Álvaro Siza Vieira, um nome muito considerado na arquitectura moderna portuguesa, é aqui chamado porque o seu conceito artístico pode e deve ser utilizado na gestão nacional dos destinos de Portugal para sairmos da crise. Há alguns anos, na Universidade Internacional para a Terceira Idade, na Ruas das Flores em Lisboa, numa aula de História da Arte Europeia, o professor fez uma interessante referência à obra de Siza Vieira, colocando-a em contraste com obras de séculos anteriores.
Siza Vieira, segundo o professor, é apologista do utilitário e as suas obras primam pela melhor utilização dos espaços e maior aproveitamento do investimento, sem deixar de priorizar a segurança e a eficiência. Obtém aspecto agradável das suas obras, sem as onerar com floreados ornamentais sem utilidade real.
Ora, para Portugal sair da crise que vem agravando continuamente a vida dos cidadãos, seria bom que os responsáveis ouvissem Siza Vieira ao esboçar a Reforma do Estado, a fim de evitar as gorduras da máquina estatal e autárquica, eliminar tudo o que é desperdício e inutilidade e erigir uma estrutura funcional, simples, eficiente que satisfaça as necessidades colectivas de Portugal, dentro das potencialidades da nossa economia.
Há muito que esperar de Álvaro Siza Vieira não apenas da arquitectura, propriamente dita mas também na arquitectura política e social, assim os eleitos procurem seguir os seus conceitos muito elogiados.
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Há 2 horas
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