Desde 3 de Abril de 2012 não tenho trazido aqui referências ao meu Amigo António, não por culpa dele mas por falta de disposição minha. Ele continua com um raciocínio bem claro e actual, fruto dos seus vários contactos e da sua desapaixonada reflexão.
Hoje assisti passivamente a uma sua conversa com um fanático fixado nas pessoas que detêm o poder e, segundo o qual, tanto o PR como o PM só possuem virtudes e pode aplicar-se a cada um a frase outrora dita pelo primeiro «nunca erro e raramente me engano».
Depois de citar vários pensadores que defendem mudança de Governo, o António considerou que uma cirurgia feita com oportunidade, antes de o mal se tornar incontrolável é muitas vezes a salvação do paciente e citou palavras de Bagão Félix, de Manuela Ferreira Leite, de José Pacheco Pereira, de Eduardo Catroga quando disse estar surpreendido com os erros políticos de Passos, de Mário Soares quando afirmou que Passos foi 'desilusão absoluta' e o balanço de dois anos é 'péssimo', e de outros notáveis.
Ao contrário de muitos pensadores, nomeadamente, os ligados a partidos da oposição, ele não se mostra defensor da dissolução da AR e de novas eleições, alegando que as pessoas que viriam substituir as actuais, dificilmente seriam mais eficazes, além do inconveniente de o país ficar parado até a nova equipa estar ciente da real situação e começar a agir para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e iniciar o crescimento da economia, isto a somar às despesas da campanha eleitoral.
Mas ele, no seu pragmatismo, sugeria uma solução, muito parecida com a substituição de Durão Barroso quando foi pata a UE. Isto é, seria assim: o PR, seguindo os conselhos já dados pelo pai de Passos ao filho, convenceria este a demitir-se alegando razões privadas, como tem sido frequente com outros políticos. Depois, mantendo a constituição da AR, e com a aquiescência dos líderes dos partidos, nomearia um novo PM do PSD, por exemplo RUI RIO, ou PAULO RANGEL, ou outro que o PSD escolhesse em congresso especial. Neste pormenor, ele mostrava inclinação para RUI RIO, com um passado muito mais significativo do que o de qualquer Jotinha, que fez um bom trabalho na Câmara Municipal do Porto, nomeadamente na forma como, em diversas ocasiões, evitou colocar-se sob a bota do dirigente do FCP.
A minha humildade de simples cidadão não me permite comentar esta hipótese de saída da crise, mas não quero que tal ideia morresse naquela conversa e, por isso, a trago aqui para que os interessados a possam analisar e dela retirarem ou não algo de útil para Portugal, para os portugueses que vêm vivendo estrangulados pela austeridade excessiva e pelos efeitos da espiral recessiva de cujo fim não se vislumbra sinal que possa alimentar esperança substancial.
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sexta-feira, 7 de junho de 2013
O AMIGO ANTÓNIO MANTÉM-SE ACTUALIZADO
Posted by A. João Soares at 21:04
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2 comentários:
Caro João Soares
Penso que Rui Rio é suficientemente lúcido e inteligente para não cair em tal esparrela. Seria o seu fim político.
A situação presente, muito mais grave do que a que tínhamos em Abril de 74, só se resolveria com uma intervenção militar que colocasse a governação nos eixos e metesse a malta actualmente no poder na cadeia (por falta de guilhotinas...). Porém, para lá de o contexto internacional tornar tal medida inviável, as Forças (des)Armadas foram propositadamente neutralizadas e a caminho da extinção.
Os políticos que temos são maus mas não são parvos...
Caro Fernando Vouga,
Nada tenho a objectar às suas palavras. Porém, o destino dado aos actuais algozes dos portugueses devia ser partilhado por muitos, muitos, dos governantes anteriores.
O que me diz acerca de RUI RIO, aplica-se, infelizmente, aos homens mais válidos do País que recusam com asco o epíteto de políticos, que os jotinhas tornaram numa ofensa intolerável.
Mas, de tal forma, Portugal fica inviável, pois nem a espiral recessiva, nem o desemprego, nem o empobrecimento da maior parte da população param de se agravar tragicamente.
Abraço
João
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