segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Nobel da Paz 2009

A atribuição do Prémio Nobel da Paz a Barak Obama não premeia uma acção realizada, uma obra completa, quando muito pode constituir um estímulo um apoio para que sejam concretizados desejos manifestados, intenções de restaurar a paz no mundo evitando conflitos armados destruidores e, principalmente, um holocausto nuclear.

Poderá ser uma forma de obrigar Obama a não retroceder na via diplomática do diálogo e negociações para o entendimento pacífico entre as Nações. Mas a ausência de guerra depende muito das iniciativas dos EUA, pois a eles se devem as actuais guerras no Iraque e no Afeganistão que só têm destruído património cultural e histórico, eliminado muitas vidas e desorganizado países que têm direito à vida. Nada de positivo ocorreu depois de vários anos de guerra, a não ser para os negócios de armamento e de equipamentos bélicos.

A boa vontade para evitar uma guerra nuclear, a desnuclearização do mundo, não se consegue através de sanções à Coreia do Norte e ao Irão mas, começando por desmantelar os arsenais dos poderosos (EUA, Rússia, China, França, Israel, etc.). Se as armas nucleares são perigosas é preciso destruir as existentes, antes de evitar que sejam criadas novas. Esse bom exemplo ainda não mostrou sinais de aparecer com seriedade.

Esperemos que o recente laureado com o Prémio Nobel da Paz encare honestamente essa solução, juntamente com outras que dêem ao mundo uma nova era sem guerras, substituindo-as pelas boas relações diplomáticas e que as vultosas verbas gastas com material militar sejam orientadas para a alimentação dos esfomeados e para maior justiça social e felicidade dos povos.

Um esclarecedor artigo sobre Barak Obama e o Nobel pode ser lifdo no «El País»,
Obama: "Una llamada a la acción"

3 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Este Nobel faz-me lembrar muitos fos louvores que li em Ordens de Serviço militares, a vários níveis. Quantas vezes eles eram a antítise do louvado! Mas pretendia-se, com esta artimanha, comprometer o indivíduo com o que vinha escrito no texto.
Por exemplo, se o militar não era pontual, louvava-se pela sua pontualidade e ele passa a aparecer a horas...

Quanto ao Obama, penso que não precisava de tal expediente.

A. João Soares disse...

Caro amigo Vouga,
Aqui nem é uma antítese, mas um incentivo uma pressão para que actue de acordo dom o que mostrou desejar. Uma armadilha que servirá de motivo para futuras críticas na medida em que não satisfaça todas as expectativas criadas!!!

Um abraço
João

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Como afirmei, Obama não precisa desses incentivos e, implicitamente, não está incluído na dita antítese. Mas o princípio é o mesmo: pressionar a pessoa.
Apenas aproveitei para relembrar velhos tempos...