Segundo o bastonário dos psicólogos os políticos não estão a ajudar a vencer a crise. O fenómeno «crise» já está estudado e sabe-se que as crises, “são momentos que deixam as pessoas com demasiadas incertezas, e é essa incerteza que afecta psicologicamente, porque achamos que tudo está dependente dos outros”. As pessoas precisam ser estimuladas para sair delas. É preciso apontar-lhes caminhos a seguir, é preciso sugerir soluções.
O que falta nestas alturas é confiança. Só vamos para um caminho novo se tivermos confiança”
Mas os políticos não têm capacidade de liderança, não têm o dom de conseguir levar as pessoas a acreditar, antes as levam para a incredulidade, a desconfiança. “Em vez de apontarem caminhos, repetem o discurso da crise e insultos” entre si. “Quando se confia no líder, deixa de haver incerteza, há mobilização”. Precisamos de líderes, porque “as pessoas não vão por novos caminhos se desconfiam de quem os guia”.
“Repetem até à exaustão as causas da crise, mas não apontam caminhos, falam na necessidade de se fazer sacrifícios, mas explicam pouco que consequências vão ter esses sacrifícios, que resultados vão dar, que caminho vamos seguir. E com este discurso as pessoas não se mobilizam, há muita incerteza, há desmobilização”.
Só havendo confiança, uma crise depressa deixará de ser uma situação desgostosa para se transformar em momento de oportunidade para melhorar deficiências estruturais que vinham do passado e evitar a repetição das debilidades.
É pena que a campanha eleitoral não esteja orientada segundo estes princípios e aponte caminhos, estratégias, projectos que inspirem confiança e atraiam as pessoas para a acção no melhor sentido, para bem de Portugal e dos cidadãos. Em vez disso, assiste-se à troca de insultos e de críticas nada edificantes que contrariam a conveniente criação de um clima de esperança que contribua para o necessário espírito construtivo.
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A Decisão do TEDH (396)
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