domingo, 4 de outubro de 2009

Professores prestigiados em Espanha

“Ao serem reconhecidos como autoridade pública, os professores – tal como os juízes, polícias, médicos e pilotos e comandantes de navios – contam com uma protecção especial. A agressão a um professor está tipificada pelo Código Penal como atentado contra a autoridade

“Além de serem autoridade pública, têm presunção da verdade, o que significa que a sua palavra tem mais valor do que a de outro cidadão”

NOTA: Os dois pequenos parágrafos traduzidos do castelhano foram transcritos do blog Sempre Jovens. Evidenciam que a Espanha, apesar de ter no Governo um partido de cor igual à do partido do Governo português, tem uma noção muito real e autêntica da importância do ensino na preparação do futuro do País. É na escola, quando as crianças aprendem os primeiros passos na convivência com os outros que se deve aprender o civismo, o respeito pelos direitos dos outros, o sentido do dever e da responsabilidade, a importância do trabalho, da perfeição, da excelência, do cumprimento de prazos, de pontualidade, etc.

Por cá, pelo contrário, não se respeitam os professores e eles usam da maior lassidão, aceitação, excessiva tolerância, permissividade, que tem como efeito a impreparação das crianças para uma vida digna, feliz e produtiva. Iniciam a vida com ideias e hábitos desajustados ao progresso e ao desenvolvimento.

Há pouco tempo ouvi na TV um empresário queixar-se de que a produtividade da empresa não poderia melhorar muito por carência de profissionalismo, de sentido da responsabilidade, de ausência de gosto pela perfeição, pela na excelência, do pessoal a todos os níveis. O lema do português fica bem expresso naquilo que Elisa Ferreira respondeu a uma florista no mercado, referindo-se ao seu papel no Parlamento europeu: é um trabalho sossegadinho e bem pago.

E esse empresário atribuía as culpas ao papel das escolas em que não se criam bases para desenvolver qualidades válidas nos futuros obreiros de Portugal. Sem profissionalismo responsável, sem obediência a regras, não se pode ir longe. E é na Escola que deve começar a mudança da cultura nacional, da mentalidade das pessoas, de procurarem merecer aquilo de que necessitam para viver sem estarem à espera do subsídio e do apoio dos outros, através do Estado, da Segurança Social.

E para começar, a mudança tem de ser feita nas escolas, no papel dos professores que têm forçosamente de ser prestigiados e apoiados, como está a ser feito em Espanha. É certo que antes de entrarem na escola, as crianças já devem possuir hábitos salutares, mas a realidade mostra que muitos pais os não possuem e não podem ensinar o que não sabem nem praticam. O mal vem detrás e, agora é preciso arrancar para a boa rota com a acção educativa dos professores. Oxalá Portugal aprenda com a Espanha.

5 comentários:

A. João Soares disse...

São frequentes as notícias de falta de respeito aos professores. Hoje no Correio da Manhã, vem a notícia da agressão a um professor na escola profissional da fundação Mariana Seixas, em Viseu , Professor agredido por aluno.

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Deve estar a brincar comigo. A Espanha, apesar de ter um governo de chancela socialista, é um país retrógrado que ainda não viu que o progresso consiste em destruir tudo e todos. Há que acabar com o bafio dos sistemas de ensino caducos, baseados no saber e na competência. Há que tirar toda a autoridade aos professores e reduzi-los a meros sopeiros dos alunos.
O próprio "engenheiro" provou que isto de diplomas é uma chinesisse. Não precisou de sentar o cú nas aulas todas para chegar a PM.
O que é preciso é dar o canudo de qualquer forma (ou acabar com ele) para que a nossa juventudo vá de cabeça erguida para o mercado de trabalho.

A China do grande sábio investigador Mao-Tse-Tung é um exemplo. Lá, com a célebre revolução cultural, os alunos foram incentivados a bater nos professores e colocá-los de pés descalços a plantar arroz. Isto quando não eram seviciados em plena praça pública.

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga,

Costumo responder a todos os comentários, mas desta vez fico sem inspiração, para aprovar ou contrariar argumentos tão lógicos vindos de um influente assessor do Governo que temos tido. Mas, vendo bem, não são argumento teóricos mas uma visão atenta e realista daquilo que se passa no nosso PRAEC (Processo Revolucionário AINDA Em Curso).
Onde chegaremos com esta pedalada???
Que nomes feios os nossos netos e bisnetos chamarão às gerações dos pais e avós?
Nem a Senhora de Fátima nos conseguirá salvar deste tsunami permanente.

Um abraço
João Soares

Mentiroso disse...

Não é uma maneira de resolver este caso. Se os exemplos de espanha fossem bons, certamente ela não estaria na cauda da Europs, tão perto de nós. Tentar resolver este caso dessa forma é idêntico a pôr mais polícias na rua para acabar com o crime. A solução radical seria matar os pais logo à nadscença dos filhos e educá-los por pessoas capazes dessa função essencial. É nos pais (ou na mentalidade geral) que residem todos os problemas com as crianças. elas não nascem assim, fazem-nas. Por isso que a solução é uma mezinha.

Por que continuar a copiar o que está mal, tanto dos países mais trasados como até procurar nos mais avançados o pouco que têm de mal para o transferir para cá? Por que persistir sempre no mesmo em lugar de copiar o que está provado ter dado bons resultados?

A questão dum governo ser dum pattido ou doutro, para este assunto não faz grande diferença. A maioria dos governos têm sido do pSD e do PS e não se tem visto diferenças. Cada um deles se dedicou à destruição do ensino, qual deles o piot.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.