terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

CRÍTICA CREDÍVEL TEM QUE SER ISENTA

Qualquer crítica, para ser credível, deve ser honesta, no sentido de isenção e imparcialidade, sem se deixar pressionar por interesses pessoais, de partido, de religião, de nacionalidade ou de etnia. Não é fácil obter estas condições e, por isso, não podemos aceitar, sem um filtro pessoal, aquilo que ouvimos ou lemos. Há muita gente com uma visão demasiado pessoalizada que procura impor a sua opinião, contra tudo e todos.

Embora a voz do povo deva ser emitida sem amarras, surgem pessoas que reiteram incansavelmente acusações a Bush e à América, como se viessem apenas daí os maiores males que mais nos preocupam e, pelo contrário, ficam abespinhados sempre que surge uma crítica a actos menos ponderados dos nossos governantes, aqueles que juraram «cumprir com lealdade as funções que lhes são confiadas», atribuem os males do País à população por tê-los eleito. Toda a crítica, nas condições atrás referidas, são válidas principalmente se contiverem de forma implícita ou explicita, uma indicação de um melhor rumo a dar à gestão do assunto focado. A crítica construtiva constitui, assim, uma ajuda a quem exerce o pesado encargo da governação a qualquer nível.

E, embora o povo, em geral, se apresente pouco esclarecido, já aparecem pessoas a mostrar que raciocinam pela própria cabeça e não seguem cegamente os ditames dos respectivos partidos ou de outras instituições. A provar esta evolução que vem confirmar posições já tomadas nestas páginas, encontrei em dois jornais de hoje, 20 de Fevereiro, os seguintes títulos (Links):

- Cresce contestação no PS ao ministro da Saúde,
- Vila Pouca de Aguiar até já pediu ajuda ao Rei da Noruega,
- Idosos recorrem cada vez mais à ajuda da Provedoria de Justiça,
- Autarcas em colisão com o ministro da Saúde,
- Docente critica "destruição" do SNS

4 comentários:

Anónimo disse...

Sim senhor! Mais uma vez apresenta-nos um lindo e didáctico texto.

O que está aqui escrito é precisamente o que eu penso.

Criticas sim, mas construtivas e se possível sempre com ideias, sugestões e possíveis soluções.

Que isto ou aquilo está mal todos conseguimos ver e criticar, mas apresentar soluções, isso é mais difícil.

Tenho por norma esforçar-me para calar a boca quando aquilo que tenho a dizer é só para reforçar o mal, a negatividade, o lixo, mas sem dar esperança nem sugestões.

Para dizer mal já há muita gente capaz de fazer isso, agora para encontrar soluções melhores, isso é outra história mais difícil de encontrar.

Claro que tenho as minhas opiniões. Claro que muitas vezes me apetece "partir tudo". Mas do que isso adiante meus amigos? Melhora alguma coisa? Fortalece-me por dentro? Torna-me melhor como pessoa, ou aos outros de quem digo mal?

Claro que não sou contra quem se sente bem a falar nos mesmos assuntos e a criticar tudo e todos. Se esses se sentem bem com isso, pois que o façam. Sou pela liberdade de opinião desde que não se destrua o vizinho. "A minha liberdade acaba onde começa a do meu vizinho".

Burrices e erros também cometo tantos! Mas estamos sempre a tempo de não repetir os mesmos erros e isso é, quanto a mim, um grande tesouro; perceber quando erramos, o que devemos fazer para não repetir os erros e melhorar pois só assim nos tornamos indivíduos cada vez melhores e mais humanos.

Venham dai mais textos assim. Eu aprovo e bato palmas!!

Beijinhos

Alexandra Caracol

A. João Soares disse...

Cara Alexandra,
É sempre um prazer ler as suas palavras. O Mundo necessita de mais umas dezenas de pessoas assim, clarividentes como a Alexandra, para se tornar numa grande urbe onde toda a gente viva em livre e são entendimento, com respeito e colaboração mútuos, sem as vaidades competitivas nos piores aspectos.
Pessoas de cérebro oco que procuram ofuscar os outros com sinais exteriores como a marca do vestuário, telemóvel, automóvel, etc., não são nada positivas e exemplares para a verdadeira felicidade.
A crítica construtiva é uma colaboração para que todos passemos a viver mais perto do Éden.
Beijinhos
A. João Soares

Anónimo disse...

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Caro João Soares, belo e necessário texto.

Aqui fica o comentário que lhe retribuí na Voz do Povo tão murcha...
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A sociedade tem que aprender que todos somos necessários.

Que das discussões e das divergências se encontra a luz da convergência.

Eu próprio fui atacado pelos idealistas ditos "SEM AMARRAS" pelas minhas ideias LIVRES, neste espaço "SEM AMARRAS".

No entanto quem as fez está indubitavelmente ligado a amarras bem sólidas, não conseguindo ler os outros, nem colocar comentários dizendo porque discorda ou está de acordo.

O bota abaixo simples e carneirista é sinónimo de falta de cultura, da falta de LIBERDADE e de TOLERÃNCIA!

Já aqui disse e repito que sou independente,tendo no entanto as minhas ideias,fruto da minha vivência, sempre em actualização e aprendizagem da vida, mas só alguns têm essa "qualidade" e essa isenção, embora condicionada á sua liberdade, que esbarra onde começa a dos outros.

A cultura de um POVO mostra-se assim atrasada, culpa de Salazar que já morreu á 40 anos... (já disse que não o sou, mas respeito o que de bem foi feito e foi muito, denunciando o que de mau foi feito) ou é culpa dos políticos actuais autoritários na sua prepotência "democrática" contra os interresses do povo PORTUGUÊS e a bem da globalização, dos interesses e berbicachos de alguns empresários globais e de Espanha e União Europeia.

Em primeiro lugar deverão estar Portugal e os Portugueses, depois a DESUNIÃO EUROPEIA.

Os EUA antes do 25/4 criticaram Salazar porque este não lhes permitia cá meter o bedelho e seus interesses.

Ele ajuízava consoante o que achava ser melhor para Portugal, penso que hoje com algum distanciamento podemos ver a verdade.
Os EUA depois do 25/4 ajudaram Portugal a não se transformar numa colónia de Brejnev capitaneada por Cunhal no nosso país.

Os EUA deram muito há Europa na 2ª Guerra e na Guerra Fria.
Depois da guerra deram muito na reconstrução dos países europeus que souberam aproveitar.

Não podemos generalizar e criticar sempre no mesmo diapasão.

Há coisas neste blog que demonstra haver AMARRAS por parte de alguém!

Bush já aqui foi dito, redito, até por mim, várias vezes, que fez asneira ao entrar na guerra,principalmente na forma, mas agora o que se pretende é que faça outra asneira e abandone o Iraque de imediato, o que só traria e incentivaria o caos.
Depois tendo ali os seus homens estão em posição de chegar ao IRÃO a qulquer momento e manter pelo menos o papel antigo do IRAQUE contrabalanceando a zona do Golfo Pérsico!

A LIBERDADE de OPINIõES é o bem que tem que ser respeitado e incentivado, sob pena de a LIBERDADE, ser a liberdade de ALGUNS!


O povo abre os olhos, a Madeira teve corte nos seus orçamentos fora de contexto e ainda porque cresceu de mais...imagine-se que o governo queria era dar dinheiro para não crescer.

Tal como fez em relação a Lisboa e Vale do Tejo foi a própria UE que diminuiu as verbas a aplicar tendo em conta o nº de apoios que havia recebido e por se situar acima das restantes zonas de Portugal.

Na verdade é que ninguém sabe onde pára o dinheiro que entrou em PORTUGAL nestes anos todos.Algumas obras são visíveis, o resto...evaporou-se!

Se tem que haver contenção nas contas públicas e tem, que não seja para aquela região que mais trabalho desenvolveu, convidando os saudosos de Sócrates e suas trapalhadas a visitarem a MADEIRA!

Dirão alguns, não vou porque não tenho dinheiro, outros porque estou desempregado...enfim talvez culpa de Alberto João Jardim que aqui é atacado de forma vexatória e só por isso falo dele, por achar mais uma injustiça COM AMARRAS!

Perguntem ao povo da Madeira que ao fim destes anos TODOS o elege democraticamente, unidos pela sua região.

Nem os serviços de AP estatais e dos serviços de informações conseguem encurralar AJJ.Só isso para mim é salutar!

Todos queriamos aqui no pedacinho de continente ter um HOMEM ou MULHER que liderando uma câmara, ou sendo deputado por um distrito despisse a sua camisola e defendesse tenazmente, mas com capacidade de realização os interesses das nossas zonas!


Bem haja

Mário Relvas

Anónimo disse...

Caro João Soares, aqui deixo uma notícia de um Homem que partiu!

Coronel Comando
Barbosa Henriques- O Bomba H

As minhas mais profundas e sentidas condolências á família, aos Comandos e aos Polícias.

Lembro que comandou o CI- Corpo de Intervenção da PSP.

Recordo um episódio em que na margem sul "trabalhadores" encerravam a fábrica onde trabalhavam e ele foi lá ter á civil, pois já estava lá uma Meia do CI.

Quando lá chegou foi para frente e como estava á civil enquanto carregava levava também porrada dos seus homens e gritava:-Porra vocês não conhecem o vosso comandante?

Um grande homem que para lá das campanhas africanas, do Regimento de Comandos, prestou um enorme serviço ao País na PSP!

No CI era conhecido como o Zé da Bóina porque usava a bóina encarnada dos Comandos!

Por isso o marchar diferente do CI, semelhante ao dos Comandos.


"Até sempre"

"QUEM NASCEU NÃO MORRERÀ"

Aqui fica o lema do CI interligado ao nosso Comando:
POR MAIORIA DE RAZÃO
A SORTE PROTEGE OS AUDAZES
_________________
"Quem faz do perigo o seu pão
Do sofrimento o seu irmão
E da morte a sua companheira"

A Sorte Protege os Audazes

Mama Sume
cmdrelvas