O 25 dos Quatros
Foi há trinta e nove anos
(tantos quant´os desenganos)
que o cravo desceu à rua,
(por entre viras e palmas)
camuflando a falcatrua,
Com qu´iludiram as almas,
prometendo o Sol e a Lua!
Punhos fechados bramindo;
D´inveja vociferando;
Fantasmas deambulando
os seus ódios destilando
e do Ultramar fugindo,
desse Portugal infindo,
abençoado pelo Céu!
Uma Pátria de gigantes
assaltada por tratantes,
que a tornaram pigmeu!
E o cravo qu´era vermelho
foi mudando a cor p´ra roxo,
até perder toda a cor.
Começou a apodrecer!
Zambeta, marreco e coxo,
hoje não vale um chavelho
e a pesar de não ser velho,
já está no estertor…
Só que o Povo demorou
a ver quem o enganou
e então o arrastou
para a situação extrema,
desta vergonha suprema,
onde agora o atolou.
Grândola vila morena!...
Agora a vila está preta
e o Povo, por mais qu´ordenhe,
já não sai leite da teta!
Agora é só p´rós “manguelas”,
que chafurdam nas gamelas,
kamaradas e confrades,
nascidos pós Revolução.
P´ra esses não falta não!
E não deixa de ter graça…
Quem a fez, que a desfaça…
Que lhes sirva de lição!
Foi há trinta e nove anos
(tantos quant´os desenganos)
que o cravo desceu à rua,
(por entre viras e palmas)
camuflando a falcatrua,
Com qu´iludiram as almas,
prometendo o Sol e a Lua!
Punhos fechados bramindo;
D´inveja vociferando;
Fantasmas deambulando
os seus ódios destilando
e do Ultramar fugindo,
desse Portugal infindo,
abençoado pelo Céu!
Uma Pátria de gigantes
assaltada por tratantes,
que a tornaram pigmeu!
E o cravo qu´era vermelho
foi mudando a cor p´ra roxo,
até perder toda a cor.
Começou a apodrecer!
Zambeta, marreco e coxo,
hoje não vale um chavelho
e a pesar de não ser velho,
já está no estertor…
Só que o Povo demorou
a ver quem o enganou
e então o arrastou
para a situação extrema,
desta vergonha suprema,
onde agora o atolou.
Grândola vila morena!...
Agora a vila está preta
e o Povo, por mais qu´ordenhe,
já não sai leite da teta!
Agora é só p´rós “manguelas”,
que chafurdam nas gamelas,
kamaradas e confrades,
nascidos pós Revolução.
P´ra esses não falta não!
E não deixa de ter graça…
Quem a fez, que a desfaça…
Que lhes sirva de lição!
Viçoso Caetano
O Poeta de Fornos de Algodres
Abril de 2013
2 comentários:
Minhas felicitações ao Poeta Viçoso Caetano pela arte poética com que descreve a destruição dum grande Império, agora uma pequena nação já moribunda, prestes a exalar o último suspiro!
ZCH
Amiga Zélia Chamusca,
Obrigado pela visita e pelo comentário.
Viçoso Caetano é um homem com vasta e variada experiência, que consegue o que é difícil e invulgar que é aliar o pensamento e a poesia à realidade. Habitualmente, não rima sobre temas românticos e fantasiosos, mas sobre a realidade da vida e cada poema demora-lhe muitos dias e semanas a burilar cada frase, como o escultor ao polir a sua obra de arte.
Depois sai a expressão do seu patriotismo, por vezes muito preocupado com as contradições entre os momentos de glória da nossa história e as dificuldades actuais, devidas a uma sucessão de erros de políticos incompetentes e demasiado ambiciosos quanto a interesses pessoais e dos seus grupos.
Beijos
João
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