A crise continua. Os poderes que são parte do problema teimam em querer ser parte da solução, mantendo tudo na mesma. É preciso pensar antes de decidir e já surgem pessoas com mente válida a pensar e a mostrar a urgência de encarar a sério a situação e a procurar uma estrutura diferente, que dê mais garantias às pessoas e às diversas actividades realmente produtivas. Manuel Maria Carrilho fala da necessidade de se realizar a metamorfose para um futuro diferente e melhor para os vindouros. Daniel Bessa também se pronuncia sobre a mudança. O presidente da AMI também. e agora o jornalista e escritor Manuel António Pina escreveu este interessante artigo
Eles têm a solução
Jornal de Notícias 15 de Janeiro de 2010. Por Manuel António Pina
O ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos pediu para ser recebido em Belém onde foi levar a solução que a brigada bancária de minas e armadilhas tem para a tal "situação explosiva".
Para pagar a factura económica dos milhões dos contribuintes que o Estado meteu nas mãos da banca tentando apagar o fogo que ela, banca (e as agências de "rating" que agora dão conselhos aos governos para superar a "crise") atearam, a solução da banca é a de sempre: trabalhadores e classe média que paguem.
Também o governador do Banco de Portugal, cuja desregulação permitiu entre nós situações como a do BPN e BPP, tirou ontem o coelho de sempre da pouco imaginativa cartola, o da contenção salarial.
Obviamente, nem a Salgueiro nem a Constâncio ocorreram as escandalosas taxas de IRC que a banca continua a pagar, os prémios não menos escandalosos que os banqueiros continuam a atribuir-se ou a tributação das mais-valias da especulação bolsista e imobiliária. Diz despudoradamente Salgueiro que os governos "deram menos aos portugueses do que estes gostariam". É fácil imaginar de que portugueses fala.
NOTA: São os autores da crise financeira global a quererem impor soluções que, se forem adoptadas, em breve darão crise ainda pior se for possível ser pior! Urge rever o Sistema que você aceitou por contrato. Esperemos que as camadas mais jovens encarem desde já a construção do seu futuro. Geração perdida? Não.
A Decisão do TEDH (403)
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