Os portugueses são estrutural e tradicionalmente doentes, começando pelos governantes que sofrem de miopia, só conseguindo ver, raciocinar e falar de números e não podendo vislumbrar as populações com os seus variados problemas, dificuldades e carências. Por isso, existe muita susceptibilidade aos problemas relacionados com o Serviço de Saúde.
A actual situação da saúde ressalta em cada dia através das notícias que, embora escassas e bem camufladas, não conseguem deixar de mostrar sãs realidades, quando bem observadas. Vejamos:
No Jornal de Notícias de 28 de Novembro, saiu a notícia Um doente em cada quatro não trata a dor por falta de dinheiro
Mas, no dia seguinte, o respectivo ministro, muito atento aos números de euros, como vem sendo timbre dos governantes, deixou escapar esta arrogância, de bom contador de milhões Taxas moderadoras sobem 50% e Estado vai arrecadar mais 100 milhões.
Mas a crise é tão grave que sentiu necessidade de suavizar o descontentamento gerado pela notícia anterior nos doentes mais carenciados de entre os que pagam taxa moderadora,, prometendo Medicamentos mais baratos dentro de um mês. Mas há que esperar para ver, pois promessas e garantias de governantes são escritas na areia.
Perante os muitos casos como este e o direito e o dever responsável de votar, cada eleitor deve procurar estar informado, para o que convém interpretar cada elemento informativo que recebe de diversas origens, sem paixões nem aversões, para, no momento de dar o seu voto, o fazer com a mais esclarecida consciência e sentido de responsabilidade.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Crise, Saúde e Doentes Carenciados
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