quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Presentes menos de 50 dos 230 deputados

A sessão da AR de 6 de Novembro foi antecipada para as 09h30. Pelas 09h40, quando o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, começou a ler a mensagem presidencial sobre o regime jurídico do divórcio, estavam na sala apenas 32 deputados (14% do total). Às 09h50 as presenças eram menos de 50 (menos de 22%). Ver em Mensagem de Cavaco sobre divórcio ouvida por menos de 50 deputados

As notícias deste género
são, por vezes, mal interpretadas. Pode não ter havido falta de consideração para com o autor das mensagens, o Presidente da República, ou para o leitor das mesmas, o Presidente da Assembleia da República. Os faltosos, ou a maioria deles podem ter estado muito atarefados, com toda a sua dedicação esforçada, a cumprir o orçamento do Estado, em «deslocações dentro e fora do País», rubrica em que estão previstos, 3,7 milhões (só!!!), para 2009. Ver em Custo com viagens atinge 3,7 milhões

Também quanto a este número, não nos devemos deixar impressionar, pois mesmo que fosse o dobro ou o quádruplo, os nossos deputados continuariam a ignorar os reais problemas deste extenso País quer em Vilar de Peregrinos em Trás-os-Montes, ou Vila Nova de Tázem na Beira Alta ou Monte dos Pereiros nos Alto Alentejo.

Mas será verdade que esse desconhecimento terá por base a inexistência de viagens, ou as que são realizadas têm outros fins, outros destinos?

Parece que em Portugal devia ser imitada a decisão da autarca cabo-verdiana do Mindelo, Isaura Gomes, quanto à forma de realizar auditorias de resultados indiscutíveis. Ver aqui ou aqui.

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro AJS,
não sei se o meu amigo tem ouvido algumas conversas de café sobre os políticos que temos na AR. O povo não acredita neles, pese o esforço do PR para que não deixemos cair os braços. Para que a juventude enverede pela política, trazendo-lhe sangue novo. Eu percorro muitas cidades, logo, ouço o povo em muitos cafés, restaurantes e afins. Quase que tenho a certeza que o vencedor, por maioria absoluta, será a abstenção. Só alguém com uma visão altruista, capaz de mobilizar a população fará renascer a democracia. Se a abstenção ganhar a democracia está mal. E a maioria torna-se silenciosa, como a de outrora!
Será só fumaça...

abraço

A. João Soares disse...

MR,
A abstenção não é uma atitude, é uma demissão, é comodismo, é passividade.
Para quem nenhum político candidato é solução, a melhor forma de se manifestar em eleições é o voto em branco, uma forma activa de lhes mostrar que eles não servem. Ninguém pode interpretar o voto em branco como comodismo, demissão, passividade.
O voto nulo (com riscos ou palavrões) conta tanto como uma cruz fora do quadrado, não conta como opinião, posição definida.
Sugiro a visita ao post «Reforma do regime é necessária e urgente» de 30-08-2008.
Cumprimentos
A. João Soares

Nuno Raimundo disse...

Boas...

Nota-se que a Assembleia é um local de trabalho...
Nem se dignaram em aparecer para ouvir as palavras do Presidente da República. tchs tchs... :(

Com tanta gente no desemprego e estes sem se preocuparem com o próprio... :(

abr...prof...

A. João Soares disse...

Nuno_R,
Para eles o emprego está assegurado e, quanto ao trabalho, não é para eles. E, desde que têm televisão, nós podemos constatar que em momentos considerados de «trabalho» vemos que lêem o jornal e falam ao telemóvel!!! E tudo isso impunemente:
Via a política, que dá emprego a quem não quer ou não sabe trabalhar!!!