terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Elite e a arraia miúda

Escreva aqui a primeira parte do artigo

Transcrevo este artigo do JN de hoje, porque sinto que o caso focado tem um significado mais extenso, sendo mais um sintoma daquilo que está a ser esboçado, de forma um tanto difusa, para a sociedade moderna, como refiro na Nota final.

Os "essenciais" e os outros
JN. 091103. 00h44m. Por Manuel António Pina

Depois dos deputados, também os funcionários dos partidos foram considerados pela Direcção-Geral de Saúde (DGS) "imprescindíveis" para o "normal funcionamento da sociedade" e, por isso, incluídos na 1ª fase da vacinação contra a Gripe A, à frente de doentes crónicos, grávidas, profissionais de saúde em contacto directo com doentes, crianças, etc., que, sendo "substituíveis", terão que esperar pelas fases seguintes, rezando para que o vírus use os mesmos critérios da DGS e não se lembre deles.

Compreende-se que gente dos partidos e deputados sejam, como diz a DGS, "essenciais ao normal funcionamento da sociedade". Pode perguntar-se é como, sem padeiros que lhes façam o pão, sem motoristas que os levem ao Parlamento e às sedes, sem pessoal das águas e da electricidade que lhes garanta o banho diário, a energia para os computadores e a luz para estudar os dossiês, sem educadoras e auxiliares de infantários que lhes tomem conta dos filhos enquanto trabalham e toda a mais gente não "imprescindível" nem "essencial ao normal funcionamento da sociedade", uns e outros poderão cumprir as suas funções.

NOTA: Como o autor evidencia, é difícil e não deixa de ser injusto, dividir a sociedade em elite e arraia miúda, em essenciais e os «outros», em activos e pensionistas, em saudáveis e em doentes, em bons e em maus. Há poucos meses, houve um dirigente histórico e ainda com poder de opinião no partido que apresentou uma proposta sobre a eutanásia, ou talvez a máscara suavizante do suicídio assistido, as pensões e outros apoios a pensionistas têm sofrido consecutivos «apertos de cinto», as medidas de saúde para doentes com doenças prolongadas são insuficientes.

O panorama que pessoas pensantes está a recear é que seja ainda nas suas vidas que comece uma discreta eliminação dos não activos, para aliviar o serviço de saúde, as despesas de assistência social, as reformas, os lares do Estado, etc. E os avanços das ciências biológicas do domínio da engenharia genética vão facilitar as decisões semelhantes à da vacina, de separar os «essenciais» dos «outros», isto é, o oligarquia política e a plebe, aqueles a quem é reconhecido o direito de imunidade e impunidade para cometerem todas as aldrabices e os «outros», sem apoios, abandonados e explorados e que pagarão cada vez mais multas para que os polícias sejam bem avaliados para progresso na carreira.

Os «outros» que acordem e que manifestem a sua discordância!!!

4 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Duvido muito que a vacinação seja um benefício.
Este tipo de ameaças não tem nada de novo. Porém, somos levados a crer que há algo de obscuro em todo o processo. Demasiada propaganda, recusas de alguns profissionais de Saúde, diferente critérios de país para país, denúncias de perigos para a saúde dos vacinados feitas por antigos responsáveis.
Uma coisa é certa: os fabricantes das vacinas vão facturar fortunas. E, como onde há muito dinheiro há muita corrupção, a desconfiança é mais do que legítima.

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

Se esta pandemia não é um pretexto para melhores negócios, parece.
Mas o que tem piada e é chocante é a discriminação entre os nobres e a plebe. Porque não consideraram prioritários os motoristas dos transportes públicos, o pessoal dos supermercados e restaurantes, os operacionais dos serviços públicos, os professores os médicos e enfermeiros?
Os deputados se estiverem doentes uma semana ou um mês nada prejudicam ninguém, o mesmo acontecendo se morrerem metade, com a pandemia! E os milhares de assessores muito menos falta fariam.
Aos políticos é desejável que tenham o eterno «descanso» a breve prazo.

Um abraço
João

Anónimo disse...

Sr. João Soares,passo por aqui algumas vezes porque encontro temáticas militares. Peço desculpa se vou fugir um pouco ao tema deste seu comentário, mas não posso deixar de rir, como militar no activo que sou, embora aqui escreva anonimamente, como é óbvio,sobre o tema homofóbico nas fileiras. Não sou homossexual, mas se vos contasse o que sei ou já vi, rir-se-iam que nem perdidos. Aliás os mais carunchosos são os que mais têm que se lhe diga. Querem esconder o impossível.
Bem, td isto para vos trazer um artigo que vem no Washington Post:

Gays and The Military: A Bad Fit

With the nation engaged in two wars and facing a number of potential adversaries, this is no time to weaken our military. Yet if gay rights activists and their allies have their way, grave harm will soon be inflicted on our all-volunteer force.

http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2009/04/14/AR2009041402704.html

Este artigo é assinado pelos distintos navegantes de outra Galáxia:
Retired Army Gen. James J. Lindsay was the first commander of U.S. Special Operations Command. Retired Adm. Jerome Johnson was vice chief of naval operations. Retired Lt. Gen. E.G. "Buck" Shuler Jr. was commander of the Strategic Air Command's 8th Air Force. Retired Gen. Joseph J. Went was assistant commandant of the Marine Corps. They are founding members of Flag and General Officers for the Military.

FZE

Anónimo disse...

Isto é uma palhaçada. Já perguntaram ao vosso médico se vai tomar e se recomenda a vacina? Eu já. E foi-me dito que não havia ainda testes suficientes que garantissem a qualidade desta vacina. Quanto aos funcionários dos partidos acho muito bem que tomem a vacina.Aquilo por lá anda tudo ifestado, mas não é de HN1, é de corrupção. Talvez uma vacina de cianeto ajudasse a limpar os vírus partidários.
Cada vez me convenço mais que o país precisava de seis meses sem democracia, mas não era com a MFL, era com o Louçã.

Logo veriamos o que aconteceria aos tachos. Pelo menos mudavam de cadeirinha...

Eu não tomo a vacina.

Um abraço

Jorge M.