(Public em DIABO nº 2308 de 26-03-2021.pág. 16. Por António João Soares)
O ser humano vulgar, não se preocupa muito com a inovação, com a evolução, com a mudança, dando mais importância à rotina, aos hábitos, às tradições e deixando o futuro a um palpite, a uma aventura e não a uma decisão bem pensada e preparada, seguida de uma acção bem planeada. Na realidade, o acaso e a esperança na sorte originam os palpites e as falsas decisões.
Por isso gostei de aprender a metodologia para preparar a decisão e que consta no artigo que publiquei neste semanário, em 29-09-2016, pouco depois de ter sido convidado para nele colaborar.
O facilitismo e o improviso usado em muitas gestões de que costumamos esperar sentido das responsabilidades, rigor e respeito por aqueles que vão ser as vítimas das imperfeições do trabalho de preparação, só criam desilusão, desagrado e perda de respeito por quem dirige.
Mas quando se refere “pensar no futuro” não se trata apenas de planos, programas ou projectos que se prolongam por muitos meses ou anos, pois a ideia aplica-se a qualquer tarefa de que se deseja um bom resultado. Significa que não devemos perder tempo a trabalhar ao acaso, justificando “depois se verá”. Cada passo deve ser dado com vista ao objectivo pré-definido.
Uma situação que merece ser considerada ao abordarmos este tema é a forma como as autoridades têm encarado a actual pandemia. Quase toda a humanidade se enamorou da propaganda de muitos milionários ligados à indústria químico-farmacêutica que, com os olhos no lucro, apenas falou em negócios de máscaras e vacinas. No entanto, há países que focaram seriamente o sofrimento das pessoas e pensaram em medicamentos que combatessem o mal.
Em Portugal, vários médicos confirmam, ao semanário Expresso, que têm usado a substância Ivermectina para tratar “centenas” de doentes com Covid-19 e com resultados positivos. Trata-se de um antiparasitário usado contra piolhos e lombrigas. Os médicos que a prescrevem também a tomam a título preventivo, embora não esteja aprovada pela demorada burocracia como terapêutica contra a infecção, que tem semelhanças com a gripe em complicações respiratórias.
Também o Japão acaba de anunciar a disponibilidade de Avigan, um anti-inflamatório na fase final de experiência para tratar a infecção Covid-19, já com bons resultados e que pretende disponibilizar gratuitamente aos países que o solicitarem para testes.
Mas, quanto a novos medicamentos, quando o seu preço é baixo, a grande indústria dificulta a sua venda. Os grandes capitalistas querem controlar os seus lucros. Não esqueçamos, por exemplo, a saída do mercado da tintura de iodo por ter um preço baixo e ser muito eficaz na cura rápida de pequenos ferimentos, tendo sido substituída por novos medicamentos que, em vez de tratamento rápido, apenas acompanham as melhoras fazendo adiar a cura uma porção de dias. Esses homens de negócio odeiam resultados rápidos e pretendem tornar coisas pequenas em doenças com tendência crónica.
É a sua maneira de preparar o futuro, sem olhar ao interesse dos clientes. Isto faz pensar nas excepções a esta realidade. Como numa mensagem que recebi, vinda de Israel, que enumera dez boas notícias para a Humanidade. Cada uma destas contém uma inovação no âmbito da saúde, que torna a detecção de doenças mais expedita e simples e a sua cura mais oportuna e rápida, tudo com menos intervenção de médicos e mais acção da informática.
Estas dez notícias, e outras que aparecem a citar variados aparelhos informáticos para detecção e cura de diversos males, fazem prever a redução de médicos, o que constituirá uma ameaça para o futuro de muitos jovens.
A preparação do futuro está difícil, pelo que exige muita análise, que deve ser cuidadosa e aberta à inovação, de forma bem ponderada e olhando para todos os factores reais e potenciais.
A apatia deve ser posta de lado e a tolerância deve ser bem ponderada. ■