
Mas os carenciados, «Senhor, porque padecem assim, porque lhes dais tanta dor?» (Augusto Gil)
Diz que «um dos objectivos centrais da agenda de transformação estrutural é assegurar uma transição bem conseguida para um Estado social mais forte, sustentável, que apoie o nosso espírito de equipa”. É fácil de reconhecer que os portugueses estão, na verdade, a trabalhar em equipa, mas com tarefas diferenciadas: uns fabricam a crise e exploram os pobres e estes, por sua vez, pagam essa crise de que não são culpados, sendo espoliados até à última moeda.
E esta equipa é eficaz para tornar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres, como se tem vindo a verificar. Os próprios comentadores e comunicadores servem dedicadamente os que lhes pagam e lhes mantêm o poleiro ou são seus potenciais empregadores
Nesta ordem de ideias, permito-me transcrever duas frases do post As greves Justas e os Oportunistas.
«(…) têm aumentado o já maior fosso europeu entre ricos e pobres, cortando os auxílios aos que menos têm e assassinando-os ao fecharem os serviços de saúde, enquanto permitem aos que mais têm a continuar alegremente os seus roubos e injustificáveis mordomias por quem o povo parvo permite ser crucificado.
Nenhum (…) do actual governo acaba com a roubalheira e as mordomias, com os parasitas partidários, com a impunidade, com a irresponsabilidade. Todos dizem ámen ao primeiro-ministro quando ele mente descaradamente, papagueando que os sacrifícios são a dividir por todos, mas todos eles aumentam cada vez mais esse fosso entre ricos e pobres.»
Será bom que a «intenção» de Estado Social venha dar prioridade às pessoas, colocando em segundo lugar o dinheiro e que este seja a remuneração do esforço de cada um e não o resultado de espirais financeiras ou de especulação bolsista.
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