sábado, 15 de março de 2014

O QUE PAGAMOS AO VOTAR




E,depois de saber isto, você vai votar?
Quer contribuir para isto?
Está a perceber como se criam as crises e como é difícil sair delas?

2 comentários:

Zé Marreta disse...

Depois de ver isto até dá vontade de pagar para não votar!

Saudações!

Anónimo disse...

Seguro - o calado é o melhor

Penso que não serei só eu a reparar na tendência que o líder do PS tem para falar em demasiadas ocasiões. Não que ele diga algo censurável ou particularmente demagogo - tendo em conta a época eleitoral. Recentemente tem dito mesmo uma coisa que o devia fazer pensar: que não vai prometer nada que não possa cumprir. Numa entrevista ao DN e à TSF revelou que não está em condições de prometer uma baixa de impostos.

Mais recentemente, disse que queria repor os cortes que este Governo tem feito, abundantemente, nos reformados e nos funcionários públicos, mas acrescentou que não há um botão onde possa carregar e que talvez isso não aconteça imediatamente.

Estes sentimentos são saudáveis. Mas, como valor político, não passam de desejos. Ou seja, eu gostava que não chovesse durante as férias em que estou a prever ir à praia. Mas, de facto, não posso assegurar que não chova, nem tenho um botão que o impeça.

A situação em Portugal leva a que alguém sério se comprometa demasiado com qualquer medida concreta. Só que, nesse caso, pode ficar calado e não anunciar aos quatro ventos que gostaria muito de algo que não faz a menor ideia se poderá colocar em prática. Porque eu não tenho dúvidas de que Portas - e até Passos - gostariam de baixar os impostos e de repor os cortes que eles próprios consideraram transitórios. Mas tenho quase a certeza que nos próximos anos isso não vai acontecer.

Ora, como ninguém ganha votos a dizer que não se deve conseguir aumentar (pelo contrário) as despesas do Estado, nem sequer baixar um nível de impostos que é insuportável, talvez a ideia de ficar calado seja prudente. Porque cada eleitor ouve o que quer ouvir e eu já ouvi Seguro a dizer que queria repor salários e pensões. Mais tarde vão-lhe cobrar por isso. E ainda que ele - com razão - diga que não o prometeu, a verdade é que se não é para o prometer, escusa de falar disso.

Havendo, como há, a forte hipótese de ele ser o próximo primeiro-ministro, seria interessante ter alguém em São Bento, pela primeira vez em muitos anos que não vá fazer o contrário do que disse na campanha. Mas talvez isto seja pedir de mais...

Henrique Monteiro - Expresso