O Bloco de Esquerda quer uma auditoria às contas da dívida pública, o que constitui mais um dos muitos incentivos do BE para a moralização da política nacional.
Mas não esquecer que deve também haver uma auditoria rigorosa às contas do défice para esclarecer onde foi gasto o dinheiro dos impostos. O défice é igual ao resultado(resto) negativo de uma subtracção em que o aditivo (receitas do Estado) é inferior ao subtractivo (despesas públicas). Esta aritmética básica parece não estar nos conhecimentos dos responsáveis políticos.
Porque gastaram mais do que aquilo que o Estado recebeu dos nossos impostos?. Porque viveram acima das nossas possibilidades? Porque não têm a frontalidade, a coragem da verdade de informar a Nação, do destino do dinheiro dos impostos e esclarecer da inevitabilidade de tais despesas e da sua rentabilidade para os interesses nacionais?
E é oportuno transcrever parte de um e-mail há pouco recebido, acerca das condições de trabalho dos deputados britânicos:
Os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos":
1. Não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2. Não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3. Não têm residência paga (pagam pela sua casa em Londres ou na província);
4. Pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo qualquer trabalhador;
5 . Não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento;
6. E o seu salário equipara-se ao de um chefe de secção de qualquer repartição pública.
Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo.
Imagem do Google
terça-feira, 12 de abril de 2011
BE quer auditoria às contas da dívida
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4 comentários:
Só espero que a auditoria não seja feita pelo BE, aquele partido que tem um líder (Francisco Louçã) que num debate com o actual Primeiro Ministro (para as últimas legislativas) propôs que os manuais escolares fossem gratuitos, e não soube contrapor quando o PM disse que isso ia levar a um aumento de impostos porque deixavam de poder deduzir 30% das despesas com os livros no IRS.
Para conhecer as intenções do Louçã em lugar do que ele apregoa, veja-se o programa do BE em http://www.bloco.org/media/programabe.pdf, sobretudo as págs. 50-52.
Uma coisa não se consegue compreender no comentário anterior. Como descontar 30% sobre algo gratuito? Quanto é 30% de zero?
Não era 30% de algo gratuito. O argumento do nosso ex-PM era que se fossem gratuitos, as empresas deixavam de ter despesas com os livros e assim deixavam de poder descontar 30% destas no seu IRS.
A questão é que é preferível os livros serem gratuitos, do que descontar 30% do seu custo (caso não o sejam) no IRS, e o Prof. Universitário Francisco Louçã não soube contra argumentar.
Isso para mim diz tudo.
Ninguém é perfeito e a coerência não é omnipresente.
Mas deve haver coerência, racionalidade e a preocupação de colocar sempre os interesses nacionais acima dos interesses provados e individuais.
Abraços
João
Sempre Jovens
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