Transcrição de post do blog Ecos e comentários
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Um texto enviado por mail pelo meu querido amigo D.M.C. e que tenho o prazer de publicar.
A grande cabeça pensante deste Governo, o ministro das Finanças Teixeira dos Santos, desde Agosto de 2007 que nos andou a impingir a ideia de que os efeitos do “subprime” dos EUA não chegariam a Portugal devido às sábias políticas por ele adoptadas e pelo Governo democrático e maioritário do PS, no que foi acompanhado pelo inefável e infalível Constâncio, que aguarda paciente, patriótica e sacrificadamente pela reforma de cerca de 25.000€ do Banco de Portugal para finalmente “basar”.
Recentemente, com lata e desfaçatez, disse que quer a UE quer o FMI estavam enganados em prever para Portugal reduções do crescimento do PIB para 2008, porque não sabiam do que falavam. Ele um “expert” do assunto é que tudo sabia e nunca falhara. Passados poucos dias, com um ar sério, anunciou ao País, que a previsão do crescimento do PIB para 2008 passava de 2,2 para 1,5%, o que significa para já mais um substancial rombo nas reformas e nos aumentos dos funcionários públicos em 2009...
A “holding” «Movimento O Que Tu Pias» cujo único sócio é um economista de “meia-tijela” e não-praticante esclarece o ainda Ministro das Finanças que a crise do “subprime” prevê-se venha a ter quatro fases até 2010, a primeira das quais vivemos e será a de menores consequências nas economias de mercado. O pior está para vir. A crise do “subprime” tem como origem a actividade da “banca de casino” que explorou os americanos pobres com taxas de juro especulativas.
Portugal, seguindo as boas práticas ultraliberais, com a atenta supervisão do Banco de Portugal, também cá já tem esses tipos de bancos a actuar livremente, cedendo créditos ao consumo aos aflitos dos portugueses a Taxas de Juro Anuais de mais de 30% (GE Money, BBVA, Cetelem, Santander, Cofidis, é uma carrada delas). Um escândalo financeiro brutal autorizado pelo poder político e obviamente pelo Banco de Portugal.
Estas crises do “subprime” são a consequência natural da actuação ultraliberal da “banca de casino”, cujos efeitos nefastos na vida das famílias até os dois últimos Papas denunciaram, num mundo em “globalização”, em que o poder político é uma marionete da alta finança e dos especuladores bolsistas, promove agora a especulação energética e dos produtos alimentares, consequência do desenvolvimento acelerado de economias orientais que conceberam, desviando para esses países a produção e a exploração dos povos e das condições ambientais. Tal política origina nesses países o aumento brutal do consumo de bens energéticos e alimentares. É a chamada “pescadinha de rabo na boca” que visa a destruição da classe média dos países ocidentais e o fim do Estado Social…
Devido à reconhecida competência do «Bloco Central de Interesses» a Comissão Europeia divulgou no relatório de 2007 (mas com dados de 2005) que Portugal foi o pior país da EU na distribuição da riqueza, mesmo piores que os EUA, os campeões da batota e da “banca de casino”….
Agora parece que devido à sábia actuação deste Ministro das Finanças e deste Governo do PS já somos penúltimos, uma autêntica glória, dizem como sempre que melhorámos a enormidade de 0,1%, e já estamos à frente da Letónia, corrigiu o Sapientíssimo Ministro de Estado o Mestre Pedro da Silva Pereira, um crente em tudo, mesmo nele.
A safa dos pobres é que a fome não tem aumento de preço, daí que, quantos mais portugueses tiverem fome mais imunes estarão à inflação e às políticas ultraliberais do «Bloco Central de Interesses».
Assim temos: os ricos são cada vez menos mas cada vez mais ricos; os pobres são sempre mais e mais pobres; a classe média é coisa para desaparecer.
Este é o objectivo final e o resultado da prossecução das políticas ultraliberais do «Bloco Central de Interesses» e da ideologia subjacente lançada pelo “Compromisso Portugal” com o grande patriota de “sacola laranja” Diogo Vaz Guedes à cabeça.
É por isso que em Portugal e em toda a Europa, é que eles, os políticos profissionais, quando “basam” da política vão servir quem já serviram...
Há quem preveja que não demorará muito, um protesto de rua espontâneo e generalizado aos subúrbios das grandes cidades, por essa Europa fora, que fará com que os profissionais da política arrepiem caminho, mudem de vida e de carris, porque a política está completamente subjugada ao poder económico a da alta finança e os políticos profissionais obviamente também.
Dizem que o povo deixou de poder contar com os Partidos (alternantes) do Poder, que também estão manietados pelo poder económico e da alta finança, aqui e por toda a Europa. A democracia política tem que se reinstalar e reassumir o poder económico e financeiro, e a soberania terá que voltar a residir no povo.
O inevitável protesto popular, fruto da escandalosa precaridade do trabalho, do desemprego e da desmantelação em curso do Estado Social, será espontâneo e muito provavelmente incontrolável e violento, com possível envolvimento das próprias forças da ordem. Quando começar alastrará como fogo posto em floresta virgem.´´
DMC
M3C’s – Movimento Cuidado Cas Carteiras
MESGA - Movimento Estamos a Ser Gamados
Publicada por ANTONIO DELGADO em Ecos e comentários
sábado, 24 de maio de 2008
Portugal e os parceiros europeus
Posted by A. João Soares at 22:16
Labels: economia nacional e a europeia, estagnação
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4 comentários:
O nosso país está a assistir a um fenómeno sem precedentes, a riqueza está a ficar toda concentrada em grandes grupos económicos.
Criando - se assim um maior fosso entre ricos e pobres, com as consequências socias mais gravosas e desastrosas da nossa sociedade.
É de salutar que este post tenha aqui demonstrado uma verdade muito inconveniente á nossa podridão que é a classe parlamentar vigente.
Abraço,
Magno.
P.S. Um texto verdadeiramente virado para um serviço público de abrir os olhos aos portugueses.
Caro Magno,
Trata-se de um texto muito sério escrito com graça. Mas o conteúdo é muito trágico.
Por vezes dou comigo a pensar que, à semelhança da queda do Império Romano, o Ocidente pode estar a chegar ao fim, pois parece estar já moribundo, com os «políticos profissionais» a preocuparem-se com assuntos marginais em vez de encararem corajosamente os verdadeiros problemas centrais do âmago da sobrevivência.
A teoria que diz existir o diabo, parece estar aqui aplicada, pois parece haver forças ocultas a criar instabilidade em todo o mundo, com notável prejuízo para a civilização ocidental.
Um abraço
A. João Soares
Amigo A. João Soares,
Obrigado pelo seu destaque ao artigo que publiquei no Ecos. Quando achar que qualquer texto publicado no meu espaço mereça semmelhante honra ficarei bastante contente.
Um abraço fraterno
António
Cao António Delgado,
Reitero o que lhe disse em resposta ao comentário semelhante a este colocado em Do Miradouro
Um abraço
João
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