sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Falta de dignidade no berço de Potugal



Recebido por e-mail com o seguinte comentário de um militar:
Custa-me a acreditar que uma Força Militar da GNR participe numa fantochada destas. Com a agravante de representar um papel que nos toca de forma especial e que representa a última homenagem que se presta aos nossos camaradas.
De quem depende este pessoal da GNR? Quem foi o responsável pela autorização deste teatro???
O que é e quem é este “Laboratório on-off da capital Europeia da Cultura” ?
Quem grita que o Rei vai nu????

NOTA: Que medidas tomou o Governo em relação a isto? Em que parte do mundo nos encontramos? Onde está a dignidade dos responsáveis que o povo elegeu?

10 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Se calhar Portugal morreu mesmo. E será por isso que estamos no inferno!...

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

Pelos vistos, como parece não ter surgido algo oficial a condenar tal funeral, só pode concluir-se que realmente morreu.
Mas mesmo assim, acho que não é politicamente correcto admitir o óbito...
O seu argumento tem coerência, pois depois da morte a maior parte está no Inferno, embora os familiares, amigos, cúmplices e coniventes do bando que tem engordado à sombra do orçamento estejam no céu.
Mas que se preparem porque, se o funeral se confirma, acabarão por ser expulsos do paraíso.

Abraço
João

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Agora a sério. Como é possível tamanha insensatez e mau gosto?

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

E, o mais grave é que a denominada FUNDAÇÃO, com os seus administradores e os seus conselheiros, rapam do«todos os meses dos cofres do Estado Uma fortuna, durante cinco anos, pelo menos.
O que é que tais tipos, com a maior indignidade e insensatez precisam, já???
Onde para o sentido de Estado e o sentido de responsabilidade dos nossos governantes? Que significado dão ao conceito de GOVERNAR um Estado?

Estou ansioso por ver aparecer uma posição bem clara sobre este assunto.

Abraço
João

Anónimo disse...

Caro A. João Soares,

O que mais me custa é que quem é o presidente da Câmara de Guimarães é um Comando do Ultramar... Os que governam penso que não estão a par destas coisas porque têm mais do que fazer. Quem está à frente da Capital Europeia da Cultura e os responsáveis da autarquia da cidade é que devem ser chamados à responsabilidade assim como o comandante da GNR que autorizou tal fantochada...

Cumprimentos

A. João Soares disse...

Caro Mário Relvas,

Em tempos relativamente recentes, existia nas unidades militares o conceito de que «o comandante da unidade é responsável por tudo o que a unidade faz ou deixa de fazer». No caso vertente devemos exigir igual responsabilidade ao Governo que, ao tomar posse fez um juramento ao qual se deve sentir obrigado em permanência.

Afinal, para que servem ao País as centenas de observatórios criados pelo actual Governo? Não me venham dizer que servem apenas para justificar salário mensal aos parasitas que lhes dão o nome?

No caso de Guimarães, acima da autarquia está um Conselho que nada faz além de receber salários e mordomias, como se viu na sua ausência no processo de substituição da antiga presidente da administração da Fundação.

Em que país estamos para que isto aconteça e nem o Governo nem a Justiça tomem uma atitude adequada???

E já que em tempos trocámos ideias sobre a dedicação e o civismo, recordo a frase:

Eduquemos as crianças, e não será necessário castigar os homens.
Pitágoras

e as seguintes:
A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.
Aristóteles

Temos o direito de ser diferentes, mas temos o dever de não sermos indiferentes.

Perderei a minha utilidade no dia em que abafar a voz da consciência em mim.
Mahay«tma Gandhi

Todos nós estamos na sargeta, mas alguns de nós olham para as estrelas.
Oscar Wilde

Um abraço
João

Anónimo disse...

Caro A. João Soares,

Tal como disse o comandante é sempre responsável. Ou deveria ser. É preciso que lhe cheguem as coisas. Observatórios para isto? Mas eu em Braga não observo nada no que à Capital Europeia da Juventude a não ser ver que ninguém fiscaliza os botecos onde os ditos jovens e menos jovens sempre jovens se embriagam noite após noite, mais acentuadamente à quarta-feira, sexta-feira e sábado à noite...
Mas, como diz e bem, a tal dita e bem remunerada comissão, em Guimarães, é directamente responsável pelo que de bom e de mau ali se faz. Mas O Dr. Sampaio anda muito ocupado com o lançamento da sua biografia. Em relação à GNR temos de saber de quem receberam ordens para tal. E porque aceitaram tal coisa.

E, já agora, para ampliar a reflexão, com os meus cumprimentos:

"Saber mandar sempre foi um dos mais soberanos dons da espécie mortal."
Carlos Malheiro Dias

"Não manda bem quem tem a ânsia de mandar."
John Ruskin

"Dá-se geralmente o nome de abuso de autoridade a todos os actos praticados por um governo do qual não fazemos parte."
Pierre Véron

"Autoridade e liberdade são dois conceitos incompatíveis... Onde existe uma não pode existir a outra..."
A. Oliveira Salazar

A. João Soares disse...

Caro Mário Relvas,

Agradeço a siua colaboração para fazer crescer a lista de frases didácticas que há pouco iniciei.

É certo que ninguém parece estar interessado na melhoria dos comportamentos das pessoas principalmente dos mais jovens, futuros adultos responsáveis pelas diversas actividades nacionais.

Falta uma política abrangente da educação de crianças e jovens, a qual tem que integrar, de forma racional, os pais, familiares, vizinhos, autarquias serviços públicos, escolas, etc, etc.

Mas, infelizmente, as crianças e jovens aprendem os abundantes maus exemplos que lhes chegam de todos estes sectores.

Se não mudas nada em ti mesmo não esperes que o mundo mude.

Para o triunfo do mal basta que os bons não façam nada.
Edmund Burke (16-01-1729 – 09-07-1797)

Cumprimentos
João

Anónimo disse...

Caro A, João Soares,

O actual ministro da educação, que é independente, tem vindo a tentar desenvolver uma política mais séria na educação, repondo exames, fechando cursos universitários que não servem para nada,tentando prestigiar os cursos profissionais (fala-se na possível abertura de escolas mais objectivas para o mercado de trabalho, tipo as velhinhas escolas industrial e comercial, de forma a dinamizar a economia e o futuro dos jovens. Mas os pais, de geração anterior, marcados pela abrilada doentia, pelo snobismo consumista, sofreram na pele o novo riquismo e o sonho de que os seus filhos fossem todos doutores. Nem que o sejam da mula russa e com um curso de alcoolismo pior do que o que os militares frequentavam nas suas saídas nocturnas em descanso dos momentos de guerra. E as comissões universitárias, são bem mais longas do que eram as antigas comissões militares no Ultramar. E aqui são feitas em ambiente urbano. Uma guerrilha que se lhes entranha no corpo e no cérebro, que os levará à continuação até mais dos trinta anos (em casa dos papás)e que pode ser demolidora no processo de inserção de vida. E isto é terrível. Faz-me mesmo lembrar Séneca quando disse que "não estudamos para a vida, mas para a escola."

Este ministro tem um ano de mandato mas todos lhe caem em cima por erros governativos anteriores, avessos a mudanças. E "Roma e Pavia não se fizeram num dia".

A propósito, tem um eurito para ajudar a pagar as obras do parque escolar?. É que aquilo está por pagar. Que novidade...


Cumprimentos

A. João Soares disse...

Caro Mário Relvas,

Este seu comentário realça dois problemas importantes na formação dos jovens.
O primeiro é o da necessidade de combater, da forma mais eficaz, vícios adquiridos por imitação como o alcoolismo e os estupefacientes que estão a destruir precocemente as capacidades mentais.
O segundo está relacionado com o desemprego. Há trabalho para tantos imigrantes que é lógico concluir haver falta de vontade de trabalhar de muitos jovens que apenas querem trabalho de escritório e de computador, compatível com os estudos que têm. Chegam aos 20 anos sem saber utilizar um alicate e uma chave de parafusos. O reaparecimento de algo parecido com as escolas técnicas ou comerciais e industriais está a ser muito desejado a tardar.

Tem-se perdido a noção do objectivo das escolas, pois este deve ser a preparação das crianças para serem adultos capazes de gerir as suas vidas pessoais, familiares e profissionais.
Essa lacuna tem causado o défice do Estado por os políticos não saberem empregar as contas de somar e de subtrair.

Cumprimentos
João