Por mais que queiramos estar sossegados e indiferentes às tempestades e aos caudais dos rios, surgem «terramotos que causam abalos demasiado fortes.
Agora o ministro Miguel Poiares Maduro confessou que compreende que as pessoas se sentiam zangadas com o Governo que compreende a “frustração” que os portugueses têm vindo a experimentar com as medidas aplicadas pelo Executivo» que corta as contribuições que fizeram ao longo das suas vidas de que agora só recebem o que sobre de tais saques.
Salta ao nosso espírito a interrogação: E o Sr. Ministro, sendo uma pessoa madura, acha que, em democracia, um governo se deve sentir moralmente bem, de consciência tranquila, depois de ter agido de tal forma que o povo, que representa, esteja zangado com quem o governa? Onde está o verdadeiro defensor do povo, o real mandatário pelo povo para defender os interesses nacionais, dos cidadãos, das pessoas?
Impõe-se que a avaliação do desempenho dos professores decidida pelo respectivo ministro seja extensiva a todos os que recebem do Estado, começando por ministros e seus dependentes. Deve começar-se por divulgar as regras democráticas e controlar o seu acatamento e execução.
E é bom que o Sr ministro não esqueça a lição que lhe foi dada pelas pessoas que formam a nação portuguesa quando o discurso de Poiares Maduro foi interrompido por protestos. O que mais esperava? Poderia ter sido muito pior. Mas tenha cuidado porque esse sinal foi apenas efeito do despertar. Podem, a seguir, começar a mexer, a levantar-se. Certamente, com a sua capacidade de compreensão receia perigos maiores.
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