Há três dias publiquei aqui uma referência a um cientista do sector da das ciências biomédicas com o que me senti muito feliz. Hoje volto com outro nome, também no mesmo ramo do saber.
O Dr. José Silva, biólogo português, de 35 anos, do Centro para a Investigação de Células Estaminais da Universidade de Cambridge, em Inglaterra, publicou na edição online da revista norte-americana “Cell” a descoberta a que se refere o artigo «Português descobre gene crucial para transformar células adultas em estaminais embrionárias», fruto de 5 anos de estudos intensos feitos com muito interesse e dedicação. Quanto aos pormenores científicos, sugiro os interessados a lerem o artigo, para o que basta fazer clique no título aqui deixado.
Estes dois casos como outros aqui referidos, são excepção à regra geral definida por José Gil quando afirma que os portugueses têm tendência para a inserção sem grande apetência para a criatividade e a inovação. Realmente, vivemos muito presos ao passado com orgulho nos descobrimentos (como se nos últimos cinco séculos nada tenha havido de bom) e, apesar de ultimamente terem sido publicados muitos livros, nada surge de inovador, voltado para o futuro. Na sua maioria, são livros de recordações e memórias, por vezes vistas por uma óptica distorcida e muito parcial, expressando ódios e rancores com tricas e coscuvilhices em demasia. Mas nada de soluções para o futuro de aproveitamento das poucas potencialidades económicas a anímicas que possamos ter, nada de projectos de modernização bem ajustados às realidades nacionais para serem viáveis e eficientes.
O exemplo destes cientistas e de jovens estudantes que têm evidenciado valor a nível internacional, devia ser seguido por políticos e pensadores que se preocupam com a vida das gerações mais novas, os cidadãos de amanhã. Para sair da actual pasmaceira política do «cada vez mais na mesma», sem cérebros válidos a pensarem no futuro do regime, apenas ouvi há dias o Dr. Medina Carreira a sugerir um tipo de programa de governo e de equipa governamental muito em sintonia com o esboçado no post «código de bem governar».
O almirante e o medo
Há 2 horas
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