Todos devem contribuir para tornar a sociedade melhor
É preciso que haja seguidores deste exemplo construtivo. Estou convicto de que eles aparecerão. Não há outra solução para recuperar a boa saúde de Portugal. Não podemos ficar de braços cruzados à espera da acção dos políticos. Temos que agir.
Um abraço muito amigo e com grande consideração
Penso escrever um livro
“Somos todos parte integrante da sociedade. Não podemos ficar apenas à espera, impávidos e serenos, que nos venham resolver os problemas.
Entendo que temos de fazer alguma coisa e ajudar as autoridades e o País a ir para a frente”, explica Mário Relvas, um aposentado da PSP e ex-militar dos Comandos.
A cidade de Braga é o cenário preferencial dos seus alertas, como acontece com a denúncia da poluição por autocarros velhos importados da Alemanha e pintados como novos, os estacionamentos abusivos que impossibilitam a circulação de autocarros ou a falta de vistoria dos elevadores. “Cada cidadão, no seu espaço e na sua função, deve fazer tudo o que está ao seu alcance para ajudar ao desenvolvimento do País e a tornar melhor a vida diária de cada um”, diz Mário Relvas, que aos 46 anos dedica grande parte do tempo na promoção da causa das pessoas autistas.
Embora salvaguarde que não é fácil exercer de forma mais activa os direitos e deveres de cidadania – “às vezes vêem-nos como malucos”, observa – Mário Relvas diz que tem procurado manter como ideal de vida os princípios e valores recebidos dos pais, da educação salesiana e da formação militar. “Tenho escrito muito e até estou a pensar escrever um livro, devidamente contextualizado”, anuncia o antigo militar, aproveitando para agradecer “a oportunidade dada pelo Correio da Manhã para fazer chegar a voz das pessoas às autoridades”. É que “as instituições não ligam aos apelos das pessoas”. Nem mesmo quando as denúncias surgem de uma instituição, como aconteceu com o núcleo de Braga da Associação Portuguesa para as Perturbações de Desenvolvimento de Autistas, que Mário Relvas ajudou a fundar. Lançou também o jornal não oficial de Comandos ‘Passa Palavra’ e o site www.comandosdeportugal.net/jornal , a par do seu blogue «aromas de portugal».
CAUSAS DA CIDADANIA
Na Av. Antero de Quental, em Braga, o estacionamento abusivo chegava a impedir a circulação de autocarros. Após a denúncia de Mário Relvas, a Câmara reorganizou o parqueamento na zona com a pintura de linhas orientadoras e resolveu assim o problema.
DIFERENÇA
Mário Relvas diz que o ‘CM’ tem uma forma diferente de trabalhar as denúncias dos leitores: procura a resposta das autoridades.
Mário Fernandes, Braga in www.correiomanha.pt
"Cancelamentos culturais" na América (10)
Há 2 horas
4 comentários:
Caro João Soares, vamos em frente.Obrigado por aqui ter colocado este post!
Abraço
Mário Relvas
PS:-Seria bom que as pessoas, todos nós, reflectíssimos nas respostas de Marcola líder do PCC.Isto é uma realidade que se passa não só no Brasil, mas em todo o mundo.É claro que ali se torna mais visível!...
Mas numa altura em que as forças de segurança se tornam cada vez mais civis!?...e os gangues,mafias e tudo o resto cada vez mais profissionais, é hora de reflectir.Um indivíduo destes nada tem a perder, enquanto os policais estão preocupados com o ritmo de vida, as famílias e passam o tempo a olhar para os relógios e dizem:
Ainda falta tanto para saír de serviço!...
O crime é cada vez mais profissional e está em todos os sectores.Temos que profissionalizar cada vez mais as forças de segurança e dar-lhes meios. para depois lhes exigir um combate mais iqualitário!
Não está fácil.
Reflictam!...
Mário Relvas
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Retrato de um certo Brasil, cada vez mais extenso.
"Sim, porque eu leio Dante..." diz o entrevistado....
Entrevista dada ao Jornal O GLOBO por "Marcola", o líder do PCC
Colunista: Ronaldo Jabor
NOTA: Marcola é o chefe dos "gangs" brasileiros que puseram S. Paulo a ferro e fogo.
- "Você é do PCC?"
- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível... vocês nunca me olharam durante décadas... E antigamente era mole resolver o problema da miséria... O diagnóstico era óbvio: migração rural,
desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias. A solução que nunca vinha... Que fizeram ? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a "beleza dos morros ao amanhecer", essas coisas... Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo... Nós somos início tardio de vossa consciência social... Viu? Sou culto... Leio Dante na prisão...
- Mas... A solução seria...
- Solução? Não há mais solução, cara... A própria ideia de "solução" já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento económico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma "tirania esclarecida", que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC...) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até Conference Calls entre presídios...) E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução.
- Você não têm medo de morrer?
- Você é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar... Mas eu posso mandar matar vocês lá fora.. Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba... Estamos no centro do Insolúvel, mesmo... Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração... A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala... Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em "seja marginal, seja herói"? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha... Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li
3.000 livros e leio Dante... Mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feitas "com autorização da Justiça"? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, Internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo.
- O que mudou nas periferias?
- Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório... Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no "microondas"... Ha, ha... Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados. Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de COMANDOSos. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim
que passa o surto de violência.
- Mas o que devemos fazer?
- Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas... O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, "Sobre a guerra". Não há perspectiva de êxito... Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas... A gente já tem até foguete antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí... Pra acabar com a gente, só jogando bomba atómica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também uma daquelas bombas sujas mesmo... Já pensou? Ipanema radioativa?
- Mas... não haveria solução?
- Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a "normalidade". Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco... na boa... na moral... Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e vocês... não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem porquê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: "Lasciate ogni speranza
voi che entrate!" - Vocês que estão entrando, percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno. "
Caro JoãoSoares,
sim sou um Patriota, mas um pouco perdido tentando encontrar o rumo, neste país onde todos falam do caessório e pouco ou nada do essêncial.
Por vezes sentimos que o nosso "trabalho" desperta egoísmos e cinismos, mas continuemos, sempre, enquanto tivermos forças!
Abraço
Mama Sume
Caro Relvas,
Patriota só pouco adianta; mas você é lutador. É preciso fazer poeira, gritar, esbracejar para chamar a atenção para os problemas essenciais.
Veja como termino o meu comentário em «Brasil na mira de Chávez». Não espere resultados imediatos de cada uma das suas intervenções. Elas terão efeitos lentos e demorados, mas acabam por ser úteis. Não se esqueça do ditado «água mole em pedra dura tanto bate até que fura» e do «grão a grão enche a galinha o papo».
Deitando todos os dias pela janela do carro umas sementes de flores, tornaremos na primavera seguinte as margens da estrada em autênticos jardins.
Continue com a sua actividade.
Um abraço
A. João Soares
Pois! Vamos lá de novo construir a Democracia, ou o Fascismo conforme lhes der ais gozo!
O que é preciso é que hajam armas para arrombar e destruir, como combatentes sem saberem contra quem combatem.- Talvés contra sí próprios....
- Não serão irmãos? indemendentemente das suas opções politicas, crenças e religiões, de raça ou de côr?
OU SERÃO MACACOS!?
Se são, vamos lá acabar com a espécie, hajam corajasos e aventureiros combatentes!!!!
Mama Sume
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