sábado, 28 de fevereiro de 2009

Nuno Álvares Pereira

Uma transcrição oportuna. É prestigiante para os Portugueses fazer uma homenagem condigna ao Santo Consestável

D. Nuno Álvares Pereira: Um Português de Excepção

Frei Nuno recebeu o embaixador de Castela, em sua cela, amortalhado no hábito.
-“ Nunca mais despireis essa mortalha?” perguntou-lhe o castelhano.
-“Só se el-rei de Castela outra vez movesse guerra a Portugal...” E erguendo-se:
-“Em tal caso enquanto não estiver sepultado, servirei ao mesmo tempo a religião que professo e a terra que me deu ser”.
Por baixo do escapulário tinha o arnez vestido.
O castelhano curvando a cabeça, saíu.

Finalmente, ao fim de uma espera de séculos, a canonização do Beato Nuno de Santa Maria está marcada: será no dia 26 de Abril e terá como companheiros quatro cidadãos da península Itálica.

Este reconhecimento da Igreja deve ser considerado com grande júbilo pela nação dos portugueses. As comemorações devem ter realce idêntico. Não vai ser fácil, todavia, que tal venha a acontecer, mas já lá iremos.

De facto a figura e a acção do Condestável é absolutamente singular na História de Portugal e, a ele, mais do que a qualquer outro, devem os portugueses o facto de continuarem a ser livres e independentes.

Não vamos percorrer a vida do grande vencedor de Aljubarrota – fasto luminoso das nossas glórias militares – nem os seus actos do dia a dia, que são referências incontornáveis de moralidade pública, virtudes humanas e devoção cristã, que balizaram a vida do herói e santo, mas tão só afirmar dois notabilíssimos factos: ser Nuno Álvares o nosso único chefe militar que nunca perdeu uma batalha ou um simples combate (e pelejou muito!); e sendo já numa altura madura do seu peregrinar pela terra, um dos homens mais ricos do Reino – senão o mais rico – se ter despojado de tudo, distribuindo os seus bens pelos familiares, amigos, companheiros de armas e ordens religiosas. Queria apenas passar a viver de esmolas e foi preciso uma ordem real para impedir que tal viesse a suceder.

Não existe outro exemplo em toda a gesta nacional, desde que Afonso Henriques individualizou o Condado Portucalense, que se lhe possa igualar. Como, possivelmente, não haverá no mundo inteiro.

É, pois, diante desta figura gigantesca de carácter, competência, humildade e Fé, que os portugueses se devem curvar e em cujo exemplo deveriam meditar.

Ora os portugueses deste início do século XXI desconhecem e ignoram, na sua maioria – com os poderes públicos à cabeça – o ganhador dos Atoleiros, de Trancoso e Valverde, o grande comandante que nunca vacilou nos transes mais dolorosos e incertos.

É este, então, o momento ideal para arrepiarmos caminho e dar graças à Providencia Divina pelo facto do Santo Condestável ser um dos nossos e lembrarmos aos nossos filhos e netos que nunca o deverão esquecer. Porém, não se pode amar o que se desconhece.

Numa época em que os nossos brios patrióticos tão necessitados estão de alimento que os retirem da soturna decadência em que sucessivas opções de estouvado e ignaro mau senso, os colocaram, surge esta luminosa oportunidade de retemperar a alma dos bons portugueses. Será um crime de lesa Pátria, desperdiçá-la!.

Deste modo julgamos que se deve actuar rapidamente em três âmbitos: o religioso, o militar e o cívico.

É por demais evidente que a cerimónia de canonização deve ser seguida pelo país inteiro – não há aqui azo a divisionismos – e não se deve esgotar na cerimónia em Roma a qual deve ter a presença de muitos portugueses e de bandeiras de Portugal. É preciso mobilizar o maior número de pessoas a deslocarem-se ao Vaticano.

A imagem de Nuno de Santa Maria (o nosso décimo primeiro santo), deve ser transportada em avião da Força Aérea ou da TAP, para Lisboa e ser escoltada por aviões de combate assim que entrar no espaço aéreo nacional – as asas dos aviões da FA ostentam a cruz de Cristo, ela não está lá por acaso.

No aeroporto a imagem deverá receber honras militares e ser levada para o Convento do Carmo – a sua última morada – e ficar à guarda de forças da GNR.O percurso deverá ter alas de militares.

Em data próxima realizar-se-á um “Te Deum”nos Jerónimos em honra do novo santo, com a presença de todas as irmandades e institutos religiosos. No dia seguinte a imagem deverá seguir para S. Margarida, passando pela Escola Prática de Infantaria – arma de que D. Nuno é o patrono. Em S. Margarida, na unidade herdeira das tradições da 3ª Divisão de Infantaria – a Divisão Nun’Álvares – será feita uma velada de armas à maneira medieval, para seguidamente se prestar as honras militares na Batalha antecedidas pela passagem nos campos de S. Jorge. Em todos os itinerários o povo e todas as autoridades devem sair às ruas para aclamar tão distinto e valoroso antepassado.

Em frente à sua estátua equestre na vila da Batalha serão prestadas honras militares pelo maior contingente de tropas apeadas que se possa reunir a que se seguirá missa solene militar, com a presença dos estandartes de todas as unidades militares, no mosteiro de Santa Maria da Vitória. O corpo diplomático deve ser convidado a assistir.

As cerimónias deslocar-se-ão, então, para o concelho da terra natal de D. Nuno, Cernache do Bonjardim, cujas forças vivas já se preparam para a justa homenagem.

Em simultâneo deverão realizar-se palestras, homilias, conferências, colóquios, etc. em todas as paróquias, unidades militares (incluindo as destacadas),escolas e instituições de cultura e patrióticas um pouco por todo o país. Tais comemorações deverão inspirar o aparecimento de obras de arte, literatura, medalha, emissão filatélica, etc., alusivas ao evento.

É urgente reaportuguesar Portugal.

Para tudo se levar a bom termo, deverá ser constituído um grupo director e coordenador que não pode dispensar o alto patrocínio do Presidente da República (e deverá até ser liderado pela Presidência). Aos eventos devem ser agregadas o maior número de instituições representativas da sociedade.

Infelizmente haverá que contar com a acção de forças anti-nacionais que tudo farão para menorizar tão importante acontecimento. Há que as enfrentar com serenidade, determinação e firmeza. Como D. Nuno nos ensinou.

Que o grande Fronteiro Mor do Além-Tejo, Condestável de Portugal, alma pura e bela, agora Santo Nuno, continue a interceder pela terra de Santa Maria.

Acreditem que bem precisamos.

João J. Brandão Ferreira
TcorPilAv(ref.)
Comd.Linha Aèrea

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Alertar é um dever

O mundo é um lugar perigoso para se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.

Albert Einstein

NOTA: Como diz o post «Denúncias são necessárias!!!», é dever alertar para o que está mal, é dever tornar o mundo mais habitável com segurança, tranquilidade, moralidade, com confiança, com amizade, enfim, com PAZ.

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O Poder em «boas» mãos

Na Freguesia de Argival, Póvoa de Varzim, o presidente da Junta ameaçou com «três tiros» os deputados da União Eleitoral de Argival, na oposição, durante a última Assembleia de Freguesia. O incidente não teve graves consequências porque o público presente conseguiu segurar o autarca Adolfo Ribeiro.

Esta sessão extraordinária da assembleia tinha sido pedida pelos três membros da lista independente para discutir o que consideram ser "uma má administração do património", por parte do executivo de maioria PSD.

Domingos Silva, o cabeça de lista da UEA, queixou-se da falta de energia eléctrica no cemitério, do abandono a que está votada a Fonte da Senhora dos Milagres e da forma como foram feitas as obras na sede da Junta. O deputado independente quis ainda saber os contornos dos negócios, primeiro, da venda "ao desbarato" dos terrenos junto ao lavadouro à Agros e, segundo, da cedência de terrenos à associação local, "Argevadi".

Em resposta "o presidente da Junta disse, aos gritos: "Vocês são uns calhaus com dois olhos. Se tivesse aqui a 'p….' dava-vos três tiros a todos", segundo contou Domingos Silva.

Noutra autarquia mais no centro do País, o presidente da Câmara de Oliveira do Bairro e o vice-presidente podem vir a perder o mandato por terem omitido em 2006, à Comissão Regional da Reserva Agrícola Nacional (CRRRAN) que têm interesses particulares num projecto de ampliação – ocupando terrenos situados em Reserva Agrícola Nacional - da empresa Metalcértima a que ambos estão ligados. Violaram o princípio de não patrocinar interesses particulares, próprios ou de terceiros.

Se no primeiro caso, há ausência de autocontrolo, educação, sentido democrático e respeito pelos opositores e público presente na reunião, no segundo caso trata-se de um aproveitamento das funções públicas de autarca para benefício próprio ou de familiar (foi alegado a empresa pertencer à esposa). Casos como este poderão existir em vários locais, como o mau carácter de muitos apolíticos leva a crer, pelo que se conclui que «denunciar é preciso» a fim de que situações imorais sejam banidas da vida pública que, além de prejudicarem os interesses nacionais constituem um mau exemplo para a população.

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A China e os direitos humanos

O assunto do artigo «Direitos humanos: China pede a Washington para parar de dar lições» merece ser devidamente ponderado pelos diplomatas e pelos que pensam um pouco sobre os aspectos que podem influenciar a paz mundial e a felicidade dos povos.

O Departamento de Estado Americano no seu relatório anual sobre o estado dos direitos humanos, o primeiro da Administração de Barack Obama, promete dar o exemplo e aponta o dedo às violações registadas na China, Irão ou Rússia. A China reagiu de imediato, pedindo aos Estados Unidos para pararem de se apresentar como guardiões dos direitos humanos no mundo.

“Pedimos aos EUA que se ocupem dos seus próprios problemas de direitos humanos e que parem de se considerar guardiães dos direitos humanos”, declarou esta manhã à imprensa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu.

“Neste 30 anos, a China experimentou um forte crescimento económico e realizou progressos democráticos constantes e protege plenamente a liberdade religiosa”, assegurou ainda o porta-voz, citado pela AFP. “Os grupos étnicos gozam dos seus direitos e da sua liberdade” na China, acrescentou. “O mundo inteiro sabe isso.”

Porém, o relatório americano, publicado quarta-feira à tarde, sublinha violações das liberdades individuais na China. “O balanço do Governo chinês no que respeita aos direitos humanos continuou mau e agravou-se em certas regiões”, citando em particular “a repressão das minorias étnicas na região autónoma uigure e no Tibete”. Washington denuncia ainda as “eliminações e torturas” infligidas aos opositores e as perseguições sofridas pelos dissidentes, defensores dos direitos humanos e os seus advogados, nomeadamente no período dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Compreende-se que a China, candidata a grande potência mundial e senhora de uma história milenar de poder hegemónico na Ásia e no Extremo Oriente, o Império do Meio, tem características civilizacionais próprias e não gosta de ser apontada como em situação inferior seja em que aspecto for. Por outro lado, a América não será bem vista se continuar a assumir um papel de polícia do mundo.

Mas o mundo que se considera mais civilizado não resiste à tentação de exigir condições mais humanas quanto aos direitos humanos e, dada a globalização da economia, muitos países asiáticos, com salários de miséria e horários de trabalho muito alargados, bem como o trabalho infantil, constituem uma concorrência desleal que, se não for moderada, arruinará os produtores do mundo Ocidental.

Haverá, por isso, que, de forma adequada, convencer esses países a usarem de métodos semelhantes aos restantes membros das Nações Unidas, por forma a construir-se um ambiente internacional de concorrência sã, em clima de confiança, compreensão e cooperação, para bem das populações de todos os continentes.

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Mudar é preciso

Não podemos pretender que as coisas mudem, se continuamos a fazer sempre o mesmo.

Albert Einstein

NOTA: Muito certo!!! Por isso, não iremos sair da crise. Não existem ideias para fazer diferente! Todos os «sábios» continuam a resistir à mudança aplicando os raciocínios que aprenderam há mais de 20 anos na escola. E foram essas receitas que deram origem à crise. É preciso inovar, aplicar novos remédios.

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

PM genial deu «emprego de transição» a 11 mil desempregados !!!

Com base na notícia do Público transcrita surge a esperança de em 17 meses, se não houver mais despedimentos e se os «empregos de transição» forem mantidos, ficarem cumpridas as promessas do PM de conseguir 180 mil empregos (150+30).

A promessa dos 150 mil foi feita já há mais de quatro anos. Por isso, a perspectiva dos 17 meses (tanto tempo!) parece ser demasiado optimista, só credível por pessoas de muito boa vontade ou, quem sabe, de profunda ingenuidade.

Sócrates garante que 11.000 desempregados “já estão activos” através de “empregos de transição”

Público. 25.02.2009 - 16h26 Nuno Simas
Debate quinzenal na Assembleia da República

O primeiro-ministro, José Sócrates, aproveitou hoje o debate quinzenal no Parlamento para apresentar “resultados” de “um mês” das medidas do programa Iniciativa Emprego 2009, como “os cerca de 11.000 desempregados que já estão activos”, através de “empregos de transição”.

A crise económica e financeira acabou por dominar a primeira hora deste debate, em que o partido da maioria, o PS, quis discutir resultados do Plano Tecnológico e do programa do computador Magalhães. Neste período foi também confrontado com os últimos números do desemprego.

A propósito do programa Iniciativa Emprego 2009, com cerca de um mês de aplicação, Sócrates afirmou que cerca de 35.000 micro e pequenas empresas, “abrangendo 91.000 trabalhadores, já beneficiam de uma redução de três pontos percentuais na taxa social única”, desde que mantenham os níveis de emprego.

Além disso, cerca de 1.800 trabalhadores estão já abrangidos por acções de formação “em período de redução de actividade” e que 3.000 jovens estão a beneficiar de estágios profissionais.

José Sócrates assinalou os “sorrisos das bancadas da oposição” quando falou no Plano Tecnológico e no “Magalhães”, garantindo que até final do terceiro trimestre 195 mil crianças do primeiro ciclo terão um computador, para “ajudar na escola”. “Portugal será o primeiro país do mundo em que todas as crianças dos seis aos dez anos terão um computador” para usar nos estabelecimentos de ensino.

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Há políticos com sentido de Estado !!!

Em Espanha, segundo noticia do Público, «Ministro da Justiça espanhol demite-se depois de caçada polémica com Baltasar Garzón», Mariano Fernández Bermejo demitiu-se devido à onda de protestos gerada pela sua participação numa caçada com o juiz Baltasar Garzón, responsável pela instrução de um processo de corrupção que envolve dirigentes do Partido Popular, o maior partido da oposição. Disse que o melhor para o Governo seria o seu afastamento por não poder tolerar a “utilização” que está a ser feita do episódio para prejudicar o Governo do PSOE.

Em Portugal, em tempos relativamente recentes, igual atitude, prova de sentido de honra e de respeito pelo partido e pelo País, foi tomada por António Vitorino e por Jorge Coelho. Mas depois houve casos tristes mas «jamais» houve demissão, apesar de ter sido necessário «malhar» contra as «campanhas negras» as «insinuações» e as tentativas de «assassinato politico, moral, pessoal». Esperemos que haja muitos mais políticos com sentido de honra e de Estado; o ideal seria que fossem todos!

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Mais um cientista jovem distinguido

Neste espaço têm sido realçados valores de gente jovem, da geração em cujos ombros vai pesar a tarefa de reconstruir Portugal e levantar o orgulho nacional, a auto-estima da gente que vem vivendo em «apagada e vil tristeza» e é sempre com prazer que recebemos notícias como esta do Público de hoje que é tema de «Investigadora do Porto recebe prémio Pulido Valente por estudos na área do Alzheimer».

Trata-se da Cientista Ana Rita Costa, investigadora do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) do Porto, que foi distinguida com o prémio Pulido Valente Ciência 2008 pelos avanços conseguidos na investigação da doença de Alzheimer, segundo anunciou aquela instituição.

O prémio visa distinguir o melhor trabalho publicado na área das Ciências Biomédicas realizado num laboratório nacional por um investigador com menos de 35 anos. Nesta edição, o júri foi unânime ao escolher a investigadora Ana Rita Costa, que trabalha no grupo de Neurobiologia Molecular do IBMC.

Portugal precisa urgentemente de gente válida, acção, na ciência, nas técnicas, no ensino, na saúde, na justiça, na gestão. Precisamos que os jovens de hoje, dirigentes de amanhã, desenvolvam as suas capacidades e competências para tomarem as rédeas do Poder e retirarem Portugal do pântano já referido há muitos anos por António Guterres e que ainda ninguém conseguiu inverter a rota que nos está a levar para a cauda da Europa e até do Mundo.

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Violência escolar

Transcrição de artigo do Público seguida de NOTA.

Pais preocupados com dados do Ministério Público sobre violência escolar

Público. 23.02.2009 - 19h58 Lusa
Lisboa é a região onde há mais inquéritos

As associações de pais de Lisboa consideram "preocupantes" os dados hoje divulgados pelo Ministério Público que demonstram que Lisboa é a região onde há mais inquéritos relacionados com casos de violência escolar: cerca de 111 em 2008. Isidoro Roque, presidente da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (FERLAP), considera "preocupante a quantidade de processos-crime relativos a violência em ambiente escolar", defendendo a urgência no combate à violência nas escolas.

"Problemas há muitos, mas poucas soluções", argumenta Isidoro Roque numa nota, alertando para a falta de medidas aplicadas nesta matéria. O presidente da Confederação das Associações de Pais (Confap), Albino Almeida, considera igualmente "inaceitável e lamentável" que estes problemas continuem a proliferar nas escolas.

"As escolas devem impor-se naquelas que são questões de comportamentos desviantes, combatendo-as através dor órgãos necessários", defendeu. Segundo Albino Almeida é necessário e urgente, no sentido de se resolver os problemas de indisciplina, analisar cada escola, porque cada caso é um caso, e auferir as condições reunidas para combater estas situações

Já a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) defende, em comunicado, a necessidade de serem criados gabinetes de apoio à integração dos alunos nas escolas, mais profissionais auxiliares para os estabelecimentos de ensino de maior risco, mas também o reforço do programa Escola Segura, da PSP.

NOTA: É curioso que os pais dos estudantes tivessem ficado surpreendidos com as notícias divulgadas pelo MP. Se estivessem atentos à vida dos filhos e conversassem com eles saberiam melhor e mais oportunamente do que o MP o ambiente nas escolas e suas imediações. Depois também é curioso que proponham mais PSP a reprimir os seus filhos e os colegas. Já não lhes basta exigirem que os professores façam aquilo que em casa devia ter sido feito desde os primeiros vagidos e continuar a ser feito até à maior idade, para agora também quererem que seja a policia a suprir a incapacidade de pais e familiares na sua função de educadores de educadores. E, espantosamente, não há no comunicado dos pais uma palavra a salientar a necessidade de mais atenção por parte dos pais! Ou o jornal não referiu essa preocupação dos encarregados de educação!
Também teria sido bom que o MP tivesse divulgado mais cedo os dados que possui, a fim de despertar as atenções para um fenómeno que dificulta a eficiência do ensino e da formação dos cidadãos de amanhã.
Curioso também é que isto vem realçar o ridículo da D. Margarida Moreira da DREN ao classificar de «brincadeira de mau gosto» a cena tornada pública de ameaça com murros e arma de fogo a uma professora, como é referido no post «Brincadeira de mau gosto». Com tal expressão aquela senhora, presume-se que involuntariamente, estimula tais desacatos.

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

De Belém, poesia de Viçoso Caetano


Publico mais uma poesia do Amigo Viçoso Caetano, um beirão, patriota até ao tutano, septuagenário, que continua coerente com aquilo que foi na juventude, na estada em Moçambique e na actividade aqui desenvolvida, sempre evidenciando eficiência e cultivando o mérito da exigência e da excelência, não desprezando os mínimos pormenores nem a linha estratégica que para si definiu.

DE BELÉM

Deste local zarparam as caravelas,
Que arrostando, temerárias, as procelas,
Demandaram Novos Mundos, Novos Sóis.
Porfiando com denodo, lá chegaram
E por plagas ignotas se espraiaram….
Missionários e Soldados foram nelas,
Que voltaram como Santos, como Heróis.
Mas a Língua e os afectos que deixaram,
Resplendentes para sempre se tornaram,
Da ditosa Pátria amada os seus Faróis.

Viçoso Caetano (O Poeta de Fornos de Algodres)
Fevereiro 2008

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Reforma do sistema financeiro é urgente

Do editorial do DN de hoje, transcreve-se o seguinte trecho

Passados dezanove meses desde que começaram a rebentar, uma atrás de outra, várias bolhas especulativas por esse mundo fora, as repercussões das mais diversas actividades financeiras desligadas de um ajustado sentido do risco envolvido - e, por conseguinte, da economia real -, conduziram a economia global para uma provável recessão mundial, sem precedentes nas últimas sete décadas. No fim do ano passado, em Washington, os 20 países que geram 90% do produto planetário comprometeram-se com um conjunto de linhas de força para reformar de alto a baixo o sistema financeiro e o seu relacionamento com a economia não financeira. O resultado desse esforço de reformulação de práticas, processos e instituições ficou marcado para 2 de Abril próximo, em Londres.

O que os principais países europeus do G-20 ontem disseram em Berlim, a convite da chanceler alemã, é que ninguém pode dar-se ao luxo de sair de Londres com as mãos a abanar. E que o sistema não aguenta simples retoques de faz-de-conta. Se há alguma vantagem nas vozes diversificadas que emergem sempre de cada reunião de alto nível da Europa, é a de perceber até que ponto os mais importantes dirigentes políticos se sentem pressionados pela marcha dos acontecimentos. Isto é, até onde são sensíveis à inquietação crescente da rua, que vê medidas de milhares de milhões para estabilizar as finanças do mundo, sem que se sintam ainda os efeitos positivos nas suas vidas. O tempo está a contar e cidadãos de todos os continentes esperam uma nova ordem mundial, mais solidária, mais inclusiva e menos esbanjadora de recursos.

NOTA: O tempo está a escoar-se e as pessoas à espera de solução que crie um sistema financeiro estável e controlado em que deixe de ser possível o aparecimento de bolhas especulativas e o risco de novas crises de recessão. É necessária inteligência, competência e ousadia para romper com os erros do passado e criar algo de novo mais seguro e eficiente. Tudo é urgente e o tempo tem que ser bem aproveitado porque é um recurso importante e insubstituível. São grandes as esperanças na próxima reunião do G20. Oxalá não sejam goradas.
Sobre este tema convém ler também a notícia do Público «Ministros da UE preparam reuniões de líderes sobre crise económica e financeira» em que é evidenciada a mesma preocupação.

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A política partidária e as realidades

Transcrição do artigo de hoje no JN de Mário Crespo, bem preparado e muito incisivo, com pontaria a pontos significativos

Pirotecnias
Mário Crespo

O partido governamental realiza o Congresso num dos momentos de maior crise da democracia portuguesa. Crise imensa de valores que, entre dúvidas na lisura de quem nos governa e inseguranças quanto às instituições da República, nos roubou o sentimento de dignidade e orgulho nacional que é o que inspira os povos a ultrapassar as crises. Sem essa ferramenta, ao fim dos quatro anos de governação de José Sócrates - entre Freeport I e Freeport II - Portugal vive um quotidiano de descontentamento.

Como conduzir os trabalhos do mais importante órgão do partido, evitando que números do desemprego diariamente desactualizados não dominem as preocupações de militantes responsáveis? Como evitar que o desencanto dos estraga-festas desfigure com a realidade relatos mediáticos mais virtuais?

Com uma operação de choque e espanto de efeitos pirotécnicos, sob a forma de moções e diversões. O guião arranca com uma supergirândola que rebenta qual big-bang e ocupa o espaço de debate dominando o Congresso: "O Tino de Rans já não pega. Vamos convidar Mahmoud Ahmadinejad, Raúl Castro ou Hugo Chávez", propuseram os assessores de media. "Ahmadinejad não vem! Nós nem sequer somos islâmicos e os iranianos já disseram que não gostam do casamento homossexual. Os irmãos Castro sempre irritaram Mário Soares, portanto, não. Ficamos por Chávez. Ninguém o convida na Europa e ele vem de certeza. Soares acha-lhe piada e as televisões vão andar sempre atrás dele".

"Porreiro, pá. Mete aí na agenda um jogging na Cova da Moura e manda vir da Havanesa cinco caixas de Coronas que ele também ainda fuma". Um conselheiro mais prudente dirá que com esta vinda de Hugo Chávez talvez seja melhor eliminar na tradução para espanhol da moção do secretário-geral aquela parte na página 6, onde se lê : "uma após outra, as ditaduras inspiradas pelo comunismo foram derrubadas pelos povos em busca de liberdade e democracia". 'Está claro que isto é dirigido ao PCP, mas parece mal, logo agora que o camarada Chávez se tornou presidente vitalício". "Depois, para cobrir os problemas das escolas, da saúde, da justiça e da falta de Magalhães vamos lançar então a proposta do casamento gay. Para já como um processo facultativo aberto aos cidadãos que o requeiram, mas que tendencialmente poderá ser obrigatório, a menos que se pague uma coima ao atingir-se a maioridade. Essa parte deixa-se para quando a Comissão Europeia nos impuser o procedimento relativo aos défices excessivos. Para os pensionistas deixarem de fazer contas a pacotes de subsídios e complementos que não chegam para os medicamentos diários nem para a meia de leite e o folhado de salsicha mensal, aí lança-se a discussão sobre a eutanásia. Ficam todos cheios de medo e não falam mais disso".

E pronto. Inspirado pela presença de Chávez, o Congresso votará por unanimidade as 26 páginas da moção de José Sócrates. Mesmo aqueles pontos da página 4, onde se descreve que no passado houve uma fase de "falta de sentido de Estado e da dignidade das instituições tão intolerável que obrigou à demissão antecipada do Governo". Esta é a parte mais perigosa da moção de Sócrates. Claro que ele se refere ao governo PSD/CDS. Mas está a dar ideias a Cavaco, para quando o presidente tiver tempo para se concentrar no Governo, depois de resolver aquela questão que ele tem lá no Conselho de Estado.

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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mais promessas pouco convincentes

Segundo a notícia «País quer soluções dos líderes políticos e não descrições da crise, defende Sócrates», o PM, disse hoje que "o país pede aos seus líderes políticos e empresariais que proponham soluções para a crise e não que descrevam a crise", durante uma visita à Exporplás, uma empresa de fabrico de fios e cordas sintéticas que está a aumentar as exportações e o número de trabalhadores.

Segundo o post «Pensar antes de decidir» a descrição do problema, neste caso a crise, com a definição de todos os aspectos e factores actuantes, é indispensável para serem esboçadas as possíveis soluções e posterior análise destas por forma a poder ser escolhida a melhor perante as circunstâncias vigentes. Portanto, as boas soluções só podem aparecer após a «descrição da crise». Normalmente, nada de seguro aparece, por inspiração onírica, sem ter por base a avaliação judiciosa da realidade com os seus factores.

É preciso ter esperança e optimismo, mas avançar, com os pés bem assentes no chão, segundo uma direcção bem escolhida de maneira a não se desperdiçarem recursos agora mais escassos do que nunca.

Segundo a notícia «Sócrates promete 30 mil empregos no sector social», o PM relembrou que o emprego é prioridade, como já tinha dito na campanha eleitoral, há mais de quatro anos em que prometeu criar 150 mil empregos. Afirmou que o sector social pode retirar do desemprego 30 mil pessoas até final do ano, não referindo se esses trinta mil são para somar ao número antes prometido, ou se esse já está esquecido e anulado e agora trata-se de nova contagem. O emprego é essencial tal como o investimento público, mas qualquer destes dois vectores apenas será válido se for produtor de riqueza e bem-estar geral, se aumentar as exportações ou reduzir as importações por as substituir por produtos fabricados internamente.

Os investimentos megalómanos que demorem a produzir efeitos positivos na economia nacional, pouco benefício trazem para o combate à crise, pelo contrário serão um ónus pesado sobre os ombros das próximas gerações, pois elas terão de pagar as «hipotecas» criadas pelo pagamento deferido dos investimentos de ostentação. Muito tem sido dito e escrito a este respeito e espera-se que os governantes estejam esclarecidos sobre as mais criteriosas decisões a tomar e decidam, o melhora para os portugueses de hoje e os de amanhã.

E, para não darem razão aos autores do falado cartaz que levou um ministro a malhar insistentemente a torto e a direito, com uma raiva cega, convém acabar com as promessas duvidosas e apenas se anunciarem as obras acabadas, se forem realmente positivas para um futuro mais desanuviado. Será grave que os 30 mil se juntem aos 150 mil não cumpridos. O desemprego tem de ser combatido com um maior dinamismo da economia o que depende dos empresários e não propriamente do Governo. Os empregos dados pelo Governo correspondem a aumento das despesas públicas e portanto a sobrecarga dos impostos, actuais ou a prazo. Hã realmente que «pensar antes de decidir».

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«Brincadeira de mau gosto»

Há dias, recebi por e-mail este artigo. Na altura não lhe dei importância embora o considerasse com graça e estilo literário, porque pensava que fosse antigo, pois não imaginava que Margarida Moreira, depois do escândalo da perseguição a Fernando Charrua, ainda continuasse em funções. Bem mereceu uma promoção ou a nomeação para um «tacho dourado» pela sua capacidade de «malhar» em quem se refere a Sócrates sem o respeito religioso de não citar o seu nome de forma menos reverente e veneradora.

Mas agora, com a posição que tomou com os professores das escolas de Paredes de Coura, vê-se que continua no seu papel com uma coerência inquebrantável, um permanente Carnaval. Merece um slogan do género Carnaval é sempre que Margarida quiser. Enfim, a sua manutenção nestas funções será mais uma «brincadeira de mau gosto» da ministra da Educação, que bem justifica o título do artigo de Ricardo Araújo Pereira, na Revista Visão.

Circunspecção de mau gosto
Ricardo Araújo Pereira, em Visão

Julgo que a opinião da directora da DREN, Margarida Moreira, segundo a qual a ameaça a uma professora com uma arma de plástico foi uma brincadeira de mau gosto, é uma brincadeira de mau gosto. Mais uma vez se prova que a crítica de cinema é extremamente subjectiva. Eu também vi o filme no YouTube e não dei pela brincadeira de mau gosto. Vi dois ou três encapuzados rodearem uma professora e, enquanto um ergue os punhos e saltita junto dela, imitando um pugilista em combate, outro aponta-lhe uma arma e pergunta: «E agora, vai dar-me positiva ou não?» Na qualidade de apreciador de brincadeiras de mau gosto, fiquei bastante desapontado por não ter detectado esta antes da ajuda de Margarida Moreira.

Vejo-me então forçado a dizer, em defesa das brincadeiras de mau gosto, que, no meu entendimento, as brincadeiras de mau gosto têm duas características encantadoras: primeiro, são brincadeiras; segundo, são de mau gosto. Brincar é saudável, e o mau gosto tem sido muito subvalorizado. No entanto, aquilo que o filme captado na escola do Cerco mostra aproxima-se mais do crime do que da brincadeira. E os crimes, pensava eu, não são de bom-gosto nem de mau gosto. Para mim, estavam um pouco para além disso – o que é, aliás, uma das características encantadoras dos crimes. Se, como diz Margarida Moreira, o que se vê no vídeo se enquadra no âmbito da brincadeira de mau gosto, creio que acaba de se abrir todo um novo domínio de actividade para milhares de brincalhões que, até hoje, estavam convencidos, tal como eu, que o resultado de uma brincadeira é ligeiramente diferente do efeito que puxar de uma arma, mesmo falsa, no Bairro do Cerco, produz.

O mais interessante é que Margarida Moreira, a mesma que agora vê uma brincadeira de mau gosto no que mais parece ser um delito, é a mesma que viu um delito no que mais parecia ser uma brincadeira de mau gosto. Trata-se da mesma directora que suspendeu o professor Fernando Charrua por, numa conversa privada, ele ter feito um comentário desagradável, ou até insultuoso, sobre o primeiro-ministro. Ora, eu não me dou com ninguém que tenha apontado uma arma de plástico a um professor, mas quase toda a gente que conheço já fez comentários desagradáveis, ou até insultuosos, sobre o primeiro-ministro. Se os primeiros são os brincalhões e os segundos os delinquentes, está claro que preciso de arranjar urgentemente novos amigos.

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Falha incrível no Código de trabalho

Segundo notícia de hoje no Diário de Notícias, o «Novo Código cria vazio legal», pois
revogou as contra-ordenações em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho, uma questão que é agora omissa na lei laboral. O que pode deixar num vazio as punições aos ilícitos cometidos nesta matéria.

O articulado da nova lei laboral, publicado em Diário da República a 12 de Fevereiro último, estabelece no artigo 12 a revogação do anterior Código do Trabalho. Com excepções - todos os artigos sobre segurança, higiene e saúde no trabalho, acidentes de trabalho e doenças profissionais (do 276 ao 312 da antiga lei) continuam em vigor até que seja elaborada legislação específica para estas áreas. Acontece que no Código do Trabalho de António Bagão Félix as contra-ordenações para esta área estão previstas no artigo 671 - que não surge entre os pontos excepcionados à revogação. E o actual Código também não legisla sobre o assunto.

A lacuna foi detectada pelo deputado não inscrito José Paulo Carvalho, para quem esta situação resulta da forma como a legislação laboral foi trabalhada na Assembleia da República. "É o que gera a sobranceria do Governo", critica o parlamentar, apontando consequências "gravíssimas" face à omissão. (…)

NOTA: Costuma dizer-se que a nossa Assembleia da República tem deputados a mais, como se vê nas votações ocorridas às sextas-feiras ou em vésperas de férias ou fins-de-semana alargados, mas na realidade este e outros casos parecem mostrar que não há deputados a mais mas sim a menos, com capacidade, competência e meticulosidade para evitem erros crassos como o que é referido nesta notícia.

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Negociação em vez de guerra

Desde 1991, há 18 anos, o Sara Ocidental espera que a ONU cumpra o prometido sobre o seu futuro. Agora chega a notícia (Enviado da ONU encontra-se com a Polisário para discutir Sara Ocidental) de que o novo enviado especial das Nações Unidas para o Sara Ocidental, Christopher Ross, está em Tinduf, no Sudoeste da Argélia, para conversações com responsáveis sarauis sobre o relançamento do diálogo com Marrocos.

Ross foi recebido pela população e os responsáveis sarauis nos campos de refugiados e explicou, na altura, que a sua missão é encontrar uma solução aceitável pelas duas partes – Marrocos e a Polisário – que permita ao povo saraui “determinar o seu futuro”.

Tem sido aqui defendido que há vantagem na resolução dos conflitos entre estados pela via negocial em vez do recurso à guerra. Oxalá esta inciativa de Christopher Ross obtenha o desejado êxito.

Também hoje chegou a notícia (Taliban e Governo concordaram num cessar-fogo no Vale de Swat) de que Combatentes taliban e funcionários governamentais concordaram num “cessar-fogo” no Vale de Swat, no Nordeste do Paquistão, uma das regiões mais instáveis do país. Parece que esta semana foi alcançado um acordo com as autoridades paquistanesas para impor a "sharia" (lei islâmica) no vale de Swat. Será desejável que daqui resulte estabilidade e desenvolvimento da região, no sentido de liberdade e bem-estar da população. Porém, há quem receie fundamentadamente o risco de aventuras insensatas num Estado dotado de arma nuclear. Esperemos que haja bom senso e sentido de humanidade.

Um outro aspecto de diálogo, e intenção de criar bom entendimento em clima de confiança e transparência, vem da visita de Hillary Clinton à China (Clinton afirma que EUA e China podem retirar o mundo da crise) em que parece ficar evidente a consciência da actual administração americana de que a guerra será a última solução, só depois de se esgotarem as capacidades e condições de diálogo e negociação.

Certamente, haverá muitos mais exemplos da prioridade dada à resolução pacífica de atritos internacionais, evitando a guerra, mas estes três exemplos já dão esperança de que o mundo está a tornar-se mais pacífico e respeitador dos direitos e das características do outro. Um ambiente de abertura, confiança e dialogo só traz vantagens à Paz internacional.

Links de alguns posts em que se defende este conceito de prioridade à negociação e ao diálogo em vez do recurso imediato à guerra:

- Reflexões sobre a guerra

- Relações internacionais mais pacíficas?

- Caxemira, um caso pendente

- Negociar, coligar em vez de utilizar as armas

- Sara Ocidental, Polisário

- A Paz pelas conversações

- Guerra a pior forma de resolver conflitos

- Paz pela negociação

- A Paz como valor supremo

- Guerra de civilizações ou guerra de tradições?

- Os imponderáveis da Paz e a guerra

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sábado, 21 de fevereiro de 2009

Virtualidades da Internet

Circula um e-mail com uma lista de 14 personalidades que, após passarem pelo Governo ou por funções semelhantes do Poder político, instalaram-se em bancos ou empresas de capital público, ostentando agora fortunas colossais, à custa dos impostos pagos com apertos de cinto dos contribuintes.

Uma sucessão de comentários acompanhava o e-mail.

Infelizmente, corresponde à triste realidade portuguesa dos tempos que correm! Compartilho a opinião de que já seria tempo de alterar este estado de coisas!... Mas os maus hábitos criados viraram «ciclo vicioso» e não vislumbro quem, quando e como poderá quebrá-lo!... Duvido que se consiga isso por mais que se façam «circular» e-mails deste teor!... Tem que ser algo mais altitroante!!!

Em resposta a este comentário surgiu um outro: Hoje, parece não ser viável resolver estes problemas com golpes militares. Poderá haver outro género de golpes. Mas, quer num quer noutros métodos, é indispensável criar um espírito de adesão na Nação, pois, em democracia, é preciso contar com a participação do povo, mesmo que pouco activa, mas pelo menos de carácter psíquico. É preciso, por outras palavras, criar efeito de massa. E, para isso, é indispensável acordar a população da letargia, da «abdicação tradicional», em que tem sido mantida. Portanto, a circulação por e-mails dos erros e abusos dos responsáveis é importante, é indispensável.

Não se pode esperar que os jornais contribuam para o despertar do povo que vive em coma induzido. Não são os jornais que mostram que a juíza que foi encarregada do caso Freeport é amiga muito chegada de Almeida Santos, mas circula nos e-mails uma fotografia deles a trocarem gestos de carinho na mesa de presidência de uma reunião pública. Logo, o caso Freeport será encerrado da forma mais «soft» para evitar lesões no PS.

É vulgar dizer-se que as guerras começam com as mesmas tácticas da anterior. Com os políticos e os economistas vê-se também um apego exagerado aos procedimentos anteriores com sucessivas ampliações dos vícios que mais úteis são aos seus interesses pessoais.Foi com o abuso crescente de actos ilegítimos e imorais que se chegou a esta crise que está a abalar o mundo.

Os meios electrónicos, a Internet estão a ter uns efeitos que já há muito estão a ser utilizados na actividade política. Em 2004 nas Filipinas, o Presidente Joseph Estrada «suspeito» de corrupção e de outros crimes vulgares em políticos, salvo eventuais excepções, acabou por se demitir e dar lugar a Gloria Macapagal Arroyo, depois de muitas manifestações convocadas em poucas horas por mensagens SMS em que era referido o local, a hora e as palavras de ordem. À hora de almoço, aparecia nos telemóveis a mensagem convocatória e, à hora marcada, convergiam para o local pequenos grupos que acabavam por totalizar muitos milhares. Tudo se orienta para que SMS, e-mails, blogues e outros sistemas de comunicação via Internet vão ser as armas do futuro, para combater corruptos, mentirosos, etc.

A nossa população vive ensonada, em letargia profunda, e é preciso levá-la a acordar e a raciocinar pela sua cabeça para não se deixar «levar» por promessas falsas de indivíduos que não mostram realizações mas não param de prometer coisas belas e atraentes e zangam-se quando alguém mostra que uma promessa não foi cumprida.

Apesar de tudo o que se diga, que até poderá ser exagerado e emocional, temos que fazer justiça aos políticos, que são uma amostra, embora eventualmente não a melhor, da sociedade portuguesa. Portanto, é natural que sofram dos mesmos vícios e virtudes, não obstante neles os vícios serem mais exagerados porque as tentações do enriquecimento rápido são mais fortes. Veja os casos de políticos bem instalados na Finança cujos nomes têm merecido destaque na Comunicação Social e circulam pelos e-mails. Não se pode negar a sua «inteligência» muito prática, embora nada tenham produzido para o Pais, nos termos referidos há dias por Belmiro de Azevedo. O partido a que pertenciam ou pertencem não tem significado, porque os políticos são todos iguais, salvo eventuais excepções.

E, perante este panorama de competências, daqui a 10 anos, Portugal estará, possivelmente, muito pior, a não ser que haja um movimento nacional como o que nas Filipinas derrubou o Presidente Joseph Estrada, em 2004, e colocou em seu lugar Gloria Arroyo. Mas nós estamos mais atrasados nesse campo do que as Filipinas!!!

Enfim, não faltam pretextos para reflexões nem cabeças pensadoras que se debrucem para verem um pouco além do horizonte ou do capuz que encobre muitas irregularidades. No fundo, em cada português, não morreu a esperança de dias melhores, embora não saiba ainda a fórmula de atrair a bênção celestial para que o milagre ocorra. E, como consta atrás, os SMS, e-mails, blogues e outros sistemas de comunicação via Internet vão ser as armas do futuro. Será bom que sejam utilizadas de forma judiciosa para bem de Portugal.

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Reflexões, poesia de Viçoso Caetano


REFLEXÕES

Portugal é um País,
Onde qualquer badameco
Pouco mais que analfabeto
Se julga gente importante,
E ocupa os mais altos cargos
Fazendo dos outro parvos,
Ainda que mentes brilhantes.

Basta para isso que seja:
Republicano assumido,
Filiado num partido
Que se diga anti-Igreja,
E que tenha na inveja
O seu prato preferido.

P´ra o curriculo sublimar,
Deverá acrescentar:
Ser desertor militar,
Anti-guerra do Ultramar,
Dizer mal de Salazar,
- Se for mulher abortar -
E alguma vez ter sido
Pela PIDE perseguido.

Se a isto adicionar
A aptidão especial
De ex-preso do Tarrafal,
Não tem nada que enganar:
Neste País pervertido,
- Onde a virtude é pecado -
Tem futuro garantido
E será condecorado !!

Março de 2007
V.C. (O Poeta de Fornos de Algodres)

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A caminho do Estado policial???

O escândalo do lápis azul, em Torres Vedras, concretizando uma censura prévia às tradicionais festividades do Carnaval, é uma réplica da perseguição ao professor Charrua, da exoneração da directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho pelo ministro da Saúde e do processo a militar reformado, por artigo no seu blog, casos de cerceamento da liberdade de expressão, com exagerado medo dos efeitos de críticas ou referências não laudatórias ao Governo

Alguém, para agradar ao chefe, põe em marcha uma acção de censura, por pretexto fútil o de apresentar no monitor do «Magalhães» mulheres nuas, coisa que qualquer criança vê, em locais públicos, jornais e revistas. E as imagens do caso, nada tinham de pornográfico, e até estavam desfocadas.

Os casos de Charrua, da directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho e do militar reformado podem ser relembrados seguindo os links que seguem no fim deste texto.

No caso de Torres Vedras, referido nos textos linkados no fim, um fanático socialista, provavelmente para colher benesses do género de ser incluído nas listas das próximas eleições denunciou que um dos carros alegóricos ofendia a moral pública!

O presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Miguel, recebeu um fax no Ministério Público com indicação para retirar as alusões do computador Magalhães do “Monumento” – construção alegórica que todos os anos satiriza um tema da actualidade.

O “Monumento” deste ano é dedicado ao tema “profissões”: a alegoria está materializada com um jovem e os seus sonhos de futuro. Neste cenário, o Magalhães aparece com mulheres nuas e referência à pesquisa no Google com a palavra-chave “mulheres”.

Em entrevista à Antena 1, o autarca terá manifestado a sua indignação, sublinhando que é esta é a primeira vez depois do 25 de Abril que há um acto de censura aos conteúdos do Carnaval de Torres, célebre pela sua crítica social e política.

Assim se reforça o renascer do lápis azul dos antigos censores e assim se dão mais uns passos para o Estado policial, dentro da filosofia imperante de que é preciso «malhar neles».

E, perante estes avanços anti-democráticos, as pessoas devem reagir visivelmente logo aos primeiros passos dados pelo Poder na má direcção, porque se demorarem, a repressão vai tomando força e deixa de ser possível reagir. Não se esqueça a evolução do poder hitleriano, que começou por eleições democráticas.

Há que acordar e estar atento e defender as pequenas liberdades antes que sejam retiradas as liberdades essenciais.

Textos de apoio a este post:

- A «lei da rolha» está aí Caso do professor Charrua
- Caso Charrua encerrado por pressão popular
- Directora demitida... por pecado mortal
- Directora demitida (continuação)
- Liberdade de expressão em risco?
- Processo disciplinar a militar reformado
- Ministério Público proíbe sátira ao Magalhães no Carnaval de Torres Vedras
- Carnaval de Torres Vedras: câmara lamenta que PGR censure sátira que não viu
- Câmara acusa Ministério Público de censura
- Tribunal manda retirar nudez de 'Magalhães' no Corso de Torres Vedras
- DREN contraria Conselho Pedagógico de Paredes de Coura na polémica sobre desfile de Carnaval
- Denúncias são necessárias!!!
- Alertar, reclamar, denunciar é um dever cívico

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Aumentar a «malhação» na «campanha negra»

Augusto Santos Silva tem razão: é preciso «malhar» na «campanha negra», pois há mancomunação entre pessoas de todo o leque político nacional, inclusivamente de dentro do PS. Isto é um escândalo que exige muita malhação!!! Não desista caro professor Augusto, continue a «malhar» neles em força!!!

Segundo Baptista Bastos no artigo do DN «O discurso do nada», «a vitória de Sócrates é a metáfora do eucalipto: ele seca tudo à sua volta e conduz o partido como muito bem entende. A percentagem de 96,43 por cento dos votos não reflecte, em boa verdade, a imagem que o PS deseja expor. O PS dispõe de cerca de 73 mil militantes, mas apenas 29 mil votaram, por terem as quotas em dia. Há um manifesto desinteresse dos socialistas pelo destino do partido em que militam». «O PS é a imagem devolvida do País: desencanto, aborrecimento, ausência de convicções, desmotivação. São os próprios princípios que estão em causa». «E José Sócrates não vive em autismo, não se move num universo virtual: simplesmente não sabe como resolver os inúmeros problemas da sociedade portuguesa». «Os temas exclusivos que, no congresso, suscitaram o seu interesse, são indicadores do seu oportunismo ou da sua incompetência. Esqueceu o desemprego, o desajuste entre a realidade pungente, na qual estamos mergulhados, e a mudança das instituições; a falência dos bancos, a corrupção e a própria questão da liberdade. Sócrates tinha opções: não as tomou ou não as quis tomar». «Desconhecemos o que José Sócrates pensa da exaustão portuguesa, sovada pela agressividade das leis que promoveu e fez promulgar. Não sabemos dos seus projectos para Portugal, sobre o qual nos é inculcada a ideia de que materialmente não tem futuro». «Parece que o secretário-geral do PS e primeiro-ministro somente obedece a forças cegas e brutais, impostas e garantidas pelos grandes interesses, que sobrepuseram o económico ao político. Apesar de tudo, presumi, um pouco ingenuamente, que José Sócrates iria inflectir o discurso para outros perímetros».

Segundo Vasco Graça Moura no artigo do DN «O feirante» «os factos vinham dar-lhe [a Manuela F Leite] carradas de razão e pôr à mostra quer o falhanço escandaloso das políticas do Governo, quer a batota sistemática por ele praticada!». «O Governo está a seguir um caminho completamente errado para fazer face à crise… regouga uns apartes sem conteúdo real, manda umas bocas idiotas em arremedo de resposta e não se atreve a discutir em concreto um só ponto». A sua orientação «consiste em anunciar o despejo à toa de baldes de dinheiro em cima de alguns problemas, sem qualquer critério seguro e só para que os papalvos acreditem piamente que estão a ser tomadas medidas eficazes contra a crise». «Vive da pantomina e da trapalhice. Redundará no favorecimento de jogadas, improvisos, descoordenações e compadrios e no empobrecimento de um país que já está pelas ruas da amargura, sem resolver nenhum problema de fundo .»
"Enquanto o Governo continuar a atirar para todos os lados, sem uma linha de orientação certa, os resultados são os que estão à vista: falências todos os dias, o desemprego a aumentar e as empresas cada vez mais endividadas." Ora, como ela disse também, "as empresas estão com problemas de tesouraria, precisam de sobreviver e isso não se resolve oferecendo mais crédito para se endividarem". « Só percebe uma coisa: tem de fazer muito barulho, de gesticular muito e de levantar muita poeira para ver se as pessoas não percebem…». «Fica bem à vista a que ponto Sócrates sabe pouco, é muito incompetente, não tem uma visão clara dos problemas, baralha tudo e cede a uma propensão fatal para vendedor de feira».

No artigo do Público «Edmundo Pedro ameaça abandonar o PS em caso de coligação pós-eleitorial» é afirmado que «o histórico militante socialista Edmundo Pedro afirma que está preparado para abandonar o partido». Este fundador do PS «afirmou ainda que o casamento homossexual, uma das apostas da moção de Sócrates ao congresso que o líder socialista ganhou este fim-de-semana, é uma aposta errada, falando mesmo de “um erro político”». «Para o histórico socialista, há outras prioridades no país e refere ainda que este tema do casamento gay não é consensual no seio do partido». «Denunciou, numa reunião de militantes, em Lisboa, que há medo dentro do partido, voltou ainda a enfatizar a sua opinião sobre esta matéria: o medo existe e faz-se sentir na rede clientelar que gira em torno do partido, afirmou».

Segundo o artigo “Há tradição de abdicação cívica”, o deputado do PS Manuel Alegre voltou a enviar recados internos ao seu partido ao afirmar que a resposta à actual crise económica deverá passar por "homens de nervos de aço e grande estatura ideológica", reconhecendo que no País "há uma tradição de abdicação cívica, para não falar de cobardia". Disse «que é 'membro do PS', e referiu que em Portugal 'ninguém manda calar ninguém'».

No artigo do DN «Homens sem reino» consta «Para que o embaraço continue, o ministro Santos Silva desencadeia novo alvoroço no partido, já de si tão ausente de convicções quanto repleto de oportunistas. Lembremo-nos de que o PS não pertence, apenas, ao "arco do poder": é uma agência de empregos, tal como o PSD. O conflito com Manuel Alegre resulta de um acto de má educação, infelizmente comum ao ministro dos Assuntos Parlamentares. Porém, a peça mais relevante deste berbicacho é um artigo do eng. Henrique Neto, publicado no Jornal de Leiria. O conhecido empresário socialista reafirma, claramente, que vivemos na indiferença porque o medo está presente e a presença do medo dá azo à resignação».

Num programa televisivo ouvi o ex bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. Pires de Lima, dizer que o PM, para demonstrar a sua inocência no caso Freeport, não necessitava de se irritar nem gritar, nem mandar ministros repetir os mesmos slogans, sendo mais eficaz comunicar ao MP todos os haveres, ao que podia ser dada toda a publicidade e que, se algo houvesse de estranho que não pudesse ter sido adquirido por processos legítimos, o ofereceria à Santa Casa da Misericórdia. Isso evidenciaria a sua craveira moral recuperaria a confiança da Nação e daria mais votos.

Em conclusão, o Sr ministro Santos Silva deve aumentar a intensidade da «malhação» na «campanha negra», começando pelos 44.000 militantes que não estiveram para pagar as quotas porque não tiveram interesse em votar no Secretário Geral, e indo por aí fora, através do partido e chegando a todos os quadrantes em que haja homens sem medo. Depois será mais fácil governar Portugal, porque haverá poucos habitantes, algo menos de 29000 e serão, pragmaticamente submissos.

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Defendem a ausência de vida por incapacidade de cuidar dos vivos

Transcrição de artigo de opinião que merece profunda reflexão. Será que estes temas são os mais importantes para o bem-estar da Nação, neste momento? E onde estão as preocupações com a segurança, a saúde, o ensino, a Justiça, o desemprego???

O horror do vazio

Mário Crespo, Jornal de Notícias, 2009.02.16

Depois de em Outubro ter morto o casamento gay no parlamento, José Sócrates, secretário-geral do Partido Socialista, assume-se como porta-estandarte de uma parada de costumes onde quer arregimentar todo o partido.

Almeida Santos, o presidente do PS, coloca-se ao seu lado e propõe que se discuta ao mesmo tempo a eutanásia.

Duas propostas que em comum têm a ausência de vida. A união desejada por Sócrates, por muitas voltas que se lhe dê, é biologicamente estéril. A eutanásia preconizada por Almeida Santos é uma proposta de morte. No meio das ideias dos mais altos responsáveis do Partido Socialista fica o vazio absoluto, fica "a morte do sentido de tudo" dos Niilistas de Nitezsche.

A discussão entre uma unidade matrimonial que não contempla a continuidade da vida e uma prática de morte, é um enunciar de vários nadas descritos entre um casamento amputado da sua consequência natural e o fim opcional da vida legalmente encomendado.

Sócrates e Santos não querem discutir meios de cuidar da vida (que era o que se impunha nesta crise). Propõem a ausência de vida num lado e processos de acabar com ela noutro.

Assustador, este Mundo politicamente correcto, mas vazio de existência, que o presidente e o secretário-geral do Partido Socialista querem pôr à consideração de Portugal. Um sombrio universo em que se destrói a identidade específica do único mecanismo na sociedade organizada que protege a procriação, e se institui a legalidade da destruição da vida. O resultado das duas dinâmicas, um "casamento" nunca reprodutivo e o facilitismo da morte-na-hora, é o fim absoluto que começa por negar a possibilidade de existência e acaba recusando a continuação da existência.

Que soturno pesadelo este com que Almeida Santos e José Sócrates sonham onde não se nasce e se legisla para morrer. Já escrevi nesta coluna que a ampliação do casamento às uniões homossexuais é um conceito que se vai anulando à medida que se discute porque cai nas suas incongruências e paradoxos.

O casamento é o mais milenar dos institutos, concebido e defendido em todas as sociedades para ter os dois géneros da espécie em presença (até Francisco Louçã na sua bucólica metáfora congressional falou do "casal" de coelhinhos como a entidade capaz de se reproduzir). E saiu-lhe isso (contrariando a retórica partidária) porque é um facto insofismável que o casamento é o mecanismo continuador das sociedades e só pode ser encarado como tal com a presença dos dois géneros da espécie. Sem isso não faz sentido.

Tudo o mais pode ser devidamente contratualizado para dar todos os garantismos necessários e justos a outros tipos de uniões que não podem ser um "casamento" porque não são o "acasalamento" tão apropriadamente descrito por Louçã.

E claro que há ainda o gritante oportunismo político destas opções pelo "liberalismo moral" como lhe chamou Medina Carreira no seu Dever da Verdade. São, como ele disse, a escapatória tradicional quando se constata o "fracasso político-económico" do regime.

O regime que Sócrates e Almeida Santos protagonizam chegou a essa fase. Discutem a morte e a ausência da vida por serem incapazes de cuidar dos vivos.

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A Justiça em péssimas fotografias

É lamentável que o álbum de fotografias da nossa Justiça, que gostaríamos ver prestigiada e respeitada, esteja recheado de imagens pouco lisonjeiras.

Hoje apareceram nos jornais várias notícias que traduzem uma ausência de eficiência que se repercute na falta de segurança que ameaça todos os cidadãos normais, isto é, aqueles que não pertencem ao grupo que, à custa do povo, vivem e deslocam-se numa redoma de seguranças armados.

Eis algumas notícias:

- Líder do tráfico cumpria pena ao fim de semana
- Preso após sair da prisão
- Gang dá pontapé na cabeça a idosa
- Vida de luxo em Braga
- Mesquita Machado
- Negócios investigados

Não quero, com estas reflexões, criticar os juízes porque a Justiça não depende apenas deles mas, principalmente, do enquadramento legal em que têm de inserir a sua actividade e as suas decisões finais. E das leis todos se queixam, desde juízes a advogados e, principalmente, aqueles que delas são vítimas, por elas serem demasiado restritivas, ou demasiado vagas e permissivas.

Quanto aos juízes, termos de os olhar com a mesma compreensão com que fitamos médicos, farmacêuticos, enfermeiros, professores, militares, polícias, etc., todos eles alvos da ira primária com que ministros encetaram a sua governação. As reformas estruturais de que o País necessitava pecaram por serem mal definidas e sem planeamento eficaz, não procuraram motivar e congregar os principais servidores do Estado. Não apelaram ao seu profundo saber e experiência, ao espírito de equipa, de bem servir, de dedicação ao País para, em conjunto, serem feitas as melhores reformas com vista a beneficiar a qualidade de vida dos portugueses. Em vez de governarem COM e PARA, acharam melhor, na sua «douta inteligência», governar CONTRA.

Daí que se interpretem as notícias atrás referidas, não como acusações a incapacidade dos juízes, mas a incompetência dos governantes e legisladores.

Não foi nos juízes que votámos e, por isso, não nos compete criticá-los e pedir-lhes contas. Votámos para a AR e para o PR. Este, com base na constituição daquela, nomeou o PM que constituiu o Governo. Todos, ao assumirem funções juraram pela sua honra desempenhar com lealdade as funções que lhes foram confiadas. Mas, decorridos anos, fica-nos a dúvida se eles realmente sabem quais são as suas funções e a que se destina o Governo. Há quem diga que eles não têm dúvidas pois vão-se governando tão bem quanto lhes é permitido pelos impostos e pelo apoio do Poder económico.

O certo é que o principal objectivo de melhorar as condições de vida da população é desprezado. Seria desejável que os detentores do Poder se consciencializassem do significado desse objectivo e, em geral, dos interesses nacionais (da Nação, detentora da soberania) e passassem a dedicar mais atenção à sua consecução.

Governar COM o Povo e PARA o Povo e não, sistematicamente, CONTRA o Povo, personalizado nos mais destacados servidores do Estado (atrás referidos), nas funções mais definidoras da defesa da soberania e da grandiosidade do País.

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Não se exigem responsabilidades pela má gestão

Segundo a notícia do JN «Câmaras recebem 415 milhões para pagar dívidas», sessenta e nove autarquias viram aceitas as candidaturas ao Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado, num montante global de 415 milhões de euros, segundo a Direcção-Geral do Tesouro. Alem destas Câmaras há mais 10, também com dívidas, viram recusadas as suas candidaturas. O montante global solicitado pelas 79 câmaras atingia 485 milhões, mas a importância concedida foi um pouco a baixo.

Para ter uma ideia das importâncias pretendidas pelas Câmaras citam-se três casos: Guarda requereu 18,6 milhões de euros; Torres Novas tinha solicitado 16,5 milhões e Évora pediu 16,3 milhões. Ninguém pede responsabilidades pela má gestão. A Justiça parece deparar com grandes dificuldades para lidar com prevaricadores bem instalados nas Autarquias e no aparelho do Estado.e do Poder económico.

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Trova do vento que passa, por Viçoso Caetano

Viçoso Caetano (Poeta de Fornos de Algodres) autor já velho conhecido deste espaço, teve a ousadia de, no seu poema mais recente, «actualizar» o poema de Manuel Alegre, por forma a fotografar a situação actual pelo prisma que o «velho trovador» agora utiliza nas suas campanhas de reflexão social.

Trova do vento que passa
(actualização)

Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu País,
O vento FALA em desgraça
O vento TUDO me diz.

E diz isso e muito mais
P`ra quem o quiser ouvir,
Fala em corja e outros que tais
Que querem tudo engolir.

S´o vento traz nuvens pretas,
Diz-me baixinho em segredo:
Só os “boys” mamam nas tetas,
Os outros chucham no dedo.

E quando o vento é mais forte,
Assim tipo vendaval,
Ele diz qu´é o passaporte
Para o juízo final.

Perante um quadro tão triste,
De total depravação,
Há sempre alguém que resiste,
Há sempre alguém que diz , não!

(Bis, tris……até à exaustão)

PS. A m……úsica é a mesma, só a letra é que muda.

Viçoso Caetano
(Poeta de Fornos de Algodres)
Fev2009

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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Fedor a pântano

Transcrição do artigo de Eduardo Dâmaso do Correio da Manhã de hoje que faz meditar sobre o estado em que se encontra o País e as dificuldades de ser encontrada uma solução adequada.

O perfume do regime

15 Fevereiro 2009 - 00h30

O que têm em comum as notícias sobre a fortuna de Mesquita Machado, os negócios de terrenos em Alcochete coincidentes com a nova localização do aeroporto e os lapsos de memória do ex-todo-poderoso Dias Loureiro?

A primeira, que se saiba, nada terá a ver com as manigâncias do BPN, já as últimas duas têm uma relação entre protagonistas. Todas, porém, exprimem tudo aquilo que deveria estar nos próximos programas eleitorais dos partidos, mas só de forma irregular isso acontecerá. Ou seja, porventura apenas partidos minoritários terão propostas em matéria de

- criminalização do enriquecimento ilícito,
- eliminação de paraísos fiscais,
- aumento incondicional de meios para a investigação criminal e
- a criação de novos crimes no domínio autárquico.

Mas esses, porque são minoritários, tenderão a ser olhados como ‘radicais’ pelos influentes cá do burgo e, portanto, nada acontecerá.

Uma coisa é certa:

- fortunas como as de Mesquita Machado há na actual classe política quase aos pontapés e com a mesma dificuldade de explicação;
- negócios obscuros como os do BPN, já se viu, pululam como coelhos pelo sistema financeiro;
- lapsos de memória como os de Dias Loureiro são o pão-nosso-de-cada-dia quando se trata de matérias tão delicadas...

Ou seja, o pântano vai continuar a perfumar o regime!

Eduardo Dâmaso, Director-adjunto

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Poesia de Viçoso Caetano, mais uma


Conversa fiada

Quando convosco converso
Para vos dizer, em verso,
O que acho controverso,
Eu bem queria ir p’lo anverso
Qu’é o lado menos perverso.
Só que logo de transverso
Não sei que lei do Universo
M’empurra para o reverso
Exactamente o inverso
Adverso, maniverso
Do atrás dito obverso.

Isto não está fácil, não
E é apenas o sermão.
Ainda falta dizer missa
Depois sai a procissão
Honrando SANTA JUSTIÇA.

Àparte o Vale e Azevedo
E o patriota Machado,
Aqui mais ninguém vai preso
Tão pouco será julgado.
Mas se for a tribunal
- O que duvido aconteça –
Nem lhe passa p’la cabeça
Que venha a ser condenado.
Por mais que seja culpado
E maior seja a ofensa
Lá vem a «douta » sentença:
Ou o réu é ilibado
Ou leva pena suspensa.

Fazem-se assaltos a Bancos
Outros a gasolineiras
Os sacos azuis são brancos
Trafulhices financeiras
Peculatos, roubalheiras
Assaltos à mão armada
Não lhes acontece nada!

Tráficos de influências
Com as devidas conivências
E outras tantas manigâncias
Sem disfarce e à luz do dia
As «virtudes» que faltavam
A «esta» democracia
Que tem por base os partidos
Que nunca serão arguidos

Mas é tempo d Natal
Vem aí a consoada.
Eles levam 100 milhões
Os pobres uma patada!
A Justiça outra facada!
(Tudo o resto é pó… é nada)
Boas Festas Portugal!!

Viçoso Caetano (O Poeta de Fornos de Algodres), Fev2009

NOTA: Do mesmo autor foram aqui publicadas as poesias: Democracia, A (minha) mensagem, Ao Combatente do Ultramar Português, Que se passa, Portugal, diz Presente!!!

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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Construamos um mundo melhor

"Esta história devia aparecer nas manchetes dos jornais... e não as outras porcarias que conspurcam o nosso Ego!
Uma imagem de John Gebhardt no Iraque. Esta é uma dura história de guerra , porém toca-nos o coração... A esposa de John GebHARDT, Mindy, diz que toda a família desta criança foi executada. Os executantes pretendiam também matá-la, chegando mesmo a atingi-la na cabeça... Ela foi tratada no Hospital de John e hoje está a recuperar. As enfermeiras dizem que John é o único que consegue acalmá-la. Assim, John passou as últimas 4 noites segurando-a ao colo na cadeira, enquanto os 2 dormem. A menina está a recuperar gradualmente.

Eles tornaram-se verdadeiras "estrelas" da guerra. John representa o que o mundo ocidental gostaria de fazer. " Ainda há amor, mesmo em plena situação de guerra, ainda há coração e é esta certeza, que nos alivia a alma e nos faz ter esperança e acreditar num mundo melhor.

Recebido por e-mail do nosso leitor Ary Carvalho
Publicada por Victor Simões A Voz do Povo.

NOTA: Hoje, dia dos namorados, devemos todos aproveitar a data para alimentarmos a generosidade de afeições, não a concentrar apenas numa pessoa especial, que está sempre presente no pensamento, mas alargar o amor, o respeito pelo ser humano, a fim de darmos a nossa quota-parte a um amor humano universal, uma harmonia, uma convivência pacífica que torne o mundo mais pacífico e colaborante, evitando aqueles que, movidos pelo egoísmo, só pensam em si e nutrem ambições de poder à custa da exploração de inocentes e distraídos.

Esta imagem desmistifica o preconceito de muita gente que pensa, erradamente, que os militares são uns facínoras que são apenas capazes de matar. Pensamento errado, pois é nos momentos difíceis em que a vida corre perigo que se acrisola o amor aos outros a generosidade, a solidariedade em que se não olha a sacrifícios para socorrer quem precisa de ajuda e apoio. O amor à Pátria que move os militares engloba o amor às pessoas porque a Pátria é principalmente constituída por pessoas. E no conceito de pessoas não há discriminação para a sua naturalidade, cor, credo, ou nacionalidade.

Sei que na guerra de Portugal no Ultramar durante treze anos, houve muitos casos como este, sei que muitos militares correram perigo para salvar outros que estavam em perigo grave. Aqueles que ficaram deficientes incapazes de angariar subsistência pelos próprios meios, mereceram recompensa e apoio mas os representantes da Pátria pela qual se sacrificaram recusam-lhes os apoios de que se tornaram merecedores e credores. Os governantes, para não limitarem a sua ambição de boas remunerações, mordomias, regalias e honrarias, que não dispensam, retiram apoios ao povo e concretamente aos que são credores da Pátria, ingrata porque representada por pessoas sem consciência, nem coração, nem alma, nem honra.

Apesar da incompreensão de gente sem alma como a referida, devemos continuar a amar o ser vivo e contribuir para um MUNDO MELHOR.

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Incompetência, irresponsabilidade e impunidade

A notícia do JN «Viaduto novo vai abaixo» poderá não ser rara, mas é um sinal do estado caótico a que Portugal chegou. O que os políticos do Estado e das autarquias brincam com os dinheiros públicos!!!

E anda um contribuinte a pagar impostos, com sucessivos apertos de cinto, para deparar com notícias como esta! Uma ponte sem saída vai ser demolida após oito anos de obras, com gasto de dois milhões de euros, e a demolição custa mais 100.000 euros!

Não é anedota. Segundo a notícia, a altura do viaduto do Forte foi mal calculada e não tem saída de um dos lados por embater numa serra! Começou a ser edificada em 2001, entre o Forte da Casa e a Póvoa de Santa Iria.

Onde estavam o Presidente da Câmara, os vereadores, os engenheiros, os mestres-de-obras, os capatazes, os fiscais, os demais serviços públicos ligados ao ambiente, às obras, ao urbanismo? Quais os motivos de todos fecharem os olhos e não gritarem «o rei vai nu»? Que interesses levaram as pessoas a não alertarem para o erro? Provavelmente não foi por incompetência ou por má intenção ou por medo!!! Algum interesse, eventualmente, se sobrepôs ao bom senso, à lógica à dedicação à função pública!

Recomenda-se a leitura da notícia

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Justiça britânica não teme os poderosos

Detido suspeito de envolvimento em fraude de 45 milhões
JN, 13 de Fevereiro de 2009

A polícia britânica anunciou quinta-feira que deteve um corretor da City de Londres por suspeita de branqueamento de dinheiro no âmbito de uma investigação a uma fraude que envolve 45 milhões de euros, refere a imprensa.

O suspeito, um homem de 60 anos com domicílio no condado de Essex, no sudeste de Inglaterra, foi detido segunda-feira pela polícia no âmbito de uma investigação à GFX, Capital Markets, uma empresa de corretagem que cessou actividade recentemente, indicou uma porta-voz da polícia da City.

Este corretor é suspeito de "branqueamento de dinheiro" e foi libertado posteriormente, depois de ter pago uma caução, precisou a porta-voz, que afirmou que a fraude era "importante" mas sobre a qual recusou dar mais pormenores.

Segundo o jornal The Times, que não cita fontes, a fraude envolverá 40 milhões de libras (45 milhões de euros) e basear-se-á num esquema piramidal.

Caso se confirmem estes dados, esta será a maior fraude no Reino Unido desde o início da actual crise financeira.

A polícia da City, que opera exclusivamente no bairro financeiro de Londres e é especializada na luta contra o crime económico, apelou aos investidores da GFX para entrarem em contacto.

NOTA: E por cá? Por cá os colarinhos brancos são uns anjos de virtude, nunca pecam. Vejam-se os casos Freeport, Vale da Rosa, Cova da Beira e outros de quem a Comunicação Social se vai fazendo eco, timidamente.

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Brincam com o nosso dinheiro?

Segundo notícias de hoje, parece não haver sentido de responsabilidade na forma como os dinheiros públicos são geridos. Se o povo é soberano, se é o patrão da empresa chamada Estado, os seus eleitos devem ter em conta os interesses da Nação [conjunto dos indivíduos que constituem ou constituíram uma sociedade política autónoma (Estado) ou que, pelo menos, estão ligados por uma cultura de comunhão e de tradições (em que a identidade da língua, de religião ou de raça são importantes, mas não imprescindíveis) que condicionam ou fazem desejar essa autonomia] e o dinheiro dos impostos deve ser utilizado para aumentar a sua qualidade de vida. A fracção que fica à disposição dos governantes, em bens materiais pagos pelo "patrão" soberano, deve ser apenas o necessário para que possam cumprir, com dignidade, as suas funções.

Segundo o JN o «Governo dá ao INEM três helicópteros que o INEM diz não precisar». Assim se esbanjam recursos financeiros que fazem falta em serviços essenciais à Nação. Um estudo elaborado no ano passado pelo gabinete de planeamento e controlo de gestão do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) concluíra que o investimento económico era questionável.

Mas há outras despesas de ostentação, de fachada, mostrando riqueza de que o País não dispõe e das quais não resulta efeito positivo para o aumento do bem-estar da população (Nação), nem directamente nem através do desenvolvimento da economia, como é o caso muito polémico do TGV Lisboa-Porto e do aumento da rede de auto-estradas, em prejuízo da boa manutenção da rede de estradas nacionais e municipais essenciais à vida local quotidiana.

Em contrapartida, não há dinheiro para reparar as estradas que já existem como é o caso noticiado pelo DN «'Crateras' no IP4 obrigam a manobras perigosas». Os buracos no piso lançam o perigo no IP4. Obrigam os automobilistas a manobras perigosas e já causaram danos.

Parece que o dinheiro público serve para despesas fortuitas, por impulsos caprichosos, irresponsáveis como se de brincadeiras se tratasse. É preciso pensar antes de decidir.

Portugal, principalmente em momento de crise, precisa de gestores públicos sérios, responsáveis, competentes e verdadeiramente dedicados à causa pública.

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Escândalo da «campanha negra»

Transcrição de notícia da TVI, com NOTA no final.

Processo «Cova da Beira» parado há mais de um ano

O caso, com acusação deduzida, remonta a 1999 e implica José Sócrates e António Morais.

O processo «Cova da Beira» nasceu de uma denúncia anónima que dava conta que José Sócrates, na altura secretário de Estado do Ambiente, teria recebido dinheiro para aprovar a construção de um centro de tratamento de lixo na Cova da Beira.

Em causa, segundo despacho do Ministério Público estariam 300 mil contos, sendo que metade do valor se destinava ao actual primeiro-ministro. Neste caso há no entanto mais três nomes envolvidos, um dos quais António Morais, ex-professor de Sócrates acusado lado a lado com a ex-mulher de corrupção activa e branqueamento de capitais no licenciamento do aterro através do seu gabinete de engenharia.

A acusação pública foi deduzida há ano e meio, mas embora as actuais regras do segredo de justiça permitam tornar o caso público, o processo em que o primeiro-ministro chegou a figurar como suspeito continua fechado a sete chaves. O caso está agora em fase de instrução e qualquer pedido de consulta tem sido negado sob o pretexto de que não se vislumbra interesse público na consulta de dados.

António Morais terá invocado o antigo Código de Processo Penal para se opor à publicidade do processo durante a instrução. O pedido foi aceite, muito embora a data ainda já vigorasse o novo código, curiosamente aprovado por socialistas.

NOTA: Os próceres do PS, a começar por Santos Silva, não devem cruzar os braços, não podem parar de «malhar» nos autores da «campanha negra», das «insinuações» das inventonas para o «assassinato pessoal, moral e político» de um cidadão, humilde, competente, dedicado ao País, que tudo sacrifica para melhorar as condições de bem-estar de muitos portugueses. E seja-me permitido sugerir aos próceres, tão perturbados com a campanha, que ordenem à Justiça que esclareça depressa este caso e os outros, a fim de acabar com suspeitas, desconfianças e insinuações demolidoras. Abram ao público as contas bancárias, a relação de bens, para que não fiquem dúvidas. As eleições estão à vista e não devem permitir que esta degradação da imagem continue a agudizar-se. Portugal precisa de pessoas dignas à frente dos seus destinos.

Como diz Nuno Rogeiro no JN de hoje, «os chefes dos governos, presidentes da república, ministros e secretários de Estado são servidores do povo. Por outras palavras, Brown, Sarkozy, Zapatero e Sócrates trabalham para nós. Aquilo que possuem à sua disposição, em bens materiais pagos pelo "patrão" soberano, serve apenas para que possam cumprir, com dignidade, as suas funções.»

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