segunda-feira, 9 de abril de 2012

E depois de 2012?

Sem medidas com impacto positivo de curto prazo na economia, até o cenário de estagnação no próximo ano é “incerto”.

Da notícia FMI alerta que Portugal não tem estratégia para crescer depois de 2012 respigamos alguns tópicos:

Existem sérias dúvidas sobre a capacidade do país recuperar a partir do próximo ano sem medidas de estímulo de curto prazo.
O governo tem de identificar e adoptar um conjunto de reformas que desenvolvam uma resposta de curto prazo do lado da oferta na economia”.
É necessário haver sinais claros de recuperação económica, o que será um ponto central para o regresso de Portugal aos mercados de dívida.
O FMI tem revelado algum cepticismo sobre a capacidade imediata de Portugal crescer sem medidas extraordinárias de estímulo.
Gaspar admitiu que o governo “não tem uma boa percepção dos impactos” a curto prazo. “É justo dizer que simplesmente não sabemos”.


Fica-nos a incredulidade e a incompreensão de, apesar de muitos «sábios» repetirem que, para sair da crise é preciso o esforço de todos, não vemos da parte de tais «sábios» a iniciativa de «lealdade institucional» e de «lealdade nacional» que os leve a ajudar o Governo com sugestões e explicações técnicas que contribuam para a análise correcta dos dados disponíveis e para o equacionamento do problema com vista a medidas adequadas à evolução positiva da economia do País, para melhor vida dos portugueses. Onde estão os conselhos práticos dos grandes «sábios» ?

Imagem de arqivo

4 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Que descoberta!
Portugal, alguma vez, teve estratégia para alguma coisa?
A pouca e reles que vai havendo é para a manutenção do partido no governo. O que nem chega a ser estratégia. Melhor seria dizer artimanha.

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga,

A estratégia ou as manhas são um pouco como esperar um milagre, descansando, sentado ou deitado, o que é uma forma de nada mudar e, portanto, tudo estiolará e acabará.
A realidade parece ser a situação do invisual metido numa sala desconhecida em que ele tacteando à procura da porta vai derrubando os bibelôs e as mobílias.
E depois, que venha o dilúvio para lavar os despojos!

Abraço
João

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Já que me deu a honra de me responder, espero que tenha sido um risco calculado, vou acrescentar que só pode haver estratégia a sério quando haja objectivos concretos. O que se está a passar, é que o único objectivo no horizonte das cabecinhas (des)governantes é ganhar as eleições seguintes.

Um abraço

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga,

Por norma respondo a cada comentário que que é feito aos posts e os de um amigo merecem especial atenção.

Sem dúvida que a estratégia é a arte de usar os recursos disponíveis e adequados para atingir uma finalidade, um objectivo bem definido.
Isso envolve o trabalho de equipa e a convergência de todos os esforços. Nada disso se vê na governação do País.

Quanto ao objectivo ser a próxima vitória eleitoral, os indícios estão bem à vista. Descobrem o próprio jogo manhoso: a austeridade vai continuar até um ano antes das eleições em que contam poder distribuir uns rebuçados que aumentarão se os eleitores lhes derem a vitória!!! Nessa altura hão-de encontrar possibilidade de começar a dar progressivamente os subsídios de férias e de Natal.
Nem têm pudor ou vergonha em dissimular esse jogo sujo.

Abraço
João