Em 2006 foram iniciados os concursos de aquisição das pistolas Glock de 09 mm (42 000 a 50 000) destinadas à GNR e à PSP. Segundo o DN, em fins de 2007, a GNR começou a receber as armas e logo reparou que eram adequadas a canhotos porque tinham a patilha de segurança do lado direito, o que levantou a ironia do pessoal de armamento dizendo que a encomenda foi acompanhada pelo negativo da fotocópia, pois, sendo dextra a generalidade dos agentes, a patilha devia estar do lado esquerdo. E, por outro lado, não chegaram os respectivos coldres.
Entretanto, a GNR, tendo já recebido quase 9000 pistolas Glock, adoptou duas soluções provisórias para suprir a falta dos coldres próprios:
1.Foram feitos 60 coldres para as 300 pistolas distribuídas à Escola da Guarda, que eram destinadas ao treino policial dos oficiais, sargentos e praças (que envolve sacar e guardar a pistola);
2.Foram adaptados entre 200 e 300 coldres para uso dos militares dos regimentos de Infantaria e Cavalaria, para uso dos agentes participantes na operação "Verão Seguro" (Algarve) que já estão a usar as referidas pistolas Glock. Foi assegurado ao DN que os coldres adaptados e usados pelos militares daqueles dois regimentos, embora não sejam os adequados, "são seguros" e não afectam o manejo da arma durante o serviço. A Guarda não podia ficar à espera (por tempo indeterminado) da compra dos coldres por concurso - até por ser "uma pena" ter aquelas armas guardadas (em caixas individuais) e não as poder usar.
Segundo a mesma fonte, a GNR, também para "ganhar tempo", decidiu enviar, para os Grupos Territoriais espalhados pelo País, as restantes pistolas já recebidas com a condição de servirem apenas para os agentes conhecerem o funcionamento da arma e a ela se habituarem e para a instrução de tiro, não podendo ser usada na rua devido à falta dos coldres.
Porém, passados dois anos, o ministério da Administração Interna (MAI) anunciou ontem o concurso para a aquisição de "32 000 a 50 000 coldres de cintura", destinadas às pistolas Glock da GNR e da PSP, assinado no passado dia 3 deste mês pelo director-geral de Infra-estruturas e Equipamentos do MAI.
Ficou, no entanto, sem explicação o adiamento ou dilação desta compra, que até parece ter sido devido a esquecimento. Mas, como se pode compreender tal coisa? Quem falhou?
A Decisão do TEDH (396)
Há 59 minutos
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