Casos na Função Pública penalizam o Governo, diz PS
Isabel Teixeira da Mota, JN
Correia de Campos está no centro das últimas polémicas do Governo.
Na origem da quebra de popularidade do Governo poderá estar a sucessão dos mais recentes casos de afastamento ou de penalização de funcionários públicos no local de trabalho, analisou ontem o socialista Eduardo Vera Jardim no programa da Rádio Renascença "Falar Claro". "São casos que afectaram a imagem do Governo", sustentou o deputado.
O também ex-ministro da Justiça sustenta que as denúncias podem surgir do próprio aparelho partidário do PS, designadamente ao nível local. "A verdade é que há uma reacção pouco sã dos aparelhos partidários a nomeações com as quais eles próprios não estão de acordo, e isso pode criar perigos, mas não são incitados pelo Governo".
Vera Jardim que partilha com a social-democrata Manuela Ferreira Leite o espaço de debate moderado pelo jornalista Paulo Magalhães, sublinhou mesmo que "estes casos não são bons para o Governo" e declarou que os últimos números das sondagens, revelados pelo Diário de Notícias, "são o reflexo dessas situações negativas para a governação".
O socialista, contudo, defende que os altos cargos da administração pública "têm que aderir ao programa do Governo que está a ser executado. Se eles não estão de acordo, põem em perigo a execução dessa política".
Já a ex-ministra das Finanças sugeriu que o primeiro-ministro está a entrar numa fase mais "sensível" e reactiva às críticas, às anedotas ou a outros tipos de apreciações menos agradáveis. "Uma das características que qualquer político deve ter é agir de acordo com a sua consciência e ser absolutamente imune e praticamente indiferente às críticas. Se o não for, não vai a lado nenhum", atirou Ferreira Leite. "É mau para o Governo e para os ministros porque cria uma imagem absolutamente negativa que as pessoas e até os apoiantes do PS começam a criar".
A antiga funcionária do Banco de Portugal questionou ainda "quem denuncia? O que acontece a essas criaturas que denunciaram? Foram promovidos? Não. Fazem isso gratuitamente ".
NOTA: Realmente, tal como foi feito um concurso para o melhor português, também seria interessante organizar uma lista de factos notáveis do ano a submeter a concurso par ver qual o premiado!!! Espero que me indiquem factos para juntar ao do deserto na margem Sul do Tejo, ao do perigo de sabotagem nas pontes sobre o Tejo, como argumento para que o aeroporto fique na Ota!
É preciso acabar com a corrupção e com as nomeações por confiança política e que devem passar a ser por concurso público em que será escolhido aquele que tiver melhores condições para o lugar, independentemente dos laços familiares ou de amizade com os políticos.
Devemos ser dirigidos, a todos os níveis, pelos melhores portugueses e não por critério de «local» de nascimento como na monarquia.
terça-feira, 3 de julho de 2007
Mal-estar na função pública
Posted by A. João Soares at 17:54
Labels: bufos, delação desconfiança, insegurança
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6 comentários:
Tiros no pé pelo cunhado do Louçâ...que envolve a imagem deste governo... Marcelo Rebelo de Sousa diz ter acabado à muito o praso de validade deste ministro...
Abraço
MR
Mas o próprio ministro, talvez por isso, não respeita os prazos de validade, tendo dito para distribuírem pelos pobres remédios sobrantes, em que certamente a quase totalidade já estava fora da validade. Depois ele disse que isso foi uma frase jocosa.
Só que não considerou jocosa a frase do médico de Ponte de Lima, tendo demitido a Directora, que era do PSD e feito a sua substituição por um cacique local do PS.
O País está podre, e isso vai ficar muito em evidência durante a presidência da UE.
Abraço
"a quebra de popularidade do Governo" é um facto. Só não vê quem é cego.
É realmente um facto, infelizmente, porque Portugal está a precisar de um governo de gente responsável e séria que o faça recuperar da crise. O Correia de Campos tem feito asneiras consecutivas, sendo «jocoso» com coisas sérias, mas reagindo de forma tirânica com a ironia e o humor dos seus funcionários, aproveitando para fazer demissões rápidas e substituições por tipos do partido com obediência canina ao chefe.
É um sintoma de que a sociedade actual está gravemente doente, a começar por aqueles que deviam ser modelos de competência e eficiência no seu desempenho.
Abraço
Há muito que a popularidade do governo só está em alta na comunicação social. Ou então numa qualquer obscura "maioria silenciosa"!
Caro Kruzes Kanhoto,
Temos que ser sérios nas nossas reflexões. Este governo demonstrou ter boas intenções e coragem para iniciar reformas que há muito eram necessárias. No entanto, houve azar na constituição da equipa governativa e falta de ousadia em substituir os elementos menos colaborantes com aquelas intenções.
O resultado tem sido muito mau, a vaidade, a procura de visibilidade por qualquer meio, as anedotas, as frases jocosas, a falta de oportunidade no anúncio de decisões, as decisões tomadas sem estudos prévios realistas adequados ao bem do País são alguns os muitos defeitos desta equipa incompetente.
Para suprir estas deficiências, os governantes usam de atitudes de arrogaância e petulância impróprias de uma democracia. O «jamais» de Lino, é uma prova muito concreta da obsessão num capricho a que faltam argumentos válidos para ser sustentado.
Mas a comunicação social está orientada para obscurecer a capacidade de observação e apreciação da população, desde alguns jornais à RTP, com a anestesia e novelas e de futebol, fugindo aos grandes problemas e às profundas reflexões.
Abraço
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