segunda-feira, 23 de abril de 2007

PM espanhol errou cedendo ao terror

O atentado nos comboios de Madrid em 11 de Março deram a vitória eleitoral ao PSOE, o que levou o PM a mostrar a sua gratidão, fazendo cedências a exigências diversas como a retirara imediata das tropas que tinha no Iraque. Era previsível que tais cedências iriam continuar e aumentar de volume. As tréguas com a ETA não podiam deixar de concretizar essa previsão. As negociações com este tipo de organizações devem ser muito cautelosas, nunca descurando os interesses nacionais, que raramente coincidem com os dos partidos e menos ainda com os de grupos extremistas. O resultado chega agora nas notícias.

A Espanha parece estar na mira do terrorismo internacional, o que não é nada tranquilizador para o nosso País.

Segundo notícias de hoje no DN e no JN, os serviços secretos espanhóis alertaram o Governo para as actividades de células da Al-Qaeda no Magrebe, em Espanha e em França, depois dos recentes atentados terroristas nas cidades de Casablanca e de Argel, noticiou ontem o jornal El País.

A Al-Qaeda no Magrebe está activa em Espanha no que respeita a financiamento, proselitismo, a recrutamento de terroristas para o Iraque e para campos de treino no Sahel, em países como o Mali. O grupo detectado é considerado como a principal ameaça para a Espanha, pois o facto de representar uma "corrente única" multiplica o perigo, acreditam os analistas dos serviços de informações espanhóis que foram ouvidos por aquele mesmo diário.
Um professor de taekwondo em Reus aparentemente inofensivo, era, afinal, um militante marroquino do referido grupo e enviou pelo menos 35 potenciais bombistas suicidas da Catalunha em direcção o Iraque.

O recente comunicado dos terroristas, a reivindicar o atentado de 11 de Abril na capital argelina, fazia uma referência ao Al-Andaluz - nome para os territórios ibéricos que os árabes outrora ocuparam. Também o próprio número dois da Al-Qaeda, nos seus últimos quatro comunicados, referiu a Espanha como alvo.

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