
Está provado que a luta contra estes flagelos é possível desde que haja vontade política.
Hoje surgiu a notícia de que a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, exortou a um "envolvimento cívico" pela defesa da criminalização do enriquecimento ilícito e advertiu que não desistirá desta lei, que "irá ao Tribunal Constitucional as vezes que for preciso".
Oxalá não lhe desfaleça o entusiasmo, pois terá de enfrentar todos os indivíduos que fazem parte do polvo, ainda no activo e dele já reformados. E eventualmente, terá de inserir alterações na Constituição que permitam inverter o ónus da prova e outros mecanismos do Código de Justiça.
É curioso que mesmo nas altas instâncias da Justiça tem havido opiniões de que não é possível combater estes crimes económicos. Por exemplo, são da magistrada Cândida Almeida as palavras “Digo olhos nos olhos: O nosso país não é corrupto, os nossos políticos não são corruptos, os nossos dirigentes não são corruptos” pronunciadas perante numerosa assistência de sociais-democratas.
Não vai ser fácil a tarefa a que a Srª ministra se propõe. Oxalá tenha o maior êxito para bem de Portugal, contribuindo para moralizar o regime e cortar ao polvo os seus inúmeros tentáculos e a sua perigosa virulência.
Imagem de arquivo
Caro João Soares
ResponderEliminarA tal Cândida Almeida, também conhecida por "branqueadora de licenciaturas domingueiras", gosta muito de aparecer na TV, pintada até aos tornozelos e a botar falas grossas para impressionar. Não diz coisa com coisa e anda sempre em bicos dos pés a ver se apanha uns bons tachos. Só não se percebe como, mesmo em Portugal, conseguiu chegar onde chegou.
Caro Vouga,
ResponderEliminarTambém tenho essa ideia da senhora. Veja o tom mais ou menos irónico a começar pelo próprio título do post a que agora me referi
Politicamente muito correcta !!!
«Temos que fazer justiça ao seu brilhante pragmatismo, aproveitando muito bem o local, as características da audiência e o bom momento em que se encontra. Estas foram as palavras mais politicamente correctas que podia dizer em altura em que o seu nome é referido como possível futura PGR (Procuradora Geral da República). Não parece provável que o PSD lhe dê o cargo, mas quanto a isso, a sua perspicácia ficou mais uma vez patente perante os jornalistas».
É pena que uma magistrada use de truques próprios de políticos, dizendo aquilo que pode favorecer os seus interesses pessoais, em vez de ser analista imparcial das situações reais.
Abraço
João