Tenho aqui dado realce a todos os casos em que jovens responsáveis desejam preparar um mundo melhor, aquele mundo em que irão viver. Pretendem preparar a cama em que se vão deitar.
Agora surge no DN a notícia «Jovens preenchem tempos livres a ajudar em associações» em que vemos que «o movimento associativo tem cada vez mais influência em Portugal, como provam as 340 associações criadas no ano passado (existem 1613 no País) e a crescente aposta do Governo nas organizações juvenis e estudantis».
Cerca de um milhão de jovens têm dedicado parte do seu tempo livre para ajudar, realizando trabalho meritório em prol das escolas, das pessoas carenciadas, da formação cívica entre tantas outras áreas em que actuam, sempre em regime de voluntariado.
Há associações que trabalham também no sector social: "todos os meses recolhemos roupa para depois entregarmos aos sem-abrigo no Campo Grande." Outras trabalham muito com populações carenciadas, filhos de imigrantes, mas não só, pois também tem vários portugueses. "Apostamos essencialmente na música e no desporto como forma destes jovens se relacionarem com pessoas de outras nacionalidades, de outras raças".
Ajudar não é apenas dar esmola mas principalmente a facilitar a resolução de problemas e de situações. Estas actividades contribuem também para o objectivo de melhorar a forma como os jovens se relacionam, desenvolver o sentido de responsabilidade, a capacidade de liderança de comunicar directamente com outras pessoas, de interagir com a comunidade.
Estas actividades têm potencialidades que complementam o trabalho social das escolas e a educação recebida em família, preparando os futuros adultos para uma vida em que não sejam vítimas do apego patológico ao dinheiro como deus único na vida, gerador de crises graves, como infelizmente hoje acontece. O voluntariado merece apoio e aplauso.
Imagem do Diário de Notícias.
Miguel Sousa Tavares - Uma opinião corajosa
Há 5 horas
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