sexta-feira, 2 de março de 2007

A Justiça do Estado ou o estado da justiça?

Para os tribunais criarem mais credibilidade, têm estado a ser descriminalizados muitos actos que deixaram, por isso, de ser encargo dos juízes. Mas a Justiça, como dizia há dias o bloguista «De Profundis», não deve ser avaliada pelo número de processos pendentes mas sim pelo grau de segurança e de paz interna. Diz ele, com muita sabedoria, que o bom carpinteiro não é aquele que produz mais aparas. O objectivo final é a pedra de toque dos obreiros que devem ser avaliados pela desempenho na sua consecução. E a Justiça deve visar a legalidade, a sensação de segurança da população.

E em Portugal, há cada vez mais crimes, sinal de que a justiça está mais preocupada com as aparas do que o seu objectivo último. Crimes relacionados com as escolas são frequentemente ocupantes de espaço na Comunicação Social e em e-mails e blogues. Há dias uma mãe de aluna foi bater na professora, de outra vez foi o avô de um aluno que bateu no professor de educação física, agora em Rio Tinto, Gondomar, um aluno foi espancado por um grupo, há vários casos de roubo de telemóveis e outros pertencentes a estudantes por colegas ou miúdos estranhos à escola, o caso de Carlos Alberto Cupeto professor da Universidade de Évora, etc.

Mas os políticos não cessam de fazer lindos discursos com referências sonantes apolícia de proximidade, escola segura, reformas das polícia, fechos de postos e esquadras, sem que o povo, para cujo benefício deve funcionar o aparelho do Estado, sinta qualquer benefício. As pessoas pagam impostos directos e indirectos, cada vez mais pesados no seu orçamento pessoal e familiar, sem receberem em troca mais segurança e apoios de saúde, sociais e outros.

Para onde avança o Portugal que todos nós amamos e desejamos ver progredir para um nível digno do primeiro mundo? Que explicação nos dão aqueles que elegemos para nos garantirem segurança e bem-estar, acerca de tanta anormalidade? Como pensam eles fazer inverter esta descida para o abismo?

É preciso que os cidadãos reflictam muito aturadamente sobre o presente que estamos a viver com vista a deixar uma herança que não leve os vindouros a criticar azedamente a geração do início do século XXI. Se nada for feito, os nossos netos dirão de nós as piores coisas. É preciso actuar sem demora, em benefício dos portugueses. É preciso deixar uma herança digna.

5 comentários:

Anónimo disse...

A propósito de Justiça aqui deixo esta postagem que coloquei hoje no Aromas de Portugal...
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PORTUGAL ENVERGONHADO...



Um cidadão de Loulé, de 75 anos pôs termo à vida depois de matar a mulher, companheira de sempre, que sofria de Alzheimer e que não conseguia internar para que cuidassem dela.
Segundo o JN, ele telefonou ao filho, emigrante em França dizendo que "ia pôr fim ao sofrimento"...
Portugal sofre estas terríveis injustiças. Os cidadãos sem conseguirem respostas para os seus problemas, põem fim à vida.
Não seria obrigação do Estado dar uma solução para aquela senhora que sofria de Alzheimer, aliviando o pobre marido?Muito fez ele,depois de uma vida dedicada.
Não podemos deixar de exigir ao Estado miserabilista que cumpra o dever de olhar pelos cidadãos incapacitados e deficientes!É um dever constitucional.
Leva-me a questionar sempre:-o que acontecerá aos nossos filhos, com deficiência mental, autismo e outros, quando alguns dos pais adoecerem ou morrerem?
Passamos a vida sofrendo no presente, pensando no futuro que se nos afigura amargo e injusto.
O Estado social desvanesce-se!Os políticos afundam a sua credibilidade, ao dizerem-se eleitos pelo e para o povo!Qual povo?
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Palavras para quê?
Abraços amigo João Soares

MR

A. João Soares disse...

Caro Relvas.
Não há dinheiro para dar apoio social a quem verdadeiramente precisa. Mas vai verificar que o haverá para os nossos hospitais fazerem abortos à custa do orçamento e com prejuízo dos doentes que estão na lista de espera.
E isto apesar de que a gravidez não é uma doença, o feto não é um cancro que tenha de ser extraído e o espermatozóide não é um vírus.
É o governo que temos!!!
Ver http://joaobarbeita.blogspot.com/2007/02/preparar-os-frutos-do-referendo.html
Ma não podemos permitir que a violência à volta dos jovens estudantes continue assim com tendência para se agravar.
É preciso bradar aos céus, a fim os (ir)responsáveis acordem para a realidade.
Um abraço

Anónimo disse...

Pois é o maricas do Socrates está a juntar o dinheirinho todo para a OTA e o TGV. Paroa os amigos empreiteiros

victor simoes disse...

Tapa-se o Sol com a peneira e manda-se areia para os olhos do povo. É evidente que quem não estiver atento, é capaz de acreditar! Os próprios juízes, não acreditam, nas estatísticas apresentadas pelo Governo.
Aonde vamos parar não sei, mas a má Governação é muita. Compram-se os Helicópteros Kamov Ka32, cria-se uma empresa para gerir a frota que só pode operar no período do verão,por não serem certificados, pensa-se na Ota e TGV... etc... etc. Não há dinheiro para acudir a quem precisa na velhice, mas subsidia-se consumidores de oxigénio! Esbanja-se e gasta-se a torto e a direito os dinheiros públicos, cedendo a interesses privados e pessoais!

victor simoes disse...
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