terça-feira, 4 de outubro de 2011

Justiça Igual para todos

Em Democracia a lei é abstracta, geral e obrigatória pelo que a justiça é igual para todos e, muitas vezes, a função ou cargo exercido pelo arguido constitui um factor agravante dada a maior responsabilidade que dele advém.

Vem isto a propósito da notícia «Islândia: Ex-primeiro-ministro senta-se mesmo no banco dos réus» que vem estabelecer um grande contraste com o ocorrido há dias com o presidente da Câmara de Oeiras e com muitos casos em que houve políticos altamente colocados em quem recaiam graves suspeitas, mas que , para espanto geral, ficaram incólumes enquanto a tempestade ia amainando.

Em questões de crise e de «rating», há países que ficariam muito mal classificados se houvesse avaliadores que atribuíssem «rating social» .

Imagem do Google

4 comentários:

Mentiroso disse...

Não se pode provar facilmente a culpa do Isaltino, mas tudo o que se conhece sobre ele o acusa mais que com evidência.
O que se deve ainda lembrar sobre este caso é a irresponsabilidade de quem, por profissão, devia ter mais que qualquer um em qualquer país e que em Portugal mostra os sabujos que são os juízes, para além de calões, como reconhecido na UE. Doutro modo, como se compreende ou poderia justificar as ordens dos tribunais, opostas, como está a suceder no caso do Isaltino. A justiça mostra de novo a enxovia dos tribunais que apenas serve para não haver justiça e justificar que tantos prefiram fazê-la pelas próprias mãos. Esta bandalheira já vem de muito longe e é com imenso atraso que há pouco se começou a falar mais.

A. João Soares disse...

Caro Mentiroso,

É preciso realmente chamar os nomes aos bois, como se diz na agricultura. É necessário que se observe a vida nacional e se realce as falhas notadas, a fim se serem remediadas, e evitada a sua repetição.
É pena que os jornalistas, imitem os juízes na subserviência ao poder político, e não dêem o devido tempo e espaço a acontecimentos tão escandalosos.
A democracia não pode resumir-se a votar nas eleições, até porque um voto em consciência deve estar a jusante de observação sistemática e reflexões contínuas sobre a vida nacional.

Um abraço
João

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Aqui em Portugal, tal como no resto do mundo, a Justiça não foi, não é e nunca será igual para todos.
Com es excepções que confirmam a regra, só os pobres são condenados. Os poderosos, que em última análise fazem as leis, têm sempre ao seu alcance uma artimanha qualquer que lhes faculta a fuga à condenação.

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga,

Há países em que os detentores do poder não podem esquivar-se a responder em tribunal pelos seus erros.
Onde tal procedimento não consegue ser praticado, o povo, teoricamente soberano, deve denunciar as infracções com os meios de que dispuser.
Haja esperança de que um dia o mundo será mais justo, se as pessoas assim quiserem em todos os momentos da vida.

Abraço
João