Dois artigos do DN de hoje dão uma ideia da inutilidade das análises de pretensos intelectuais que lançam poeira para os olhos dos seres humanos, através de livros e de artigos de revistas especializadas que parecem não passar de sinais exteriores de intelectualidade balofa.
O professor universitário Adriano Moreira refere o número de Novembro de 2007 do Asia-Europe Journal que sendo dedicado a vários aspectos do tema corrente do globalismo, aborda a Europa como exemplo de referência para uma sociedade aberta global, a Ásia a ressurgir e a China a impor-se no Comércio Internacional.
Porém, curiosamente, nenhum dos articulistas se ocupa de previsão e acções no sentido de enfrentar a crise financeira com que o globalismo se depara e que está a preocupar seriamente todo o mundo. Esta ausência torna vazio de conteúdo de interesse todo o exercício intelectual derramado nas páginas da publicação. Estava-se a poucos meses da erupção do acontecimento, que já devia ter sido objecto de análises com propostas de medidas para o evitar. Estamos perante a «falência das análises».
Um outro aspecto que justifica o título deste post assenta no artigo do Dr. Mário Soares que considera que a última reunião do G20, foi uma cimeira sem resultados? Com efeito, os responsáveis nela participantes e os «intelectuais» que os apoiam, não conseguiram, em devido tempo, rever o sistema financeiro mundial, não se aperceberam dos seus pontos fracos ou, se os notaram, não quiseram ou não conseguirem remediá-los antes da eclosão da crise global e, depois de esta ter alastrado por todo o Planeta, não se mostram com capacidade de definir as melhores medidas para reestruturar o sistema financeiro global e restabelecer a confiança dos agentes económicos a todos os níveis. E destas incapacidades resultou não haver resultados práticos da cimeira que, com a deslocação de altas entidades de muitos países, a cimeira ficou cara aos contribuintes, agravando-lhes os efeitos nocivos da crise.
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