quinta-feira, 21 de maio de 2009

Isto passa-se na área da Justiça!!!

Se dermos crédito às palavras dos políticos, parece que todos se «respeitam» mas parece também, com mais sustentação, que nenhum acredita nos outros. Basta ler os títulos da imprensa para se ficar descrente e sem esperança numa clarificação da vida nacional, ao mais alto nível. «Ministro Santos Silva diz respeitar Ministério Público». Mas, acerca do Procurador Geral da República, podemos ler que «Pinto Monteiro e Eurojust em contradição», mas se um depende do outro, porque que é que o responsável não toma uma medida correctiva? Por seu lado, «Eurojust esclarece que deixou de trabalhar no caso Freeport em Abril por já não
ser necessário
», o que faz parte da referida contradição. «Freeport: Situação de Lopes da Mota «ainda mais difícil» com retirada do Eurojust da investigação», o que pode levar a concluir que não está a beneficiar com a continuação da telenovela. Talvez tivesse sido mais prudente ter pedido a suspensão e iria assistir da bancada ao desenrolar do pleito. «Paulo Portas insiste na demissão de Lopes da Mota», mas talvez a suspensão a pedido tivesses sido suficiente porque ainda não há sentença transitada em julgado. Porém, apesar desta confusão, «Lopes da Mota diz-se de consciência tranquila», o que o irá manter no centro do palco até aos aplausos finais, se um apagão não provocar o discreto esvaziamento da sala. Entretanto, «Inspector coloca queixa nas mãos de Sócrates» para decidir se há filhos e enteados ou se a Justiça é abstracta, geral e obrigatória.

E assim vai Portugal, aquele País que foi grande por todo o mundo. Mas um mau rei faz fraca a forte gente. E não têm faltado maus «reis» nos tempos mais recentes

4 comentários:

Duarte N C Neves disse...

Caro João Soares:

Todas os pequenos excertos não revelam mais, do que o triste quadro político, que temos em Portugal, associado a uma Justiça ainda pior.
Até porque o binómio Politica-Justiça tem, desde o 25 de Abril, andado lado a lado, quase de braço dado.
As noticias postadas por si, são as que entram todos os dias na nossa casa, e já estão a ficar tão desgastadas e com as rodas dentadas quase a partirem, a entrarem em ruptura, mas lá se vão aguentando com um bocado de lubrificante, ou bafuradas de ar trazidas por outros, estes sim heróis nacionais, que fazem ainda termos alguma crença em Portugal.
Portugal, encontra-se com uma panóplia de pessoas inúteis a transbordarem por aquela Assembleia da República, que com as suas cabeçinhas já tão baralhadinhas, não sabem o que disseram ontem, nem o que dizem hoje, pondo o Povo, que já anda tão stressado com a azáfama do emprego e dos problemas com os filhos e a vida, que por vezes, já nem liga ao que todos eles dizem.
Se formos à Rua do Carmo ou ao Rossio e entrevistarmos todas as pessoas que por lá passam, nem sabem o que é o caso Freeport, quem é o Lopes da Costa, o que é o Eurojust, quem é o Pinto Monteiro, quem é o Ministro Santos Silva, o seu caso em Macau, etc, etc, etc...
É a cultura do Povo português, um povo muito brando, que apesar de estar a ser espezinhado e maltratado todos os dias, ainda vai acreditando na vinda do D. Sebastião.
Os próprios matemáticos, já têm dificuldades em calcular através de integrais e derivadas as áreas existentes neste País, portanto desconhecem já qual é a área da Justiça, bem como as outras áreas circundantes, pois elas baralham-se e eles baralhados vão-nos baralhando e pondo-nos por vezes à beira de um ataque de nervos.
O que é certo, é que ainda respiramos, portanto, é sinal que estamos vivos! e isso é BOM DEMAIS!
Um abraço.

Duarte Neves

A. João Soares disse...

Caro Duarte Neves,
Estarmos contentes só por ainda vivermos não é grande satisfação. Encontrei há pouco este pensamento
Quando nos damos conta de que estamos num buraco, o melhor que temos a fazer é parar de escavar.agente da polícia de investigação
num episódio de (CSI) Crime Scene Investigation
Temos que parar de escavar. Temos que inverter a marcha e voltar a subir, a trepar.
Será que teremos gente capaz de recuperar o nosso País??? A vida é como os alcatruzes da nora descem e sobem alternadamente. As próximas gerações têm que arranjar forças para atacar a subida com folgo para chegar ao cume seguinte.
Um abraço
João

Duarte N C Neves disse...

João:

Da forma como isto anda, não sei se haverão gerações futuras. A ver vamos!...
Por isso é que eu digo: Ainda é bom respirarmos, é sinal de que existe vida.
Qualquer dia, estamos aqui muito bem, nesta troca de palavras amigas e sinceras e um maluco qualquer do outro lado do Oceano, carrega no botão e,...
apagou-se, morremos todos!
É por este momento que eu estou sempre à espera, porque, por mais que a gente não queira, eles andam aí!...
Um abraço:
Duarte Neves

A. João Soares disse...

Meu caro,
Para quê tanto pessimismo? Não é saudável. Sempre houve perigos considerados muito graves e a humanidade tem sobrevivido. Confio muito na imagem que dei dos alcatruzes da nora e começa a haver sinais de jovens com muita genica mental. Eles hão-de dizer uns palavrões contra as gerações dos pais e dos avós e começar a alterar tudo o que consideram impróprio para eles e os seus filhos serem felizes.
Confie nisso e vá estimulando esse interesse nos jovens. Tenho aqui realçado todos os sinais de que tenho conhecimento. Há muito actual estudante com cabeça para fugir aos chavões dos actuais vendedores da banha de cobra.
Um abraço
João