Há jogos que servem de passa-tempo, ou para passar o tempo, há os culturais e há os infantis, há os de azar e sorte e há os de interesse, para ganhar uma taça, um título, um negócio, etc. E há outros que são difíceis de classificar e, com inocência e credulidade poderemos crer que servem apenas para passar o tempo, à espera que haja um milagre.
Por exemplo, Gaspar admite reduzir impostos assim que possível, o que nem parece ser jogo de palavras, pois Monsieur de La Palisse não ousaria dizer coisa de maior ciência ou intelectualidade. Isto nem sequer pode ser considerado promessa, mas apenas um punhado de areia lançado aos olhos dos inocentes e incautos. Não diz quando nem quanto nem como, enfim, não diz nada. E, por tal razão, seria preferível estar calado.
Mas não está sozinho, pois o seu chefe de Governo, talvez para não perder a cartada no referido jogo, sugere algo parecido, com efeito semelhante, quando diz que Governo trabalha para baixar IRS mas não faz "promessa".
Que brilhantismo, que genialidade, o destas tiradas de grande efeito, que mereceriam elogios dos nossos escritores consagrados como Eça de Queiroz ou outros da grande família lusíada!
Como a minha modesta condição não me permite sondar tão altos desígnios, sinto-me forçado a partilhar a «ignorância» de Constança Cunha e Sá pois não percebo do que o Governo fala.
Imagem de arquivo
quarta-feira, 26 de junho de 2013
JOGOS DE PALAVRAS
Posted by A. João Soares at 10:47
Labels: camuflagem, comunicação, eficiência, fantasia, fumaça, jogos, mensagem, palavras, promessas
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2 comentários:
Caro João Soares
Permita-me um conselho: não se preocupe muito por não perceber do que o Governo fala. Ele, o Governo, também não percebe.
Caro Fernando Vouga,
Agradeço o seu conselho que é muito judicioso. Sobre o mesmo tema e a salientar o mesmo aspecto encontrei hoje este pequeno artigo de opinião que transcrevo:
A subcultura da JSD
SOL. 25 de Junho de 2013, por Pedro d'Anunciação
Quando vi os deputados da JSD interrogarem o Governo sobre os custos públicos do Sindicato dos Professores, por causa da greve com que não concordam (eu só não concordo com os motivos, de resto defendo o direito à greve, com todos os incómodos que necessariamente causa), achei que deveria dizer qualquer coisa sobre o dislate.
Afinal, já toda a gente se pronunciou tão criticamente, que pouco mais poderia dizer. Só lembrar que é dessa mesma cultura que surgiu uma figura como Passos Coelho.
panunciacao@sapo.pt
O que faz pena é que o PORTUGAL dos DESCOBRIMENTOS e que expulsou as invasões espanholas e as francesas esteja agora sujeito aos caprichos teimosos deste tipo de gente.
Abraço
João
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