quinta-feira, 14 de junho de 2007

Solidão ... de Chico Buarque

Solidão ...

"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou
fazer sexo...
Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes
queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para
realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe
compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...
SOLIDÃO
é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela
nossa alma."

(Chico Buarque de Holanda)

Uma análise interessante de um problema que afecta principalmente os reformados, mas a que não são alheios muitos, mais jovens.

5 comentários:

Anónimo disse...

Esta é uma das várias letras de canções dele que nos põem a pensar;isso é bom.

Jorge P. Guedes disse...

Concordo com esta visão do Chico Buarque.
A verdadeira solidão é quando não conseguimos fazer companhia a nós próprios, quando nos perdemos de nós.
Não tem que ver com a idade.

Um abraço.

A. João Soares disse...

Cara Cristina e Amigo Jorge,
É bom que as canções tenham uma letra com valor porque, com uma música boa, fica uma obra de arte completa.
Realmente, temos ser capazes de bons companheiros de nós próprios, mas, a«quando fraquejarmos nessa tarefa, é bom ter um ombro um braço amigo para evitar a queda no fundo do poço.
Temos sde ser uns para os outros. Mas o primeiro passo para evitar a solidão parte sempre de nós.
Um abraço

Meg disse...

Meu caro João,
Solidão é estarmos rodeados de pessoas que não falam das mesmas coisas,
não lêem os mesmos livros,
não ouvem a mesma música.
Solidão é não existir no coração de alguém, por muito perto ou longe que esse alguém esteja.
Mas este é só o meu ponto de vista.
Um abraço

A. João Soares disse...

Cara Meg,
Tem muita razão. A solidão é o inverso da comunicação afectiva com outros. São os laços do coração a possibilidade de trocar ideias e opiniões, como nós estamos agora a fazer.
Os assuntos humanos prestam-se a muitas explicações e quando há boa vontade, todas a definições são boas, umas mais a gosto de uns e outras mais apreciadas por outros. Depende muitas vezes do caso concreto em que estamos focados quando nos exprimimos.
Comigo, cara Meg, nunca receie expressar o seu ponto de vista. Respeitá-lo-ia, mesmo que fose contrário ao meu. Mas não é.
Um abraço