
Também parecem merecer atenção as palavras do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, quando se confessa surpreendido com propostas de FMI e quando fala da solidariedade devida pelos mais ricos aos mais pobres. E também Bruxelas quer calendário para os cortes no Estado já em fevereiro pois um problema de tal gravidade para os portugueses não pode ser eternamente adiado com promessas e palavras inconsequentes, não seguidas de decisões concretas, coerentes e viáveis.
E nem será necessário relembrar a posição tomada publicamente pelo dirigente do PSD, Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, nem os alertas que, repetidamente, têm vindo a público por Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Marques Mendes, Manuela Ferreira Leite, João Salgueiro, João Mota Amaral, e variados comentadores e colunistas da Comunicação Social. Já não se trata de maledicência de oposicionistas, mas de gente válida da área do Governo, que demonstram patriotismo acima da média evidenciada pelos governantes.
É estranho verificar que nas intenções de cortes nas despesas do Estado não se veja citada área que toca com os interesses do [polvo], como sejam medidas efectivas para reduzir as despesas com fundações, observatórios, a burocracia, a corrupção, para racionalizar a utilização dos «boys» e os seus salários e mordomias em assessores, especialistas e «gestores» de empresas públicas e municipais, etc... O Tribunal de Contas tem referido isso em vários relatórios mas o Poder executivo, com laivos de absolutismo e de ditadura, desrespeita órgãos que devem ser acatados por todos porque desempenham papel de controlo altamente necessário e patriótico.
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