Como ficou dito no post Crítica positiva precisa-se, é imperioso que cada cidadão que encontre algo a merecer alteração para melhor, em benefício das pessoas em geral, deve reclamar, informar, sugerir. Dessa forma, exerce um dever cívico de cidadania colaborando no bom encaminhamento da governação para criar melhores condições de vida para os cidadãos. Muita coisa indesejável acontece porque os funcionários dos respectivos serviços não tiveram conhecimento ou porque, por comodidade ou outras razões, fecharam os olhos. Por isso, muitas situações permanecerão, com todos os inconvenientes, durante anos sucessivos, se os vizinhos, os que notarem a irregularidade não alertarem para ela.
O DN noticia uma dessas situações que, apesar de ser do conhecimento das autoridades competentes há cerca de dois anos, continua por solucionar.
A Liga Portuguesa para os Direitos dos Animais (LPDA) fez denúncia à Procuradoria-Geral da República de que num terreno do Ministério da Agricultura, uma quinta junto ao Hospital Amadora-Sintra, há algumas dezenas de animais a morrer em condições deploráveis. Trata-se de cavalos, vacas, cabras, ovelhas, porcos e muitos cães e o caso é do conhecimento público pelo menos desde 2006, data em que a quinta foi inspeccionada pela ASAE. Mas, em Outubro, foram encontrados cinco cadáveres em decomposição.
"Os moradores contam que o indivíduo que explora o local foi julgado em 2006 e impedido de continuar no negócio de carnes, tendo-lhe sido retirada a licença".
O Gabinete Médico Veterinário de Sintra, adiantou que no dia 21 de Outubro foram detectadas naqueles terrenos cinco carcaças de vacas e de um equídeo, "uma delas a ser consumida por uma porca", assim como algumas dezenas de animais vivos em más condições. O alerta tinha sido dado pela Protecção Civil, após denúncias de frequentadores do cemitério de Queluz, tendo o Gabinete ordenado e verificado a remoção das carcaças e informado a Direcção-Geral de Veterinária (DGV).
O gabinete de imprensa do Ministério da Agricultura admite que "em Novembro a DGV recebeu um relatório inconclusivo da veterinária municipal, mas só se deslocou ao local na quinta-feira (4), data em que notificou o dono dos animais para, no prazo de oito dias, proceder ao abate em matadouro de todas as espécies, excepto os bovinos, dado que tem licença para os ter".
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Alertar, reclamar, denunciar é um dever cívico
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4 comentários:
Em absoluto acordo. Parab+ens pelo Blog.
Delfim Peixoto,
Obrigado pela sua visita e pelo comentário. Refilar é preciso! As pessoas andam indiferentes, esquecidas de que Portugal é de cada um de nós e devemos procurar que se torne melhor, mais saudável para nele vivermos e convivermos.
Ajuda mais a governação uma crítica positiva com pistas para melhores soluções do que elogios seguidistas com loas oportunistas.
Dou-lhe parabéns pelo bom nível dos seus blogs, com arte e beleza. passarei a visitá-los
Abraço
João
Amigo A. João Soares
É verdade que nós portugueses, no geral, somos conformistas, aceitamos quase tudo sem reclamar, estou em pleno acordo de que é necessário reclamar do que sentimos mal ou injusto e apresentar sugestões para melhorar as referidas situações. No entanto também penso que quem pode decidir, deveria ouvir as reclamações e sugestões e levá-las a sério e implementar aquelas que resolvem alguma coisa. O que observamos é quase invariavelmente, o contrário, o "poder" faz "tábua rasa" aos protestos, reclamações e sugestões, no fundo o "poder" detesta a cidadania activa...
Temos que continuar com persistência até obtermos resultados, este é o caminho.
Um abraço
Carlos Rebola
Caro Carlos Rebola,
A cidadania activa só resulta se os cidadãos persistirem sem desistir nunca e usarem todos os meios para se fazerem ouvir.Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Claro, que os que estão sentados na cadeira do Poder não gostam de reclamações, preferem estar adormecidos pensando que são adorados e que tudo agrada aos pacóvios. Esses que não têm ouvidos nem olhos para saber o que se passa na cabeça e no coração dos populares acabam por ser vítimas de actos de violência como os da Grécia ou outros melhor organizados. Na Grécia é pena que as vítimas sejam comerciantes e proprietários de carros e de casas que ficam destruídos. Sofrem os inocentes em vez de serem os causadores do mal estar da população. A fúria devia ser dirigida contra esses e seus acólitos.
Abraço
João
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