Depois de tantas falhas, erros, enganos, fantasias, com recuos ou sem eles, parece que a crise política irá ter um epílogo. Oxalá os tempos mais próximos sejam melhores. Cá estaremos para observar.
O actual PM com a sua habitual vitimização não pode ocultar do povo mais atento que a causa da actual crise foi apenas sua, não apenas pelos antecedentes de há mais de um ano, mas principalmente, pelo erro crasso de ter tomado decisões muito graves que, apesar de exigirem a aprovação do PSD, não ter havido o cuidado de serem preparadas em contacto com a direcção deste a fim de evitar a sua discordância total e aparentemente irredutível.
Esta atitude autocrática de autoritarismo e arrogância, desajustada numa democracia, por um governo que não tem garantido o apoio de maioria parlamentar, mais parece própria de uma ditadura, Kadafiana. Foi uma agressão violenta contra os interesses nacionais, a juntar a muitas atitudes anteriores que desprezaram a função de bem governar um País com os seus cerca de dez milhões de habitantes. A falta de noção das realidades nacionais, mais uma vez, foi bem notória.
Neste momento o PR não poderá fazer muito, já que não mostrou, em várias oportunidade, ter coragem semelhante à de Jorge Sampaio quando demitiu Santana Lopes.
Oxalá os tempos que se seguem sejam de maior patriotismo, sensatez e mais voltado para as realidades do rectângulo que gostaríamos voltasse a ser um «jardim á beira-mar plantado»
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Política espectáculo
Há 7 horas
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