentos das obrigações contratuais assumidas com as Misericórdias, nomeadamente nas Unidades de Cuidados Continuados, “que estão a provocar roturas de tesouraria e incerteza quanto ao futuro”.»
Perante a função social e de saúde que estas instituições têm vindo a desempenhar, suprindo deficiências da máquina estatal, é importante dar-lhes o apoio mais conveniente. Os seus provedores e outros responsáveis devem ser indivíduos com saber e experiência de gestão e uma grande sensibilidade para as pessoas e os seus problemas, principalmente quando se trata de pessoas com acentuadas carências de todos os aspectos da vida real. Devem ser indivíduos com generosidade e despidos de ambições pessoais, que não queiram usar o cargo como trampolim para obtenção de mais fama e proveito. Madre Teresa de Calcutá pode muito bem ser um modelo a seguir
Na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, houve, há uma semana, nomeação de novo provedor e o governo, talvez seguindo o critério atrás referido procedeu à nomeação de Santana Lopes. O tempo e os beneficiados da Santa Casa dirão se a nova equipa vai procurar atingir os melhores objectivos sociais que são ou devem ser apanágio desta Instituição.
Imagem do Público
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