José Maria Martins é um homem com ideias bem esclarecidas, frontal e patriota que merece ser ouvido e ter a nossa esperança de que venha a contribuir para evitar que Portugal atinja uma situação catastrófica, sem regresso.
É certo que, durante séculos, o Poder e as suas alterações eram obra de uma pequena minoria que impunha as suas decisões à massa populacional que, feudalmente, se submetia aos destinos que lhe eram impostos. Porém, os ideais dos tempos presentes estão condenados ao insucesso se não tiverem o apoio activo da generalidade da população. E ela, quando bem motivada, sabe organizar-se e produzir resultados que pareciam impossíveis. Foi o caso da recente campanha de LIMPAR PORTUGAL que criou núcleos em todas as freguesias e conseguiu pôr em cheque a incompetência, a incapacidade, o desleixo, a irresponsabilidades e outros vícios das autarquias que deixaram chegar o ambiente a um estado deplorável e, dessa forma colectiva, mostrar que o povo pode pode estar consciente do efeito da sua força.
E a campanha LIMPAR PORTUGAL foi desenvolvida à margem de organizações ecológicas, que se revestem de teorias douradas com palavras indecifráveis pela população e que se mostraram incapazes de evitar a proliferação de lixeiras por todo o lado e de exigir às autarquias a sua limpeza. Ficámos a saber que são um bluf de pretensos intelectuais que desprezam as realidades do terreno.
Isto serve para alertar a FE para que, se queremos alterar uma situação, não podemos usar os métodos já desacreditados pelo poder ainda vigente. Há que criar algo de novo, usando ferramentas novas. E a ferramenta usada por LIMPAR PORTUGAL mostrou ser eficiente. Foi uma operação que nasceu por baixo, definiu objectivos, planeou, programou, apoiou-se logisticamente e executou de forma eficiente, apesar da criminosa indiferença de algumas autarquias que continuaram a mostrar o nada que valem.
Este exemplo pode ser utilizado pela FE: não se deixar prender a «intelectuais» que só querem mostrar a face e criar fama, sendo indispensável trabalhar as bases, mas as que não estejam amarradas aos partidos, àqueles que votaram unanimemente a lei do financiamento dos partidos.
A sociedade tem que se organizar para ter força, e tem que romper com os métodos já viciados pelo actual sistema. E enquanto não houver mudança deste, é preciso não hesitar em DENUNCIAR activamente, com o máximo de public8idae, as irregularidades, imoralidades, desleixos do Poder, obrigando a correcções do rumo do País, nos mínimos pormenores. É preciso fazer a lista das lixeiras, dos podres que infectam o pântano em que nos atolaram. É preciso desenvolvar as pequenas acções que contribuam para LIMPAR O PAÍS. Não esquecer que os grandes resultados resultam de pequenos gestos, persistentes, insistentes repetidos, com convicção, começando nas realidades locais.
O diagnóstico da doença do País está feito por várias pessoas de pensamento honesto e patriótico, e a terapêutica está esboçada, estando à espera de ser aplicada, com discernimento, sensatez e coragem para controlar e evitar desvarios provocados pelos viciados no actual Poder e dele beneficiados.
Aconselho que se ouçam atentamente e se meditem as palavras de José Maria Martins.
António José Seguro
Há 13 minutos
2 comentários:
Caro João Soares
Há muito tempo que acompanho o blogue do dr. José maria Martins.
Concordo consigo. É patriota, corajoso e não tem papas na língua. Nesses aspectos devemos-lhe muito.
Mas parece-me que isso não chega para ocupar um lugar cimeiro na governação. Ter-se capacidade para denunciar não quer dizer que se tenha capacidade para governar.
Acho-o por vezes pouco consistente, um tanto agitador panfletário e, quanto a mim, fala demasiado.
E lá diz o ditado: "quem muito fala pouco acerta".
Caro Vouga,
Creio que não se trata de candidatura a governante. Para tais cargos prefiro pessoas com muito menos de 50 anos. A pouca idade dá mais garantia de pureza e isenção dos vícios e das manhas que colocaram Portugal no Pântano. Um indivíduo com mais de 60 está-se nas tintas para o futuro (daqui a 10 ou 20 anos já nada me interessa e quem cá ficar que se lixe). Os mais novos têm o futuro à frente e beneficiarão mais do seu esforço para fazerem ressurgir Portugal.
Concordo com ele, em se denunciar tudo o que não está bem, exigir remodelações e atribuir responsabilidades a quem jurou governar. Os governantes só actuam sob a pressão do povo e é preciso abanar a as pessoas para acordarem, terem espírito crítico positivo e construtivo.
É imperioso que se recupere o sistema da Justiça para combater a corrupção e o tráfico de influências, a Educação para ensinar as pessoas a raciocinar e a gerir a própria vida, evitando o consumismo a dependência do crédito e o endividamento excessivo. Ensinar ética, civismo, respeito pelo ambiente e pelos recursos colectivos, etc.
É preciso ter em atenção os mais importantes recursos nacionais, as pessoas, que devem abrir os olhos e aprender a intervir positivamente na vida pública, organizando-se e esclarecendo-se. Não podem ficar em casa a olhar apalermadas para os políticos palavrosos que aparecem na TV a vender promessas.
Sem isso, Portugal continua a correr a passos largos para uma situação catastrófica, em todos os sectores.
Abraço
João
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