Duas notícias mostram efeitos da crise alargada que nos está a esmagar. O facto de se referirem a sectores diferentes faz pensar.
Retirando lições da crise e procurando tornar a empresa mais rentável, a construtora «Soares da Costa prepara reestruturação que pode eliminar até 900 postos de trabalho». É um sinal preocupante pois mostra que vai ser reduzida a actividade de um sector que contribui para a riqueza nacional, o aumento da comodidade e bem-estar dos cidadãos e a melhoria do património habitacional e das obras públicas. Empresas que produzem bens e que exportam bens ou serviços, quando reduzem a actividade, empobrecem o pais.
Também a britânica «BBC vai acabar com 2000 postos de trabalho até 2017», para reduzir custos de funcionamento o que leva a fechar algumas redacções e reduzir alguma programação. Embora a divulgação de informação e de cultura seja indispensável na vida corrente, pode haver muitos cortes inofensivos para os «clientes». Será bom motivo para seleccionar os programas mais adequados à formação da sociedade de amanhã e eliminar os que corroem as pessoas estimulando a violência e as acções menos éticas e de solidariedade. Encontra-se já muita gente que diz não ver TV e que considera prejudicial que os jovens percam tempo em frente do ecrã.
Outra diferença entre estes dois casos, é que nos 900 trabalhadores da construtora a maioria são pessoas de fracos recursos, enquanto na BBC, entre os 2000, encontram-se muitos com salários exorbitantes, muito acima da média e que, por outro lado, têm facilidade em encontrar alternativas e usar a sua criatividade em ramos paralelos.
É conveniente ter atenção aquilo que afecta as pessoas e garantir a sua sobrevivência em condições humanamente aceitáveis.
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