Na Líbia está a acontecer o que era previsível.
As notícias Líbia vive um ano de revolução e de incertezas e “Milícias ameaçam as esperanças de uma nova Líbia” são muito significativas, principalmente a segunda de onde se transcreve:
O aviso é feito pela Amnistia Internacional num relatório publicado no primeiro aniversário do levantamento popular que começou na cidade de Bengazi, no Leste do país, até terminar em Outubro, com a captura e morte do ditador. As mesmas milícias que se formaram para derrubar Khadafi põem agora em causa o futuro.
“Há um ano, os líbios arriscaram a sua própria vida para reclamar justiça. Hoje, as suas esperanças são ameaçadas por milícias armadas sem lei que pisam os direitos humanos com toda a impunidade”, afirmou Donatella Rovera, conselheira especial da Amnistia para as crises e conflitos, na apresentação do relatório.
Os políticos devem tirar daqui a conclusão de que devem agir segundo a pura filosofia da DEMOCRACIA, procurando, em cada momento, decidir para bem da população é não com caprichos autoritários ou ideias muito pessoais de «poder pelo poder». No Egipto está a acontecer o mesmo, bem como na Síria. O povo obedece, aceita, subordina-se, porque é próprio do ser humano evitar a violência, mas, a partir de determinado ponto, acorda, toma consciência de que está a ser esmagado por incompetência, vaidade ou ambição dos governantes e reage, muitas vezes de forma violenta, descontrolada, sem uma estrutura adequada e eficaz de hierarquia, disciplina e rigor de acção, causando resultados dramáticos para muitos inocentes.
Seria bom que os «donos do poder» reflectissem nestes fenómenos e fossem mais competentes, humanos e generosos na sua actuação como representantes do povo e senhores do seu destino colectivo, a fim de evitar que o descontentamento e a indignação se sobreponham às boas normas de convivência entre todos, desde o mais humilde cidadão até ao mais destacado governante.
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