sábado, 21 de agosto de 2010

Despesas públicas descontroladas

Os desmandos na gestão financeira do Estado estão a tornar-se uma doença crónica que resiste a qualquer radioterapia ou quimioterapia. Há precisamente dois meses alertava-se que se devia «Reduzir o défice controlando as despesas», mas o descontrolo, a «balda», o desrespeito pelos dinheiros públicos, na generalidade dos sectores públicos, continua num crescendo patológico.

As notícias de hoje são deveras alarmantes e ninguém decide correctamente, para inverter esta queda que parece imparável. O País está desgovernado, sem leme, à deriva, ao sabor de ventos e marés. No DN lê-se «Despesa do Estado aumenta 5,7%», no JN encontramos este título «Despesa do Estado ainda sobe mais do que a receita», O Ionline titula «Estado tem mais receita, mas despesa cresce 40% acima do previsto» e no Público, lemos «Subida das receitas fiscais não evita agravamento do défice até Julho».

Será uma cabala de todos os jornais? Ou será a comprovação da incapacidade de os actuais governantes respeitarem o dinheiro público que sacam sem hesitações aos que mais necessidades passam. Despesas, com compadrios e tachos para todos os familiares e amigos, coniventes e cúmplices, para comissões e institutos nascidos por capricho, sem finalidade, objectivo e tarefas definidas, financiamento de fundações, sem fiscalização nem controlo, mordomias, carros novos, sem serem necessários para a eficiência das funções, vaidades, arrogâncias. Apesar dos aumentos dos impostos, sob o pretexto da crise, continuam a gastar como se estivéssemos em tempo de vacas gordas.

Porque não se reduzem as despesas? Porque não fazem uma cura de emagrecimento no Estado, nas autarquias, reduzindo a burocracia, a quantidade de inúteis que vivem à custa do orçamento? Porque não simplificam? Há famílias que vivem com pouco e não têm dívidas e há outras com grandes rendimentos e mordomias que estão praticamente falidas, porque não controlam as despesas contendo-se dentro dos limites sensatos do rendimento. De forma semelhante,é preciso que o Estado seja gerido por pessoas que tenham noção da mais simples aritmética, do «deve e haver», somar e subtrair.

Para onde estão a levar o nosso País que já foi grande e era exemplo para o mundo mais evoluído?

Imagem da Net.

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