quarta-feira, 30 de julho de 2008

Pioneiro do 4.º mundo???!!!

Os posts recentes poderiam ser integrados numa tela com o título «o estado da Nação» e um comentador referiu o seguinte artigo do Diário da República, 2ª Série, nº51, 12 de Março de 2008, que dá muito que pensar a quem se interesse pelo que se passa neste rectângulo e queira informar-se para, em próximas eleições, exercer o direito de voto com perfeita consciência e não movido por apelos de vendedores de banha de cobra que tudo prometem e depois esquecem. Temos que ser responsáveis pela nossa palavra e pelos nossos actos e, para isso, devemos reflectir antes de nos comprometermos. O caso aqui referido diz-nos muito acerca da falta de moralidade que por cá reina e é mais um factor a levar o País para pioneiro do 4.º mundo a criar.

1.º
Criação

1 – A Universidade do Algarve, através da Faculdade de Engenharia de Recursos Naturais, da Faculdade de Economia e da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo confere o grau de mestre em Gestão e Manutenção de Campos de Golfe e n+ministra o ciclo de estudos a ele conducente.

2 - O grão de mestre em Gestão e Manutenção de Campos de Golfe, é conferido nas seguintes áreas de especialização:
Gestão;
Manutenção.

2.º
Objectivos do curso

O curso de mestrado em Gestão e Manutenção de Campos de Golfe pretende proporcionar à sociedade civil profissionais habilitados, científica e tecnicamente, na gestão e na manutenção de campos de golfe.

O texto do DR foi transcrito daqui que o tinha copiado daqui

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro João Soares

Francamente, um mestrado em tal matéria parece-me um exagero é até um tanto ridículo.
Mas a minha veia golfista não pode deixar de esclarecer que hoje em dia o golfe é algo com enorme impacto turístico e que movimenta milhões. No golfe não pode haver falhas.
Um campo de golfe, aparentemente um local pacato e inocente, é uma máquina complexa de manutenção cara e difícil, especialmente em áreas onde chove pouco, como em Portugal. Implica, para lé de outros aspectos, uma criteriosa rede de irrigação e de outra, não menos criteriosa, de drenagem. Para que a relva nem seque nem fique lamacenta. Existem vários tipos de relva e de corte, e a maquinaria e pessoal especializado envolvido é surpreendente. Só a relva onde se encontra o buraco (green) e que faz lembrar uma alcatifa, pode custar mais de 5.000,00 €, a multiplicar por 18.
Tanto quanto eu tenho observado, uma grande parte dos clubes de golfe portugueses contrata especialistas estrangeiros para gerir a parte desportiva e para a manutenção dos relvados. Talvez porque em Portugal não os haverá em número suficiente.
É bom não esquecer que um golfista estrangeiro, num só dia de jogo, pode deixar mais de 150,00€ (paga para jogar, comer, alugar o carrinho, e eventuais lembranças, como sejam, roupas, calçado, tacos, bolas, etc.). E por dia jogam mais de uma centena...

A. João Soares disse...

Caro Vouga,
Comecei por crer que o mestrado é um exagero, mas depois da descrição de um especialista em golfe, fico a pensar se, dentro em breve, não aparecerá o doutoramento em gestão e manutenção de campos de golfe.
Numa época em que todos querem ser doutores ou engenheiros, já nada espanta.
Abraço
A. João Soares

Magno disse...

Caro Amigo,
A prespectiva do Vouga é a meu ver, bem argumentada, interpretada á luz de quem pratica e gosta deste tipo de desporto.
Na minha opinião, o referido mestrado serve de tacho a uma elíte que insiste em achar que é mais que o resto do comum dos mortais, O MEIO UNIVERSITÁRIO PORTUGUÊS!!!!
Ao contrário de outros países mais desenvolvidos, e até menos as UNIVERSIDADES DEVEM CONTRIBUIR PARA AJUDAR UMA POPULAÇÃO A DESENVOLVER - SE, não a Encher o UMBIGUO DE UMA ELÍTE.
Desculpe, o desabafo.
Abraço,
Magno.

A. João Soares disse...

Caro Magno,
Portugal à frente! Dentro em breve o vendedor de castanhas será doutorado em ouriços e o assador de sardinhas no carvão será mestre na brasa. Não me refiro aos que aos que recebem o diploma na brasa, isto é, ao domingo em tempo de férias!!!
Terra de doutores e de mestres, nada nos chega aos pés.
Abraço
A. João Soares